sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Um problema, seis passos para a aceitação da solução



Por que um problema exige solução? Pessoas diriam, porque é um problema! Simples assim?

Antes de qualquer ação, temos que entender o que nos leva  a tratar a situação como um  problema.

Imagine que você não tem gatos e cria uma série de pássaros. Seu vizinho, amante do felino, tem uma porção.

Seu quintal começa a ser frequentado pelos animais de estimação do morador ao lado e os seus pássaros são atacados.

Vocês têm um problema para resolver. Você porque quer protegê-los e não quer arcar com o prejuízo e o vizinho, certamente, porque quer evitar um processo e ter que pagar indenizações.

Se forem amigos e sensatos procurarão juntos uma solução.

Gatos trariam problemas? Claro que não, além de animais carinhosos, também são excelentes soluções. O problema está no encontro dos gatos com os pássaros. Ai está o ponto chamado problema, que demanda a busca de solução.

Considere que sua moradia se situe em uma região que tem plantações, ratos e cobras. Alimentos atraem ratos e ratos atraem cobras.

Gatos, nesse caso, mais do que companhias, seriam soluções.

Descoberto o problema: as cobras?

Pasme, mas não!

As cobras, apesar dos riscos, ainda são soluções. Cobras comem ratos. Sem estas, as doenças que os ratos transmitem podem atingir a população.

Onde está o problema, então?

O problema se chama risco. Este precisa ser minimizado com redução e afastamento da população de ratos que atrai as cobras. Ratos também eliminam algumas pragas.

Importante é afastá-los, com isso as cobras também irão embora.  Em alguns países, os visitantes se assustam ao se darem conta que as pessoas trabalham nos campos rodeados por cobras, e as respeitam. Desconhecem, evidentemente, a importância dessa convivência.

Pronto, voltando ao gato, ai está ele como interessante solução.

Na vida, nem tudo é problema e nem toda solução atende, não é verdade?

Por isso, é importante conhecimento que conduz à sabedoria. O problema precisa ser identificado e as soluções analisadas para que tenhamos a resolução com aceitação.

O transporte coletivo, na vida moderna, é uma solução para o problema da locomoção, mas como não tem aceitação total, muitas pessoas usam seus veículos. Resolvem um problema e criam outro: congestionamentos.

E assim, diariamente, nos envolvemos com os seis passos importantes para tratamento de situações.

Primeiro passo

Ao nos depararmos com necessidades e carências, precisamos definimos exatamente o problema.

Certamente não ignoramos que a definição correta de um problema já é meio caminho andado para a solução.

Não adianta ter como solução um felino, sem estabelecer se precisamos de um gato ou uma onça!

Segundo passo

Temos que considerar os conhecimentos à nossa disposição, que conduzirão às possíveis soluções.

Estas podem ser obtidas com a própria condução, com delegação, e, também, com adição de novas competências, via integração de novos elementos ao processo.

Terceiro passo

Devemos considerar criatividade e criação. Recursos que possam ser integrados ao processo como possíveis soluções.

Não significa que serão, necessariamente, incorporados, mas que, por nunca terem sido aplicados e apresentarem caminhos, merecem avaliação.

Para cortar um papelão, em linha reta, podemos usar uma linha, uma faca, uma tesoura ou uma guilhotina.

A guilhotina tem grandes chances de ser a solução escolhida, o que não quer dizer que as outras não devam ser observadas no ensaio.

Quarto passo

Trataremos da inovação como aplicação da criação ou de melhoria de processo. A adição de competência contribui significativamente nesta fase, não apenas por trazer novos recursos, mas por colocar luz sobre as sombras, com um jeito novo de pensar.

Vale à pena refletir sobre a seguinte frase: “Enquanto muitos perguntam por que, você pode perguntar: por que não?”

E assim, o carrapicho que grudou nas calças do sábio o levou a criar um artifício e a inovar com o Velcro!

Quinto passo

Finalmente a solução? Não, as soluções!

Podemos ter mais de uma, sim. Pense comigo: ao fabricar botas, você pode considerar como recursos para fechá-las os cordões ou os zíperes. Temos que reuni-las e desenvolver a tabela dos prós e contras.

A escolha é definida no sexto passo, após listarmos todas as possibilidades.

Sexto passo

Concretização da escolha: aceitação.

Talvez você diga que será com cordões, porque prefere assim ou, quem sabe, colete opiniões das pessoas envolvidas. Poderá, também, fazer uma ampla pesquisa mo mercado.

