quinta-feira, 30 de junho de 2011

Imagens que desafiam os sentidos (1/2)

Do site: www.mentecerebro.com.br, em 15 de junho de 2011

Os estímulos que recebemos são reconstruídos ativamente pelo nosso sistema nervoso; em palestra em São Paulo o neurofisiologista Marcus Vinicius Baldo analisa ilusões visuais e fala sobre como o cérebro organiza a realidade

© Kochneva Tetyana/Shutterstock

Por que a Lua parece maior quando está próxima ao horizonte? Aristóteles (384-322 a.C.) e Ptolomeu (87-151 d.C.) consideravam que o satélite tinha suas proporções ampliadas por algum efeito misterioso da atmosfera. Outros estudiosos acreditavam que ele estaria mais próximo da Terra. Hoje, a maioria dos neurocientistas concorda que a discrepância de volume entre a Lua “baixa” e a elevada no céu existe apenas em nossa mente.


“A imagem projetada na retina, no zênite, tem sempre o mesmo tamanho”, esclarece o neurofisiologista Marcus Vinicius Baldo, professor do Departamento de Fisiologia e Biofísica da Universidade de São Paulo (USP), no artigo “Ilusões: o olho mágico da percepção” (Revista Brasileira de Psiquiatria, 2003). De fato, fotografias tiradas em diferentes momentos da aparente trajetória da Lua no céu não mostram alterações em sua proporção. Ou experimente simplesmente enganar sua mente, curvando-se e olhando o satélite entre suas pernas – ele aparentará ter sempre o mesmo volume. Por que isso acontece? Não se sabe ao certo. Uma das explicações é que nosso cérebro compensaria a distância do objeto observado atribuindo tamanho maior ao corpo mais distante. A “ilusão da lua” e outros efeitos visuais serão analisados por Baldo na palestra Ilusões: uma janela para a percepção, no auditório da Estação Ciência, em São Paulo, no dia 18 de junho.


Segundo o neurofisiologista, a mente cria representações do mundo, podendo “ver” um mesmo objeto (ou problema) de formas diferentes. Com a metáfora o “mito da caverna”, Platão (428-348 a.C.) teorizou sobre a submissão da realidade perceptiva aos nossos sentidos: homens confinados em uma gruta acreditavam que o mundo real eram sombras que viam projetadas na parede de pedra – essas, porém, não passavam de ilusões. Na verdade, o que podemos perceber, conhecer ou vivenciar depende não só da realidade com a qual lidamos, mas dos recursos de que dispomos para isso: órgãos sensoriais e sistema nervoso. A apreensão da realidade é sempre mediada. “Somos capazes de enxergar apenas uma estreita faixa do espectro eletromagnético, que chamamos de luz. Conseguimos ouvir vibrações mecânicas compreendidas em uma estreita faixa de frequências, que identificamos como som”, exemplifica Baldo.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Relacionamento estável diminui risco da dependência de drogas

Do site: www.mentecerebro.com.br em 16 de junho de 2011

Estudo com animais mostra que o efeito de recompensa química é menor nos que já encontraram um par
 
© loisik/shutterstock

Companhia faz bem. Estudos já demonstraram que ter uma pessoa especial com quem podemos dividir a vida melhora o humor e o desempenho em atividades diárias, podendo até mesmo aumentar a expectativa de vida. Um estudo com animais, publicado pela The Journal of Neuroscience, sugere agora que vínculos formados durante a fase adulta levam a mudanças cerebrais capazes de proteger contra o abuso de drogas. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores coordenados pelo psicólogo Zuoxin Wang, da Universidade do Estado da Flórida, separaram ratazanas-da-pradaria, uma espécie conhecida por ser monogâmica, em dois grupos: um formado por fêmeas que não tinham parceiros e outro por aquelas que tinham encontrado companheiro. Em seguida, os animais receberam uma dose determinada de anfetamina. A droga, que ativa o sistema nervoso central e induz a liberação do neurotransmissor dopamina, proporciona sensação de prazer e bem-estar. Nos roedores solitários, o consumo de anfetamina potencializou a ligação com o receptor D1, localizado no núcleo accumbens – área cerebral onde se dá a secreção de dopamina. Já entre as ratazanas que tinham parceiro a ligação ocorreu menos vezes. Por causa disso, o efeito de recompensa foi menor e, consequentemente, o risco de dependência também. Trabalhos anteriores já haviam mostrado que a exposição repetida à droga diminui as chances de formação de parcerias ao longo da vida. Os pesquisadores ressaltam que entender a neurobiologia dos laços sociais e sua relação com outras substâncias pode auxiliar em tratamentos da dependência.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Precisamos de palavras para pensar?

Do site: www.mentecerebro.com.br, em 17 de junho de 2011

O que ouvimos ou escolhemos dizer afeta a intensidade de nossas ondas cerebrais

© Cienpies Design/Shutterstock

Muitos cientistas argumentam que o raciocínio necessita dos vocábulos para ser produzido, apoiando-se na ideia de que o pensar seria uma espécie de conversa subjetiva consigo mesmo. Outros alegam que recorremos, antes das palavras, a “uma linguagem do pensamento”, fundamentada em imagens mentais e abstrações. Há ainda aqueles que defendem que apenas para alguns tipos de raciocínio as palavras são indispensáveis, o que nos leva a considerar o funcionamento linguístico em mais de um “módulo”.


Qualquer que seja o caso, na maioria das vezes as palavras que escolhemos dizer – ou ouvimos – afetam nossos pensamentos. É o caso, por exemplo, de termos ofensivos, agressões e palavrões, que tendem a causar exaltação física, como aumento da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos. Já palavras doces, ditas de forma amorosa, tendem a nos mobilizar afetivamente, despertando ternura. Estudos recentes desenvolvidos na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, por meio de técnicas de imageamento, revelaram que as ondas cerebrais de quem fala e de quem ouve tendem a se tornar similares. E quanto mais o ouvinte está receptivo ao que escuta, mais seu cérebro se “adapta” ao do interlocutor. O que os estudiosos não sabem ainda é quanto essa proximidade tem a ver com as palavras em si ou com a entonação, com a empatia despertada pela voz e com as mais diversas associações afetivas possíveis.


Outro ponto curioso descoberto por neurocientistas é que, dependendo da língua materna, usamos uma parte específica do cérebro para resolver problemas que exigem raciocínio. A diferença é visível, por exemplo, quando grupos de voluntários chineses e americanos são convidados a resolver questões simples de matemática enquanto são monitorados por exames de neuroimagem. Nessas situações é possível constatar que áreas neurais diferentes são acionadas em pessoas das duas nacionalidades.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O poder das palavras


   

Durante a fase da adolescência, minha veia poética e literária não me dava tréguas. Eu gostava muito de escrever, de fazer redações e poemas para as meninas da minha geração e, acima de tudo, adorava um elogio em relação ao que escrevia.

Um dia, porém, eu quis compartilhar o sonho de ser um escritor famoso, mas por razões que não vale a pena questionar agora, alguém pronunciou o infeliz comentário: - escritor, tá louco? Você quer morrer de fome?

A partir daquele momento, o sonho morreu temporariamente dentro de mim. Foram necessários quase vinte anos para eu resgatar a minha veia literária e retomar aquilo que, no fundo, nunca me abandonou. Contudo, ninguém recupera vinte anos em vinte dias.

As palavras afetam a nossa personalidade desde o momento em que nascemos. A forma como somos tratados, as pequenas frases que ouvimos mesmo sem entender nada, o primeiro elogio, o primeiro grito, as chamadas e os puxões de orelhas mais intensos exercem poder de influência que transcende a capacidade humana de absorção e entendimento. Por outro lado, as consequências são visíveis.

Milhares de gerações não foram suficientes para as pessoas entenderem o quanto as palavras podem ferir mais do que gestos e ações, exceto para aquelas desprovidas de hormônios e sangue nas veias. Por isso eu não me canso de repetir: - tome cuidado com as palavras.

No mundo corporativo isso é visível. Muitos profissionais em cargos de liderança ainda não perceberam o quanto as palavras são capazes de influenciar, de maneira positiva ou negativa, o estado de ânimo, a participação, a carreira e, quem saberá dizer, a vida inteira de uma pessoa ou de uma equipe.

Toda semana, eu recebo e-mails de alunos e leitores contando exemplos grosseiros de comportamento inadequado e falta de sensibilidade por parte de líderes, professores, empresários e outros que se julgam superiores aos demais na face da Terra.