Fato é que entre as soluções propostas uma será acatada.

Tudo resolvido ou você acabou de detectar um novo problema?

Pois é, decidir nunca foi fácil!

Autor: Ivan Postigo

Publicado em: 21/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

E-mail para o futuro

www.mentecerebro.com.br, em 15 de setembro de 2011

Escreva mensagens para você mesmo e receba daqui a 50 anos
 
© prism68 /shutterstock

De que você gostaria de se lembrar ou de dizer para si mesmo daqui a 50 anos ou mais? Ou que reação teria hoje se recebesse uma carta escrita por você no passado? No site FutureMe.org, o usuário pode escolher uma data (até o ano de 2061) e enviar um e-mail para si mesmo. Na lateral da página, estão relacionadas as mensagens mais recentes, com o nome do autor mantido em sigilo (há também a opção de não publicar o conteúdo). Em dezenas de línguas, com predomínio do inglês, os temas variam desde conselhos sobre como educar os filhos até parabéns por aniversários que ocorrerão daqui a meio século. Algumas cartas são escritas a dois – por casais, irmãos ou pais e filhos. Para enviar uma correspondência para o futuro ou mesmo se divertir com as mensagens deixadas no site, e refletir sobre elas, basta acessar www.futureme.org.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cérebro usa áreas diferentes para julgar e punir

www.mentecerebro.com.br, em 20 de setembro de 2011

Decidir se alguém é culpado por algo ativa regiões relacionadas a análises lógicas; escolher castigos, porém, envolve empatia e emoção
 
© shutterstock

Para a maioria das pessoas, o senso de justiça determina que os responsáveis por crimes ou injustiças sejam castigados. Julgamento e punição, porém, não estão intimamente relacionados – pelo menos não no sistema cerebral. Segundo pesquisa recente publicada pela Neuron, a elaboração de cada um desses processos ocorre em duas áreas neurológicas distintas: uma ligada a análises lógicas e racionais e outra vinculada às emoções.


O grupo de pesquisa, composto por juristas e neurocientistas da Universidade Vanderbilt, no Tennessee, mostrou diversas reconstituições de crimes e explicou para os voluntários o delito cometido, as condições socioambientais e as relações entre as pessoas envolvidas. Com base nessas informações, os participantes deveriam dar seu veredicto e indicar uma punição que variava de zero (nenhuma) a nove (máxima). Enquanto isso, tinham o cérebro monitorado por meio de ressonância magnética funcional (fMRI). Após avaliar os resultados, os pesquisadores observaram que o córtex pré-frontal dorsolateral direito, ligado ao pensamento analítico, fora ativado quando as pessoas estavam pensando sobre a culpa do acusado – e quanto mais os voluntários acreditavam que o réu realmente havia cometido o crime, mais intensa era a ativação. Na hora de determinar a punição, porém, foram acionados a amígdala e o córtex cingulado, regiões normalmente acessadas quando as pessoas se sentem injustiçadas – o que mostra uma tendência a se identificar com a situação.


A conclusão indica que os julgamentos não são feitos de forma completamente racional, o que pode alterar o desfecho de uma situação, dependendo do grau de empatia que o juiz sente pelo réu.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vida de milionário!



Vida de milionário. Se você não é ainda um deles, já deve ter se imaginado em uma dessas situações: andar em todos aqueles carrões, barcos, jatinhos particulares; frequentar clubes chiquérrimos e comer nos melhores restaurantes do mundo.

Espero que já tenha se colocado, pelo menos mentalmente, nessas situações. Porque quem pensa grande tem maior chance de conquistar o que deseja. Existe uma frase que diz: "Ninguém fica rico gastando como rico". O que isso quer dizer? Que, para obter riqueza, é preciso saber administrar muito bem o que se ganha.

Muitas pessoas que chegam a ganhar "pequenas fortunas" não conseguem mantê-las. Isso ocorre porque não sabem investir ou não têm a mínima noção de como fazer o dinheiro render. Na minha opinião, elas não estão preparadas para ter dinheiro.

Você provavelmente conhece histórias de pessoas que ganharam milhões em "reality shows", concursos, programas de TV ou loterias e, depois de um tempo perderam tudo porque investiram mal o dinheiro ou gastaram sem medidas.

Vou relatar uma situação que aconteceu numa cidade do interior do Estado de São Paulo> Me reservo o direito de não citar nomes por questões óbvias. Uma senhora que beirava seus cinquenta anos de idade ganhou em sorteio uma exata quantia de R$ 300 mil. Ela era de baixa renda e esse dinheiro, em suas próprias palavras, era "uma verdadeira fortuna".