Ao partir de alguém que deveria dar o exemplo, a pseudo-superioridade é o caminho para o deslize constante e isso acaba sendo incorporado pela pessoa. Quando ela tenta consertar, se é que existe conserto, a emenda sai pior do que o soneto, como dizia meu pai, porém o estrago está feito.

O ser humano é altamente influenciável por palavras, gestos, exemplos e omissões. Na medida em que recebe uma carga negativa, seja qual for o meio de transmissão, a reação tende a ser imediata pela verbalização ou agressão física.

Por conta disso, profissionais capacitados são demitidos, casamentos são destruídos, empresas são fechadas, pessoas são violentadas moral e fisicamente. Na maioria dos casos, a cultura da réplica – olho por olho, dente por dente – agrava e conduz determinadas situações a finais desagradáveis.

Se você me disser que as palavras não lhe afetam e que você tira isso de letra e se isso for sincero de sua parte, deixo aqui os meus parabéns. A experiência me diz que a realidade é bem diferente. Como a autoestima do ser humano oscila com frequência, um comentário despretensioso provoca estragos terríveis.

Ralph Waldo Emerson, pensador norteamericano, dizia que a mente humana é um museu de verdades contraditórias. Dentre outras coisas, significa que é necessário ser muito bem resolvido para não se deixar afetar pelas bobagens que você ouve com frequência maior do que a desejada.

Pessoas que estão acostumadas a falar mal, rotular, criticar e pensar que as demais estão num nível bem inferior ainda têm muito que aprender embora seja difícil para elas admitir o fato. Elas se sentem num nível tão elevado que nada será capaz de arrancar-lhes a máscara social.

Por outro lado, pessoas polidas, educadas no sentido literal da palavra, capazes de estabelecer uma crítica que beira o elogio, são difíceis de encontrar. O mundo não dá muito espaço para elas, afinal, a regra básica do mercado é crescer a qualquer custo ainda que para isso seja necessário atropelar os colegas, ferir seus sentimentos, tratá-los como se fossem números, sugá-los ao máximo enquanto ainda reste um mínimo de produtividade.

Apesar de tudo, se você não quer fazer parte da massa que se vangloria de falar o que bem entende na esperança de ser proclamado autêntico, tome cuidado com as palavras. Dependendo de como são escritas ou pronunciadas, as palavras atingem diferentes estados de espírito e, como você já está cansado de saber, as pessoas, por sua vez, são sensíveis e influenciáveis.

Dizer para você não se importar com isso é bobagem. Cada pessoa reage à sua maneira a um elogio ou crítica, portanto, quando conversar com alguém, lembre-se de que suas palavras podem ser determinantes no futuro dela. Se não for para dizer coisas agradáveis e sinceras, no sentido de fazê-la crescer, não diga nada. Como diria Gandhi, o homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio.

Pense nisso e seja feliz!


Autor: Jerônimo Mendes
 

Publicado em: 13/06/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

domingo, 26 de junho de 2011

Sabedoria: percepção e respostas

 
Sábio é todo aquele que consegue praticar os ensinamentos que muitos somente procuram teorizar. Tornam-se sábios pelo fato de não se preocuparem com a extensão dos feitos, pois os usam para si próprios procurando criar e intensificar o prazer interior dentro das condições reais existentes, independentemente da onde e quais forem.

Suas obras aparecem pela constância da pratica e através da observação e relato dos que o circundam. O mundo gira com seus conflitos e mudanças, mas o sábio sempre o domina com seu próprio ritmo, com sua própria filosofia e interpretação. Quando todos seguem as tendências, ele cria seu próprio caminho procurando acima de tudo estar de bem com a vida, com o coração acima da razão.

Um dia e na qualidade de observador, me encontrava sobre um penhasco, frente ao oceano atlântico, observando a paciência e tranqüilidade de um pescador oriental.

Horas se passavam, e mesmo sem peixes, nada fazia modificar a fisionomia alegre daquela pessoa, que sozinho continuava sem desanimar com o seu ritual de recolher a linha e realimentar a isca.

Já estávamos no por do sol, e ainda deparava com o paciente e tranqüilo oriental, que permanecia intocável, com sua estampa de prazer e satisfação, fiel ao que lhe fazia bem e aos seus propósitos.

Não resisti, fui ao seu encontro e perguntei: Como ele podia ter tanta paciência? Não seria mais fácil comprar o produto em uma peixaria?

E o sábio respondeu...

- Senhor não se trata de pescaria, não se trata de peixes, tenho neste momento a melhor oportunidade para justificar a minha existência.

- Veja esta pedra! Milhares de anos foram necessários para que o oceano cedesse espaço, para que ela surgisse e assim fossem destinados mais milhares de anos para que o tempo a desgastasse, lapidando-a até a sua formação atual e, simplesmente para que eu pudesse sentar, acomodar e visualizar toda esta vegetação que, também milenar, nos rodeia.

- Olhe para esse oceano (continuou o paciente pescador...) e sinta os milhares de peixes e outros milhares de seres vivos, que com sua fascinante habilidade, por aqui já se encontravam antes que me imaginasse neste santuário de paz e harmonia. Tenho apenas algumas décadas de vida e hoje mesmo sem peixes tive o grato privilégio de ter sido o escolhido, mesmo que por apenas algumas horas, para desfrutar desta maravilha.

Hoje diria que somos a divisão entre direitos e obrigações, e que na verdade para cada situação a ser vencida, dependemos do quanto nos incluímos de coisas que amamos sentir, para justificar o empenho e determinação nas que temos que fazer.  Antes de cada peixe a ser fisgado devemos aprender a se encantar com as formas de usá-los e servi-los.

Autor: Sérgio Dal Sasso

Publicado em: 13/06/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

sábado, 25 de junho de 2011

Natural e carismático


   
A palavra carisma tem sua origem no grego antigo e significa favor ou dom especial. Naquela época, acreditava-se que o dom era algo conferido por Deus a determinadas pessoas como um sinal de graça e, originalmente, era exemplificado pelo poder da cura e do talento para idiomas. Segundo o escritor americano Marc Myers, a palavra surgiu pela primeira vez em traduções gregas do Novo Testamento e entrou na língua inglesa em 1641, quando se retomaram os estudos da civilização e do grego antigos.

Sob caráter religioso, a palavra carisma – khárisma – significa crisma ou crismado, ou seja, aquele que recebeu uma graça ou um dom divino. Aliás, o termo carisma é um dos fundamentos do Catolicismo para indicar diversos dons conferidos pelo Espírito Santo para todos os engajados na missão de servir a Deus, portanto, para os católicos, carisma são dons especiais concedidos para o bem dos homens, para as necessidades do mundo e, em particular, para a edificação da Igreja.

Max Weber, o grande sociólogo alemão, foi o primeiro autor a utilizar a palavra carisma, na primeira metade do Século XX, em seus escritos sobre qualidades de liderança que arrebatam a imaginação das massas e inspiram inabalável aliança e devoção. A partir dele, a palavra passou a ser vinculada automaticamente a pessoas que estão expostas às massas ou multidões - líderes, artistas, políticos, empresários, religiosos - e exercem o dom de influência ou fascinação sobre o público.

De fato, a maioria dos seres humanos fica impressionada apenas com a presença das pessoas consideradas carismáticas em razão dos seus poderes mágicos de atração. Pessoas carismáticas gozam de uma personalidade distinta, cativante, capaz de satisfazer todas as necessidades alheias de motivação e reconhecimento embora não admitam tal condição de destaque ou superioridade.

Particularmente, entendo o carisma como o talento natural de influenciar pessoas e também de se promover por meio dele. Pessoas como Silvio Santos, Zilda Arns, Roberto Shinyashiki, Pelé, Oscar Schimidt, Max Gehringer e Hebe Camargo entre outros exprimem seu carisma com extrema naturalidade. As pessoas querem se aproximar delas, conversar com elas, tocá-las, ouvi-las, sentir-se parte integrante do seu universo e do seu apreço.

O poder do carisma é determinado pela capacidade de perpetuação dos indivíduos na face da Terra. Quando você pensa em carisma logo vem à mente Airton Senna, Elvis Presley, John Kennedy, Jesus Cristo, Madre Teresa de Calcutá, Mahatma Gandhi. Todos eles continuam exercendo influência sobre milhares de seguidores e admiradores anos depois do seu desaparecimento terreno. O que faz com que essas pessoas exerçam tanta influência sobre a humanidade?

Você pode atribuir diversos fatores às pessoas carismáticas, porém é necessário responder algumas perguntas muito simples antes de tentar entender os seus segredos: você já cruzou o caminho de algum ser carismático mal-humorado, triste, carrancudo ou que se extasie com a desgraça alheia? Você conhece algum ser carismático adepto da vingança, da fofoca, da lamentação, do pessimismo ou da síndrome do Hardy? Definitivamente, não!

Pessoas carismáticas são pessoas simples, porém iluminadas, dotadas de uma energia positiva e superior. Carregam na mente e na alma o sorriso aberto e cativante, o espírito do altruísmo e da docilidade. Entendem o seu papel como algo determinante para mudanças positivas e transformadoras no meio em que atuam, pois, involuntariamente, exercitam a sua vocação a serviço da humanidade com muita simplicidade.

O carisma está diretamente relacionado com a sorte, a prosperidade e o bem-estar. As pessoas em geral vivem à procura de super-heróis ou referências que possam resolver os seus dilemas ou lhes servir de exemplo. Sua esperança, por vezes equivocada, é a de que, associando-se a pessoas carismáticas, possam aprender os seus segredos ou, no mínimo, ficar parecidas com elas. Por isso, elas são copiadas e admiradas.

Durante muito tempo eu fui uma pessoa carrancuda, amarga e tomada de razão. O meu ponto de vista era sempre superior ao dos demais e, aqui entre nós, isso não me levou a lugar algum, exceto ao aprendizado, pelo qual não temos como escapar, a duras penas, graças à sabedoria divina. Você não faz idéia de quanto um ponto de vista unilateral e equivocado atrasa a sua vida. Você pode até estar certo, mas fazê-lo valer a qualquer custo, sem considerar as ponderações do lado contrário, tem um custo muito alto.

A minha primeira demissão foi uma das boas coisas que aconteceram depois de vinte e cinco anos pensando que a vida era somente trabalho e mais nada. Isso me ajudou muito a mudar a maneira de entender o mundo, de tratar as pessoas e de trabalhar melhor o meu lado carismático. Temos em mente que o carisma é uma qualidade maravilhosa que somente pessoas iluminadas dispõem, mas isso não é verdade.

Qualquer um pode trabalhar para tornar a personalidade mais atraente e carismática. O primeiro passo é tomar consciência de que isso é possível. Não é necessário imitar Ronald Reagan, Silvio Santos ou Jô Soares. Isso, possivelmente, nem combina com a sua experiência, biologia, cultura ou história pessoal. Somos seres únicos, dotados de características especiais, portanto, as qualidades que tanto buscamos (nos outros) estão adormecidas dentro de nós.

Ninguém obriga ninguém a ser carismático. A naturalidade é o que torna determinadas pessoas mais carismáticas que outras. Por experiência própria, quero compartilhar pequenas lições que aplico na minha vida pessoal e profissional e espero que isso o ajude a encontrar o seu lado carismático, afinal, como nunca me canso de repetir, o crescimento pessoal com base na experiência alheia é possível somente através do autoconhecimento, da humildade e da disciplina. Quer se tornar alguém carismático? Os seis pontos a seguir são um ótimo começo:

1) Tenha respeito e consideração pelas pessoas, independentemente do grau de escolaridade, sexo, cor, credo, cultura ou origem; respeito é uma condição universal para a sobrevivência das nações e do diálogo entre os povos;

2) Seja bem-humorado: o humor faz bem, revigora, atrai amigos, repele os inimigos;

3) Seja um otimista de carteirinha: ninguém consegue conviver com pessoas pessimistas, amargas, carrancudas que passam o tempo todo tentando contradizer a beleza do sol e da lua;

4) Torne-se um bom ouvinte: o que as pessoas mais precisam é de alguém que lhes dê ouvido e esperança;

5) Lembre-se dos nomes: o nome de uma pessoa é para ela o som mais doce e importante que existe, afirmava Dale Carnegie. Você pode estar perdido no meio do deserto, mas se alguém aparecer e gritar o seu nome, a esperança renasce e os olhos brilham, pois o seu nome é o seu bem mais precioso;

6) Sorria e humanize o que tem a dizer: trate as pessoas como se elas fossem mais importantes do que você, afinal, todos precisamos nos sentir especiais.

As palavras de Mark Twain, famoso escritor e conferencista, encerram a lição de hoje: “tudo o que você precisa na vida é de ignorância e confiança, e seu sucesso está garantido”.

Pense nisso e seja feliz!

Autor: Jerônimo Mendes


 Publicado em: 08/06/2011, em www.qualidadebrasil.com.br

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Monografias e TCC



   
Monografias e TCC, um caminho para apresentação e descoberta de talentos

Este texto é uma homenagem à Professora Rosangela Maria Enéas, pelo seu carinho e dedicação na orientação de nossos jovens na preparação de seus trabalhos de conclusão de curso.

Aos que precisarem de apoio recomendo que visitem seu blog  http://www.projetosetcc.blogspot.com

Qualificação, uma palavra cujo significado jamais sairá de moda. Poderá nos ser apresentada com outras roupagens, mas certamente sem perder a essência.

Em uma ponta do processo, vamos encontrar as escolas, na outra, os empreendimentos.

Os alunos, desejável seria que as aproximassem, mas não conseguem.

As escolas e os empreendimentos, como filmes distintos, ainda não descobriram os alunos como atores coadjuvantes, capazes de atuar nesse enredo de integração.  Estes, enquanto não fizerem parte do elenco principal, serão meros figurantes.

Muitos, quando em ação, são promovidos a diretores, não raro, redatores da história.

Seus primeiros passos na arte de escrever se deu com os TCC – Trabalho de Conclusão de Curso -, Monografias e um dia, quem sabe, em busca de um doutorado, teses. Atores coadjuvantes, principais, diretores, redatores, mas eternos alunos.

O que é feito dessas histórias contadas?

Umas poucas vão ao palco, outras tantas vão ao pó!

Suas páginas amareladas demonstram talentos e vocações, que talvez não tenham oportunidade de germinar, como sementes guardadas em lugares secos, sem receber a milagrosa rega.

Poucas vezes é necessário muito.  Uma gota d’água, uma bela flor. Cada flor, um fruto. Cada fruto, novas sementes.

Poético para um mundo prático? Não, prático, pois a poesia está nos empreendimentos que despertam e atendem sonhos!

Ora, onde, então, nos perdemos?

 A delicadeza da questão não está onde nos perdemos, está no fato de que nunca nos encontramos, quer seja você ator no enredo escola ou empreendimento.

Como se não pudessem ser integrados os românticos textos acadêmicos com os aventureiros textos empreendedores!

Não nos diria William: “ Acautelai-vos incautos, pois a pena tem mais poder que a espada?”

Que história poderia ser contada se tivéssemos sabedoria para  reunir e integrar textos e atores!

Em um enredo de paixões alguns estudariam mapas, para que outros singrassem mares com a certeza do sucesso.

Como prêmio, a arca, repleta de riquezas, e porque não, encontrada no Eldorado, ao pé do arco-íris?

Não, jamais, bobagem!

Somos mestres e gestores, sérios e sábios, sem tempo a perder, muito a fazer, e, uns aos outros, pouco a ensinar, nada a aprender.

Atores de um seriado que aborrecidamente se repete, onde o herói sempre vence.

Enquanto isso, lamentamos a falta de qualificação de novos atores e redatores, ainda que trabalhos sejam desenvolvidos aos milhares, sem emoção e gosto, com despreparo e desespero da multidão ávida por uma oportunidade de integrar os elencos.

Assim seguimos, em busca do nosso “Oscar”, com muitas histórias já conhecidas, que ao público pouca emoção desperta!

Para alegria de alguns, no set ou na coxia, lá está a Professora Rosangela, orientando-os para que tenham sucesso na sua busca por um papel!







Autor: Ivan Postigo
 

Publicado em: 03/06/2011, em www.qualidadebrasil.com.br

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mais do que saber


  

Baseado no pensamento de Paulo Freire,Ladislau Dowbor ,Pierre Lévy , PolanLacki ,Leonardo Boff, dentre outros pensadores contemporâneos, que propuseramum trabalho de desenvolvimento de competências, habilidades e práticas de modo ainstrumentalizar a comunidade educativa para a construção do mundo que se quer ondetodos tenham deveres e direitos.

Assim, cientes de que a educação é o mais importante investimento no futuro dahumanidade, e levando em conta que ela não é uma área em si, mas um processo permanentede construção de pontes entre o mundo da escola e o universo que nos cerca, o atualconceito de educação, certamente precisa incluir essas transformações.

Não é apenasa técnica de ensino que muda, incorporando novas tecnologias.

É a própria concepção doensino que se vê obrigada a repensar os seus caminhos, e para que isso ocorra é necessárioauxiliar os educadores, pais e estudantes a entenderem para poderem interagir nessastransformações.

O mundo hoje constitui ao mesmo tempo um desafio e uma oportunidade ao mundo daeducação. Um desafio, porque o universo de conhecimentos está sendo revolucionado tãoprofundamente que ninguém vai sequer perguntar à educação se ela quer se atualizar.

A mudança é hoje uma questão de sobrevivência, e a contestação não virá de "autoridades", esim da crescente e insustentável percepção dos próprios alunos, que diariamente comparamos excelentes filmes e reportagens científicas que surgem na televisão, jornais e internetcom as simples apostilas, quadro negro e repetitivas lições da escola.

Uma oportunidade, pois com este paradigma, amplamente dominante, gera uma visãocontestadora, que deve assegurar à educação uma autonomia que lhe permita centrar-senos valores humanos, buscando a formação do cidadão, enquanto ser moral, ético, espiritual,a partir de uma visão crítica e criativa. Enfim, é preciso “aprender a aprender” e ensinar apensar.

Com essa filosofia homenageamos nossos professores que por sua sabedoria e didáticaconseguiram se tornar nossos mestres já que nos ensinaram muito mais do que a matéria ,mais o seu uso e principalmente uma filosofia de vida para mudarmos o mundo.

Só nos resta para agradecê-los continuar a disseminar as sementes do conhecimento queforam plantadas em nossa mentes e corações.

Suce$$o


Autor: Roberto Recinella

Publicado em: 30/05/2011. em www.qualidadebrasil.com.br

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Engenharia do futuro e o apocalipse

  

Podemos dizer que a engenharia é a ciência, transformada em profissão,  que desenvolve  e aplica os conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos,  na criação, aperfeiçoamento e uso de  materiais ,  máquinas,  sistemas e processos,  para alcançar um objetivo ou desenvolver um projeto?

Certamente poderemos encontrar definições melhores do que esta, mas para nosso propósito vamos adotá-la.

Para tanto,  a engenharia tem reunido   conhecimentos  e especializações  no sentido de materialização, beneficiando a sociedade, com apoio  aos aspectos  economicos, saúde,  e agora com atenção também voltada ao meio ambiente.

As questões segurança e proteção estão na pauta do dia, em cada projeto pensado: pontes, prédios, estradas, alimentos, vestuários, veículos, equipamentos médicos, medicamentos...

Mesmo nas questões, até então românticas, como a salvação de espécies, por serem demasiadamente técnicas para uns e econômicas para outros, está a engenharia.

Para muitos, o lixo uma vez descartado longe de suas casas deixa de ser um problema, até que o cheiro, a fumaça e o risco de contaminação do lençol freático os atinjam.

Salvar baleias, golfinhos e tartarugas  deixou de ser tema apenas de ativistas e começa a ganhar a dimensão necessária.

A mensagem do planeta é muito simples: ”integre-se ou desintegre”.

Não acredita?

Tem idéia dos estragos que provoca um tsunami ou  um deslizamento de terras?

Bom, muitas catástrofes são provocadas por nossas ações impensadas e ocupações de áreas que deveriam ser protegidas.

Não é sem motivos que técnicos vistoriam diariamente e bombardeiam montanhas cobertas de neve, provocando pequenos deslizamentos para evitar grandes avalanches.

Ocorre que a degradação do planeta é muito grande, os estragos não são reversíveis.

Talvez, ao ouvir isso, você diga mais um pessimista, um  fatalista. Basta olhar em volta e observar algumas questões  as quais debatemos muito e fazemos pouco, ou quase nada, frente ao tamanho do problema.

Todo tipo de poluição só aumenta. A própria floresta amazônica chega a lançar mais poluentes em alguns momentos que retirá-los.

O Aquecimento global,  em mais alguns anos, no verão, deixará o polo norte sem qualquer indício de gelo.

Os reservatórios de água cada dia estão mais escassos.

Lencóis freáticos estão sendo contaminados, ainda que pouco sobre o assunto seja dito.

Animais, extremamente importantes para a flora, continuam desaparecendo.

Os oecanos morrem um pouco a cada dia.

O tema é extenso, cada tópico da um livro, uma tese.

A pergunta básica e simples de se fazer é a seguinte: por que o planeta precisa do homem?

Que falta faria o  homem se este desparecesse, como num passe de mágica?

Como seria a terra se nunca tivéssemos existido?

Ora, se não houver contribuição, o sistema trabalhará pela nossa eliminação. Não é o que faz o seu organismo com corpos estranhos?

Quanto mais feroz se tornar o planeta, mais dificil a sobrevivência.

Não é o resgaste da tese do fim do mundo no ano 2.000, nem a defesa das profecias de 2.012, apenas a visão de uma pessoa, privilegiada pelas fantásticas criações da engenharia, que por satélite, na tv, no celular ou na internet, se mantém informada e pode dizer com segurança que a engenharia do futuro não terá como função apenas o conforto e segurança do homem, mas fundamentalmente sua salvação!




Autor: Ivan Postigo 


Publicado em: 25/05/2011, em www.qualidadebrasil.com.br

terça-feira, 21 de junho de 2011

Os perigos da zona de conforto

      

Depois que eu saí da minha cidade que não era a cidade natal, mas a que minha família adotou logo depois que eu desembarquei no mundo, as palavras de minha mãe permaneceram impregnadas na minha mente por muito tempo. Tenho a plena convicção de que ela queria o meu melhor e, na sua humilde concepção, o melhor naquele momento era ficar onde eu estava.

No dia em que saí de casa, minha mãe me disse: filho, vem cá! Passou a mão em meus cabelos, olhou em meus olhos, começou falar: - o que é que você vai fazer em Curitiba? Você nem conhece direito. Fica aqui com a mãezinha, pois você tem emprego, casa, comida e roupa lavada. Além do mais, pode se aposentar na mesma empresa em que seu pai vai se aposentar.

Isso aconteceu há trinta anos e, de fato, meu pai se aposentou depois de anos de bons serviços prestados, na mesma função em que foi admitido, no ano em que nasci. O fato é que eu estava determinado a vir para a cidade grande em busca de algo novo, do desconhecido que nem mesmo eu sabia o que era.

Aquela zona de conforto representada pela tranquilidade das pequenas cidades e pela promessa de trinta e cinco anos de estabilidade não estava nos meus planos. Apesar de tudo, reconheço o esforço do meu pai e a sua infeliz condição de ter sobrevivido e feito o que pode pelos filhos. Isso não é bom nem ruim. É o que a história pessoal de cada um proporciona. O que você faz com as lições que tira de tudo isso é o que torna a vida boa ou ruim.

Durante os meus trinta e três anos de carreira profissional eu passei por oito empresas diferentes. De uma forma ou de outra, eu fui trilhando um caminho após o outro sempre com a esperança de que o próximo fosse melhor do que o anterior. Cada vez que eu percebia a possibilidade de melhorar de cargo ou de aumentar a renda, não pensava duas vezes.

Em 1982, eu abandonei o emprego no antigo Banco Bamerindus para não desperdiçar a chance de ser admitido na Brahma, cujo salário era três vezes maior do que o que eu ganhava e as perspectivas bem mais promissoras. No meu caso específico, a zona de conforto sempre me incomodou.

Tudo o que ser humano em geral mais deseja é um emprego duradouro, benefícios de toda ordem e uma perspectiva de mais ou menos trinta e cinco anos de trabalho até chegar ao que ele chama de feliz aposentadoria. E, se não for pedir muito, não exija muito esforço que o descontentamento torna-se visível.

Em geral, isso é o que acontece com determinados funcionários públicos que estudaram anos para passar num concurso. Depois de se dar conta da realidade à sua volta, perdem a motivação, tornam-se fantasmas remunerados, conspiram contra o governo, envolvem-se em atividades paralelas e, por fim, ficam contando os dias para se aposentar e assim livrar-se da incômoda zona de conforto que eles mesmos ajudaram a produzir.

A zona de conforto é uma opção particular, uma escolha pessoal que não pode ser atribuída a terceiros. Representa a sua filosofia de vida, o seu nível de ambição e o nível de comprometimento com a sua própria evolução pessoal e profissional. É o reflexo da opção inequívoca pela estagnação.

Embora a zona de conforto seja quentinha e aconchegante, ela nunca será promissora. É duro sair da cama com menos dois graus centígrados lá fora, mas se você não fizer isso, o gelo não sai do carro sozinho, a comida não chega até a sua cama, os clientes não aparecem com o pedido na mão tampouco o patrão vem na sua casa perguntar se você está bem.

Na medida em que você permite, a zona de conforto vai atrofiando a sua capacidade de resposta e você torna-se tão vazio e insosso quanto aquele seu tio ranzinza que não sabe fazer outra coisa na vida senão ficar reclamando do governo e da comida da sua tia sem se desgrudar do controle remoto.

Por que você deve sair da zona de conforto? Poderia escrever um tratado sobre isso, mas vou lhe dar apenas quatro razões. Ainda que isso possa mexer com os seus sentimentos, dificilmente vai mudar a sua história se você mesmo não estiver determinado a mudá-la.

Mais dia, menos dia, você será obrigado a sair da zona de conforto: as dificuldades são transitórias e como a incerteza é a única certeza visível, quanto mais você enfrenta os problemas, mais chances têm de sobreviver nesse mundo que em todo momento vai testando a sua capacidade de superação.

Tudo na vida é experimentação, dizia Emerson, o grande pensador norte-americano, portanto, experimentar, arriscar de vez em quando ou tentar coisas novas ajudam a melhorar o nosso protótipo. E não há como melhorar algo se você não pensa diferente nem se esforça para isso.

Uma vida mais interessante e desafiadora: imagine que no dia da sua partida alguém faça um comentário do tipo “falecido era tão bom!” É muito pouco para uma pessoa que tem o mundo à sua disposição para fazer algo diferente e produtivo em favor da humanidade. São os desafios, e não apenas as conquistas, que tornam a vida interessante.

A zona de conforto é o começo do fim: no dia em que você acreditar que já fez tudo ou aprendeu tudo você estará perdido; que não evolui simplesmente regride; o ápice da sabedoria ocorre nos segundos que antecedem o exato momento de você ir embora, porém, meu amigo, nessa hora já não dá tempo de fazer mais nada.

Pense nisso e seja feliz!

Autor: Jerônimo Mendes

Publicado em: 06/06/2011, em www.qualidadebrasil.com.br

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A energia imigrante


   
Quando pensamos nas pessoas que deixam a terra natal para se aventurarem em um país que sequer conhecem a língua imaginamos mil situações.

Podem estar fugindo de guerras, da fome, perseguições e situações que colocariam suas vidas em risco.

Algumas vezes isso é verdade, mas raciocinemos de forma inversa. E aqueles que deixam o Brasil?

O que levaria pessoas a colocarem o pé na estrada? Algumas com boa formação, outras nem tanto.

Deixemos de lado aquelas que foram fazer um curso de pós-graduação no exterior e de a volta definida, nos concentremos nas que “partiram”.

Não estariam encontrando nenhuma espécie de ocupação aqui?

Se não falam a língua da nova morada, que chances terão?

Descontentes com os salários oferecidos resolveram partir?

O saldo líquido, depois de pagas as contas no exterior, pode ser até menor do que se ficassem!

Decidiram viver em um lugar onde a comida é melhor?

Não, todos dizem que nada substitui o feijãozinho brasileiro!

Pensam em nunca mais voltar?

De forma nenhuma, a outra ponta da corda deixaram amarrada para não perderem o caminho. Amigos, família são fortes apelos para que um dia regressem.

Ficarão algumas décadas afastadas da terra natal, ou quem sabe para sempre, farão cursos, desenvolverão uma carreira, ganharão e perderão dinheiro, casarão, terão filhos, e, com o tempo, entenderão o que os fez partir.

Meus avós chegaram ao Brasil há muitas décadas, nunca voltaram, não que não tivessem vontade. Não tiveram razão, por isso não alimentaram o sonho.

O raciocínio pode ser feito com situações mais simples.

Não vivo longe da cidade onde nasci e com freqüência a visito. Todos os parentes lá estão, inclusive minha mãe. Não há nada determinado, mas ela sabe vou vê-la em dias determinados, por isso, se não apareço, o telefone, invariavelmente, toca.

Toda minha vida acadêmica e profissional foi formada fora da cidade, então a razão do retorno é outra que não profissional e financeira.

Não é sempre que podemos fazer escolhas atendendo a todos os requisitos. Estas são feitas atendendo prioridades.

A escolha de um curso, o tipo de trabalho, a oportunidade de gerar oportunidade, a pessoa que amamos, o local para educar os filhos ou lhes dar melhores condições de saúde, enfim não faltam motivos para formar a razão.

Uma das razões que mais me encantam é a busca de sentido na vida.

Você consegue imaginar a energia acumulada que tem o imigrante que sai em busca de sentido na vida? Veja que estou falando de sentido na vida e não do sentido da vida!

Não, não precisamos considerar pessoas amarguradas por tragédias e fracassos, mas pessoas que querem encontrar um lugar para deixar a sua marca?

Estão em busca de conforto e riqueza?

Talvez, em um primeiro momento, até tenham esperança de encontrar o Eldorado, mas a questão fica em segundo plano quando a jornada inicia.

Como um alpinista que quer chegar ao cume da montanha - esse é o foco - a proeza está em fazer o trajeto.

Uma pessoa, certa vez, me disse: - Encontrei mais perigos na descida do que na subida, então fincar a bandeira é só uma parte. Quando retornamos e recebemos todos os abraços, iniciamos o plano da próxima escalada. Esse é o sentido que encontrei, viver escalando.

Essa é energia que o move, essa é a energia que alimenta o imigrante.

Por essa razão são capazes de chegar sem nada, aprender uma língua, se adaptarem a uma cultura e construírem tudo.

Capazes, determinados, decididos, os vemos partirem e chegarem, para nosso encanto, cheios de histórias e energia.

Autor: Ivan Postigo

Publicado em: 02/06/2011, em www.qualidadebrasil.com.br

domingo, 19 de junho de 2011

O FEEDBACK


  

Você já pensou que boa parte dos problemas ou das dificuldades profissionais e pessoais que você vive está associado de alguma forma ao FEEDBACK?

Então vamos pensar juntos...:

Vamos lembrar de uma dificuldade pela qual tenha passado, seja na solução de um problema ou mesmo ou de algo que aconteceu recentemente e isso pode ser de qualquer natureza...Certamente envolveu comunicação e se envolveu comunicação, certamente envolveu algum tipo de feedback.

Estamos presos a algumas correntes mentais que nos geram paradigmas e achamos que feedback é somente a comunicação que temos no ambiente profissional interno do nosso trabalho e isso é um grande engano.

Podemos afirmar que certamente nosso ambiente muda eficazmente através da melhora constante do nosso feedback, que com certeza absoluta está associado a todos os ambientes em que vivemos e interagimos de alguma forma. A comunicação se dá não apenas pela fala e sim por nossos movimentos corporais, expressão e atitudes no dia a dia.

Se você é uma pessoa expansiva e gosta de interagir com as outras em todas as oportunidades, certamente você percebe por feedback as reações das outras pessoas quando, por exemplo,  as cumprimenta perla manhã e independente de quem seja sente o retorno do estado daquela pessoa. Você diz “Bom Dia”, (como um líder de excursão) e ela tem uma reação demonstrando seu estado de espírito e por sua vez, identificando o estado da pessoa ou ainda seu temperamento.

Se você não é uma pessoa expansiva e gosta de se ater a si próprio, também desenvolve essa mesma sensibilidade ao feedback, na maioria das vezes de forma contrária, ou seja quando você é abordado de uma alguma forma consegue identificar as mesmas vibrações.

Podemos então chegar à conclusão de que todos nós podemos sentir o feedback a todo tempo e de todas as pessoas e a parte mais sensível disso é exatamente como tratamos este feedback em nosso plano interior.

Os problemas e as soluções em todos os níveis podem ser agravadas ou atenuadas se observarmos essa regra tão natural que estamos expostos intensamente em nossas vidas , é só prestar atenção aos sinais que os “feedbacks” nos oferecem para termos atitudes mais assertivas nas nossas decisões.

O que devemos ter em mente é que temos que levar em consideração os sinais que recebemos...

Grande parte das vezes que, por exemplo,  damos algumas informações às pessoas, estamos fornecendo feedback e nos cabe observar o retorno imediato que recebemos, ou seja se fomos entendidos, no nível em que gostaríamos, na forma que passamos,  para aquela pessoa e para o assunto. Ainda nos dias de hoje muitas pessoas se atem aos conceitos básicos e das regras de feedback que são difundidas em treinamentos e livros pelo mundo a fora e acabam se esquecendo da sensibilidade humana envolvida nisso.

Experimente observar estas dicas e experimentar algumas mudanças para você perceber como as coisas podem mudar para muito melhor, nas soluções dos problemas, na efetividade da sua comunicação e principalmente em sua vida. Se achar necessário aprimore seus conhecimentos e técnicas de feedback, mas jamais esqueça de levar em consideração a sensibilidade humana envolvida!

Pense nisso...



Autor: Eduardo H. Rodrigues


Publicado em: 25/05/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

sábado, 18 de junho de 2011

Seja generoso com Você!



Todos nós gostamos de ser generosos com os outros, ou pelos menos tentamos. Como visitar um asilo de idosos, um lar  que abriga crianças carentes, ou mesmo dar um troquinho no semáforo.

A caridade faz mais bem para nós mesmos, do que para quem recebe o benefício. Essa atitude nos deixa com a "alma lavada".

Mas será que estamos sendo generosos com a gente mesmo? Que pergunta estranha, não é? Pois então, se tem uma coisa que quase sempre esquecemos é da generosidade para com a gente.

Muitas vezes deixamos de fazer algo que gostamos para atender anseios de outros. Nos agredimos de tal forma, que nossas vidas parecem pertencer a todos.

Não temos hobby, não reservamos um dia especial para cuidar do corpo ou da alma. Não nos divertimos. Quem já teve coragem de separar um dia todo para; acordar tarde, andar pela casa de pijama, sentar em frente ao televisor e ficar trocando de canal, desligar o celular e o telefone fixo e fazer exatamente nada?

Poucas pessoas conseguem isso. Nossa mente trabalha de uma maneira mais ou menos assim: se eu ficar aqui parado sem fazer nada, estarei perdendo dinheiro. Preciso trabalhar. O que tenho que fazer mesmo?

Quer dizer que a mente não nos dá a possibilidade de termos um dia só para gente? É isso mesmo.

Precisamos aprender a nos desprendermos um pouco, dos acontecimentos diários, se desligar um pouco do mundo lá fora. Isso é mais que saudável, e necessário.

Já percebeu que quando estamos preocupados em resolver um problema, dificilmente conseguimos achar uma solução? E depois que relaxamos, logo temos uma super idéia que nos traz a solução? Então, é isso que eu proponho a você. Seja generoso com você mesmo.

Dê uma relaxada, atenda mais seus desejos e vontades. Se liberte dos paradigmas e aproveite a vida. Estamos aqui pra desfrutar das maravilhas que o criador nos deu. Divirta-se.

Seja bondoso, justo e generoso com as pessoas, mas também cuide de você. Afinal, a generosidade é como o amor, se você não se ama, não pode amar alguém.


Autor:  Alessandro Baitello

Publicado em: 24/05/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Não leve a vida tão a sério

  

Tem gente que se irrita com qualquer coisa. Trânsito, coisas do trabalho, algo que planejou detalhe por detalhe e que acabou acontecendo de outra maneira... "Vixi", como diria o bom e desencanado nordestino "Deixa estar, que tudo dará certo".

Bem, disciplina nunca é demais, mas, uma coisa temos que concordar, se irritação ajudasse em alguma coisa, o Zangado da história infantil (Branca de Neve e os setes anões) seria o mais rico e respeitado do desenho, pelo contrário, todos queriam ficar longe dele.

Na nossa vida é a mesma coisa. Se andarmos por aí irritados, mal humorados, dando "patadas" em todo mundo, o que acontece? Recebemos isso tudo de volta e com um plus (algo a mais). Mas para isso tem uma explicação. O universo dispõe de uma lei chamada de AÇÃO e REAÇÃO. Na filosofia a moda clássica chamamos isso de Karma ou carma. Confundimos carma em algumas doutrinas religiosas com o raciocínio de que: estou aqui para pagar algo que fiz em vidas passadas. Nada disso. Esse carma do qual me refiro é a lei que citei acima.

A Lei da Ação e Reação esta aí e serve para todos, não faz acepção de pessoas. Por isso, precisamos nos conscientizar que se estivermos irritados, vamos receber mais irritação, por outro lado, se dermos às pessoas amor, carinho, benevolência, etc. É o mesmo retorno que vamos receber como reação. Você age e a reação vem, simples assim.

Quando aprendemos e colocamos em prática esse conhecimento, tornamos nossas vidas mais harmônicas. Começamos a tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados, e a reação será como? Seremos tratados igualmente ou até melhor. Muitas das mazelas da humanidade teriam sido evitadas se a gentileza tivesse imperado. Mas, infelizmente não foi assim.

Vamos imaginar o "carma" nos dias atuais. Briga de trânsito; você já percebeu que a discussão no trânsito é uma grande bobagem? Sim, aliás, a maioria das discussões são perda te tempo e gasto de energia. Uma simples fechada de um carro, ou uma pequena batida não causam tantos danos materiais como emocionais.Um dia desses eu estava saindo com meu carro de um estacionamento, me distraí e acabei encostando no carro que estava à minha frente. O que eu fiz ? Sai rapidamente do meu carro e fui ao encontro do outro motorista e lhe falei poucas e boas "Como você é irresponsável, frenar o carro tão bruscamente assim. Olha só o que você fez , arranhou o meu carro. Seu , seu... " Mas eu não fiz isso . Eu simplesmente desci do carro, o cumprimentei com um bom dia e apertão de mãos e disse. "Puxa vida , me desculpe, sei que errei. Aqui está meu cartão, você pode me ligar que meu corretor de seguros vai tomar todas as providências para que seu carro seja consertado o mais rápido possível". E qual foi a reação do motorista? Simplesmente ele disse "Não há problemas, isso acontece". E me agradeceu.

Se eu tivesse agido de forma impetuosa que citei acima, qual seria a reação dele ? Claro que iria me xingar , e quem sabe até partir para violência. Mas foi minha ação, que causou toda a reação. Ah! E o carro dele ficou pronto em três dias e ele me ligou para aradecer.

O que quero deixar claro com esta história real, é que podemos escolher que tipo de reação vamos ter. Isso funciona para tudo, casa, trabalho, filhos, amigos, etc .A ação e reação existem desde os primórdios da humanidade. As guerras, os tratados de paz, as decisões mundiais ...sempre foi assim. Nosso erro é achar que plantando batatas , vamos colher amoras.

Eu poderia citar inúmeros exemplos sobre a Lei da AÇÃO e REAÇÃO. Gostaria de enfatizar como está sua vida neste momento. Volte no tempo, faça uma autoanálise. Veja que tipos de ações você já teve, e porquê colheu os resultados dos que convive hoje. Posso afirmar que essa reflexão irá te trazer ótimos resultados.

Acredito que depois de você ter lido esse artigo, você possa pensar um pouco, antes da sua próxima ação. Porque será a mesma que voltará para você. É como puxar um elástico. Você puxa o elástico e quando volta, quase sempre volta com mais força para você.

Autor: Alessandro Baitello

Publicado em: 31/05/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Geração Diploma


  
De acordo com o escritor e historiador português João Pedro Ribeiro que viveu no Século XIX, doutor em Cânones pela Universidade de Coimbra, a palavra “diploma” é originária do grego e significava o conjunto de duas tabuinhas ou, em tempo futuro, de duas placas de bronze ligadas entre si, sobre as quais os romanos transcreviam o texto das constituições imperiais toda vez que se atribuía o direito de cidadania a um militar que se distinguia por seus feitos honrosos.

Na Grécia Antiga, a palavra diploma significava basicamente um pedaço de papel (papiro ou pergaminho), dobrado em duas partes. O diploma era utilizado como salvo-conduto para os funcionários públicos se locomoverem de um local para outro, uma espécie de passaporte nos dias de hoje. Gaius Suetónius Tranquillus, historiador latino do Século I, classificava como diploma “todos os atos imperiais divulgados em forma de documento dobrado em duas partes”.

A partir da queda do Império Romano até o período da idade Média, também conhecida como Idade das Trevas, o termo diploma caiu em desuso. Com o fim da Idade Média, os humanistas, sobretudo os historiadores, ressuscitaram o vocábulo, praticamente ignorado durante esse período, levando-se em conta, por imposição da Igreja Católica, que somente os Padres, Bispos, Papas e religiosos nomeados por eles tinham livre acesso ao conhecimento.

Durante o Renascimento as universidades passaram a utilizar o termo como certificado de conhecimento, conferido por uma instituição de respeito em virtude dos ensinamentos adquiridos por alguém e com o devido reconhecimento de quem lhe conferiu o saber. Do Renascimento em diante, a palavra diploma passou a designar, num sentido genérico, todo o ato escrito que assenta num for­mulário e que deriva de uma chancelaria, eclesiástica ou civil, ou aquele que foi lavrado por determinação ou intervenção de uma instituição qualificada.

Até a metade do século passado, o diploma era símbolo de status e de reconhecimento conferido para poucos privilegiados. Em 1890, o Brasil contava com apenas 2.300 estudantes matriculados em escolas de nível superior. Antes disso, as instituições de ensino superior eram de origem católica ou criadas pelas elites locais, em geral apoiadas por governos estaduais ou instituições privadas com prioridade na disseminação de conhecimento para os próprios “filhinhos de papais”, de políticos e outros apadrinhados.

A partir da Constituição Federal de 1891 – que descentralizou o ensino superior, delegou-o para os governos Estaduais e permitiu a criação de instituições privadas - o ensino recebeu uma nova conotação e cresceu de forma vertiginosa.  Em 1915, o número de alunos matriculados somava mais de 10 mil. Em 1930, quase 20 mil. Em menos de 20 anos foram criadas 27 novas instituições de ensino superior no país. E saiba que a gratuidade no ensino público superior foi instituída somente a partir de 1950.

De acordo com o relatório Mapa do Ensino Superior Privado, de autoria da Professora Doutora Gladys Beatriz Barreyro, divulgado pelo INEP – Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, em 2004 o Brasil contava com mais de 4 milhões de alunos matriculados em mais de 2000 instituições de ensino superior, públicas e privadas, tais como: universidades, centros universitários, faculdades, faculdades integradas, institutos e centros de educação tecnológica.

A rede de ensino superior no Brasil oferece anualmente em torno de 2.500.000 vagas, de norte a sul do país, distribuídas por mais de 18.600 mil cursos de graduação presenciais, para todos os gostos, rendas e classes, sem contar ainda os cursos de ensino à distância reconhecidos pelo Governo Federal. Trata-se de uma verdadeira indústria do diploma, um símbolo de prestígio muito perseguido nas duas últimas décadas do século passado.

Algumas palavras do meu pai permanecem vivas ainda hoje na minha mente. Eu devia ter uns dez ou doze anos de idade e não cansava de ouvi-lo repetir: - estude, meu filho, estude, para conseguir um diploma, arranjar um bom emprego e gozar de todos os benefícios para o resto da sua vida. E assim ocorreu durante vinte e quatro anos, desde o primeiro ano do ensino fundamental até a conclusão do mestrado.

Naquela época o segundo grau era mais do que suficiente. Nos dias de hoje, até mesmo um diploma de doutor não garante a sobrevivência. Ao contrário, quanto maior o título, menor a possibilidade de conquistar uma vaga no mercado de trabalho que busca a simplicidade para enxugar custos e garantir a competitividade no mundo globalizado.

Quando eu concluí o segundo grau, me disseram que era necessário curso superior. Depois de apresentar o diploma da faculdade fui aconselhado a buscar uma especialização. Paralelamente, me exigiram inglês, espanhol e outros cursos de desenvolvimento pessoal e profissional. Agora me dizem que o mandarim está na moda e vale a pena arriscar umas palavras em chinês por conta da globalização e do crescimento econômico da China.

Até há pouco tempo eu imaginava que isso não tinha limites. Depois de tudo isso, a tendência é voltar ao passado, pois não há espaço nem reconhecimento para tantos graduados, especialistas, mestres, doutores e pós-doutores no mercado de trabalho. Um diploma de técnico é mais do que aconselhável no momento em que o “espetáculo do crescimento econômico” tende a fazer alegria dos bancos, das indústrias e do comércio em geral.

O Brasil transborda de filhos da Geração Diploma, a geração estimulada a correr atrás de um canudo a partir da década de 1980 pelo fato de as grandes empresas, principalmente multinacionais, restringirem o acesso de profissionais sem curso superior aos cargos de liderança. Por conta da falta de diploma, milhares de profissionais perderam o emprego e milhares de diplomados foram contratados pela metade do salário, ainda que a qualidade do ensino seja questionável, mas o fato é que diploma traduz esforço e, supostamente, competência.

A questão mais intrigante vem depois da conquista do diploma: e agora, o que é que eu faço com isso? Outras questões serão o martelo da sua consciência onde quer que você vá, em cada projeto que você participa, em cada entrevista de emprego, em cada momento em que você é submetido a um teste de integridade, quando se vê obrigado a provar ao mundo que o seu diploma tem valor e o esforço de tantos anos não foi em vão.

Conquistar um diploma é o sonho de consumo da juventude globalizada e, obviamente, um objetivo importante a ser perseguido. Entretanto, mais importante que a obtenção de um diploma é escolher a profissão que reflete a sua verdadeira vocação. Assim, quando o canudo vier, você poderá rir do sofrimento acumulado durante quatro a seis anos de estudo, além de vislumbrar um futuro promissor dentro da profissão que escolheu e aprendeu a amar por conta de um diploma que lhe conferiu, além do título, sentido de realização.

Um simples diploma não garante o sucesso de ninguém, mas a dedicação existente por trás de um diploma faz muita diferença. É a dedicação, e não o título, que vai atestar a sua capacidade de realização no mundo.

Pense nisso e seja feliz!


Autor: Jerônimo Mendes 

Publicado em: 03/06/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Evite o negativo


   
As pessoas, quando expostas continuamente a algo negativo, começam a aceitar os pensamentos que as depreciam e diminuem. Também passam a sofrer as conseqüências da auto-estima baixa.

Com o tempo, o diálogo interno, ou seja, aquela voz que fica conversando conosco o dia inteiro torna-se também negativa.

A exposição regular ao diálogo interno negativo, assim como a exposição prolongada ao sol, pode com o tempo matar uma pessoa sem que ela perceba. A razão é o fato de ela ter criado para si um ambiente interno altamente tóxico.

Se um amigo negativo está levando você literalmente para o buraco. Você tem três opções:

    Continuar o relacionamento e sofrer as conseqüências.
    Tentar mudar o pensamento dele.
    Separar ou pelo menos reduzir a sua exposição à sua influência.

Como dizia Lee Iacocca, ex-presidente da Chrysler “o sucesso não vem do que você conhece, mas de quem você conhece”.

Tome uma decisão de escolher cuidadosamente aqueles que o rodeiam. A escolha dos amigos é uma das mais importantes entre todas as estratégias de sucesso.

Autor: Prof. Menegatti

Publicado em: 26/05/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

terça-feira, 14 de junho de 2011

Educação e assédio moral

  

Durante a semana dois assuntos foram destaques na mídia e chamaram a atenção do mundo. Embora não seja novidade alguma, o fato é que quando algo dessa natureza ganha destaque na imprensa todo mundo faz cara de espanto.

No primeiro caso, mãe e filha, diagnosticadas por um funcionário da Sothwest Arlines como literalmente “gordas” - de maneira simpática se poderia dizer “com sobrepeso” - foram impedidas de embarcar no avião. Para arrematar o constrangimento, ele ainda sugeriu que comprassem mais uma passagem e assim viajaram com folga.

No segundo caso, um funcionário de uma empresa brasileira sofreu constrangimento pelo fato de não ter atingido as metas e, por conta de uma formação diferente do nariz, foi literalmente chamado de “bruxa”, afinal, era esse o papel que o gerente da área queria que os funcionários assumissem como castigo por sua suposta “incompetência”.

Neste caso específico, segundo o chefe, nariz de bruxa ele já tinha, bastava assumir o papel. O agravante é que os companheiros, em vez de se solidarizar com o amigo, riram descaradamente da brincadeira, a meu ver, de muito mau gosto. Penso que o medo deve ter provocado esse tipo de reação.

Com relação ao comportamento do ser humano em geral, talvez isso não cause espanto, entretanto, em relação ao que as empresas ainda continuam permitindo que os funcionários façam é motivo para indignação, muito mais do que espanto.

Embora eu não goste muito de me remeter ao passado para lembrar-se de coisas básicas da educação moral, o fato é que no passado, não muito distante, além de aprender valores e princípios no berço, a gente aprendia na escola.

Será que os responsáveis pela educação de hoje imaginam que as crianças já nascem prontas e que isso não é papel da escola? Será que os pais, por sua vez, transferem a responsabilidade para as escolas com a vaga esperança de que estas cumpram esse papel? Vivemos então um paradoxo:

    As escolas em geral não conseguem – ou não querem - mais ensinar as crianças o que é educação de verdade porque esse papel é dos pais;
    Os pais alegam não ter mais tempo para educar os filhos e, em geral, imaginam que as escolas podem cumprir esse papel.

O que isso tem a ver com os dois episódios mencionados? Se um amigo seu, um filho ou mesmo um parente mais próximo sofresse do mesmo tipo de constrangimento, o que você faria? Cara de espanto? Defenderia quem quer que fosse até o último minuto? Se isso acontecesse com você, apesar da sua formação sólida e conhecimento, o que você faria?

Tomando-se por base a reação das pessoas que testemunharam esses dois casos, é possível dizer que uma boa parte faz de conta que isso não lhe diz o menor respeito. Nesse caso, entra aqui o instinto de sobrevivência, portanto, a maioria acredita que é melhor não se meter.

A questão intrigante de tudo isso é o seguinte: em pleno século 21 ainda é necessário pedir pelo amor de Deus para ser respeitado e receber o mínimo de consideração das pessoas e das empresas.

O que leva a sociedade a tolerar comportamentos dessa natureza? Por que será que as pessoas ainda se comportam como se estivessem na Idade Média onde todo tipo de bizarrice era admissível em nome do papa, do rei ou da rainha?

Isso ocorre porque, no íntimo, o ser humano ainda conserva sua natureza extremamente competitiva, egoísta e, por vezes, intolerante. Considerando que ao longo de milhares de anos fomos moldados a “ferro e marteladas”, ao menor sinal de cuidados cometemos uma gafe digna de reflexão e reprovação, mas no fundo da alma o ser humano recorre ao seu instinto primitivo.

Quem não se lembra de Bóris Casoy, renomado jornalista, no último dia de 2009 fazendo chacota com os garis do Rio de Janeiro? Ele tentou se desculpar no dia seguinte, depois de uma reprimenda, mas o que ela pensa de fato talvez não tenha mudado.

Adultos em geral aprendem somente com a dor, mas não se pode perder a esperança nas crianças. Apesar da evolução, a educação ainda é mais sólida quando vem do berço. Se isso não for cultivado desde pequeno, em casa e na escola, não há a menor esperança para elas. Diferente dos adultos, as crianças ainda são capazes de aprender com amor e limites.

Se você acredita que o mundo tem jeito, indigne-se e levante a bandeira da intolerância a todo tipo de discriminação. O fato de algumas pessoas não gostarem de gordos, pobres, negros, favelados, narigudos e outros predicados injustos não lhes dá o direito de fazer e dizer o que vem à cabeça. Um velho ditado jurídico ainda vale: o seu direito termina onde começa o meu.

Respeito, igualdade, dignidade humana, liberdade e outros valores são princípios universais que valem para todas as pessoas em qualquer lugar do planeta. E cada vez que você presenciar um fato semelhante lembre-se das sábias palavras de Edmund Burke, filósofo e político inglês: “para o triunfo do mal, basta que os bons não façam nada.”

Pense nisso e seja feliz!


Autor: Jerônimo Mendes 

Publicado em: 27/05/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Como Usar Sua Força Máxima?


   
É incrível o número de pessoas pelo o mundo a fora que não se sente realizado em sua vida seja no lado pessoal ou profissional.

Se analisarmos detalhadamente a vida dessas pessoas, uma maioria absoluta não está usando todo o seu potencial, ou seja, não está colocando em prática sua Força Máxima.

Sabemos que o ser humano é dotado de uma inteligência impressionante, porém, a mesma precisa ser usada na prática para que os resultados apareçam.

Não basta ter boa intenção e vontade de vencer se diante dos obstáculos o profissional for perdendo sua motivação, o que acaretará na certa uma diminuição no seu poder de ação.

Estamos vivendo num mundo de Alta Pressão diariamente, e quem consegue se adaptar as profundas mudanças que o mundo vem passando, se sairá muito melhor do que aquelas pessoas que se assustam e se retraem.

Aguentar pressão nos dias de hoje é de suma importância para não desistirmos facilmente.

E essa pressão só poderá ser combatida e vencida quando usarmos nossa Força Máxima de ação.

Você pode está se perguntando agora:

- Que força é essa?

Eu lhe respondo:

    É o somatório de toda sua experiência de vida pessoal e profissional.
    É o seu poder de ação e de reação.
    É o seu conhecimento colocado em prática.
    É a sua força de vontade colocada em prática.

Autor: Eugênio Sales Queiroz

Publicado em: 01/06/2011 , no site: www.qualidadebrasil.com.br

domingo, 12 de junho de 2011

Atitude de Perseguir SONHOS



As pessoas têm uma tendência grande a desistir de perseguir seus sonhos, pois eles parecem desaparecer das mentes delas depois de algum tempo e a perseverança parece uma luta que na maioria das vezes é derrotada.

Todos nós temos sonhos que são definitivos em nossas vidas apenas precisamos transformá-los em objetivos verdadeiros e constantes. Muitos estudos mostram que precisamos manter nossos objetivos sempre à nossa frente para poder ter a perseverança necessária para insistir na busca desses sonhos.

Para que possamos começar a falar de nossos sonhos, precisamos determiná-los como objetivos de vida, ou seja,  dar vida àquele sonho que passa como “desejo” transformando esse desejo em algo pelo qual vamos buscar atingir e a forma de se fazer isso pode ser simplificada por nós mesmos.

Eu mesmo já li vários autores que ensinam a formar objetivos e quase todas as instruções para se formar objetivos, seja em qual setor da vida pessoal ou profissional for, são extremamente técnicos, cansativos e cheios de regras, o que invariavelmente inviabiliza para a maioria das pessoas a formação de objetivos que acabam desistindo no andamento do processo.

A dica que eu tenho a dar, é que não se tenha medo de formar objetivos, mesmo sem nenhuma técnica mais elaborada ele pode ser eficaz e na verdade o importante é se determinar o caminho a seguir e isso é determinado pelos nossos objetivos. O que quero dizer é para pegar uma folha e um lápis ou caneta e escrever aquilo que se tem vontade de alcançar em todos os setores da sua vida da forma que lhe vier na sequencia em que perceber seus sonhos e quanto mais detalhes puder dar ao seu objetivo, melhor.

Escritos os objetivos, você deve achar a melhor forma de manter seu contato mental com eles, algumas pessoas escolhem fotos de revistas outras desenhos, enfim o que mais convier com sua natureza, na verdade a atitude que deveremos ter com esses objetivos formados é que não nos esqueçamos deles e eles de certa forma mantenham-se vivos dentro de nós, como se fossem um catálogo de coisas que possamos ver sempre em nossa disposição. As pessoas na maioria das vezes ficam estressadas pensando no”COMO” os objetivos serão alcançados mas isso não é importante, porque eles estando sempre vivos em nossas mentes nós saberemos aproveitar as oportunidades em busca desses objetivos, um a um.

O que realmente acontece é que nós acabamos nos esquecendo de alguns sonhos e alguns objetivos acabam ficando no passado, as oportunidades passam e nós não vemos.

A Regra básica para os sonhos é mantê-los vivos dentro da nossa mente para nos motivarmos constantemente a buscar esses sonhos de maneira incansável. Claro que sabemos ser difícil manter vivos os sonhos, mas se observar que as pessoas de sucesso buscam esses sonhos com muita perseverança e não deixam jamais esmorecer sua vontade de atingi-los através de seu comportamento incansável.

Posso garantir que essa é uma forma muito eficaz de ser aquilo que se quer no mundo, sendo mais feliz na busca real dos seus sonhos.

Autor: Eduardo H. Rodrigues

Publicado em: 18/05/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br