Quando recebeu o valor, ela não teve dúvidas: foi até uma concessionária da Mercedes Benz e comprou um carro no valor de R$ 200 mil. Vamos calcular juntos: carro no valor de R$ 200 mil; IPVA: R$ 10 mil; seguro: R$ 9500; despesas de emplacamento: R$ 500; primeiro tanque cheio: R$ 180,00. Somando tudo isso, obtemos o total de R$ 220.180,00 (duzentos e vinte mil, cento e oitenta reais). Pronto, ela realizou sonho dela. Saiu toda orgulhosa da loja, e não era para menos. Ela chegaria agora em seu bairro, onde viviam pessoas de baixa renda, que talvez jamais conseguiriam sequer andar num carrão daquele, quanto mais comprar um.

O que há de errado nessa mulher em realizar seu sonho? Pois ela havia ganhado R$ 300 mil e podia comprar seu sonho. Nada de errado na questão "realizar seu sonho". Em meus seminários e palestras, incentivo as pessoas realizarem seus sonhos e serem felizes.

Mas, essa história que contei nos ensina como um sonho realizado pode se transformar num pesadelo. Essa senhora nos mostra tudo que não devemos fazer com nosso dinheiro, independentemente se o ganhamos em um sorteio ou se ele vem por meio de nosso trabalho. Ela morava em uma casa alugada, ou seja, não possuía casa própria, estava cheia de dívidas acumuladas para pagar e seu marido estava desempregado. Mais uma vez repito: não estou julgando o mérito da questão, estou analisando a situação. Como vimos, ela ganhou R$ 300 mil, gastou R$ 220.180 na compra e pagamentos de impostos, seguro e o primeiro tanque cheio deste carro, sobrando a quantia de R$ 79.820.. Suas dívidas chegavam ao valor de R$ 20 mil. Sendo assim, o valor líquido que sobrou foi R$ 60 mil. Desse valor, a senhora emprestou R$ 40 mil para parentes e vizinhos que estavam "precisando muito". Agora aquela senhora que havia ganhado a "fortuna" de R$ 300 mil tinha uma Mercedes na garagem, vizinhos e parentes contentes e R$ 20 mil para gastar no que desejasse.

Obviamente você deve estar pensando: “poxa vida, ela gastou quase todo o dinheiro”. Eu respondo: não, não, ela gastou todo o dinheiro e ainda ficou devendo. Serei mais claro. Vamos analisar juntos. Ela ganhou a quantia de R$ 300 mil, investiu mal, o carro desvalorizou 30% em um ano. No ano seguinte, ela não teve dinheiro para pagar o seguro do carro, se envolveu num acidente que ocasionou perda total do carro, que foi vendido por R$ 5 mil ao ferro velho. E os R$ 20 mil que sobraram? E os outros R$ 40 mil que ela havia emprestado para parentes e vizinhos?

Os R$ 20 mil ela gastou com despesas em pequenas viagens. Afinal, ela queria curtir o carrão novo. Os R$ 40 mil emprestados viraram pó, pois os vizinhos e parentes não tiveram condições de devolver o dinheiro. Mas ainda sobraram R$ 5 mil do ferro velho, para onde o carro foi vendido. Sim, os R$ 5 mil foram dados como parte do pagamento pelos 12 dias que ela ficou internada num hospital particular enquanto se recuperava do acidente. A conta total ficou em R$ 14 mil. A diferença ela parcelou no cartão de crédito do marido e no seu próprio cartão.

Que história trágica! Nada disso. Claro que essa senhora não teve lá muita sorte por se envolver em um acidente automobilístico. Mas, de uma maneira ou de outra, foi um investimento ruim do dinheiro ganho. O que devemos entender de uma vez por todas é: só fica rico quem sabe administrar o que ganha. Do contrário, você estará rico e não ficará rico. Estará rico por um tempo.

No início deste artigo citei: "Ninguém fica rico gastando como rico". Isso é a mais pura verdade. Se você quer acumular riquezas, não pode gastar tudo que ganha. Não estou afirmando que você não possa usufruir do dinheiro que está ganhando agora. Pode e deve. Mas precisa investir "racionalmente" seus ganhos, como uma poupança, por exemplo.

As pessoas mais ricas do mundo não gastam tudo que ganham, caso contrário não seriam ricas, ou seja, não acumulariam riquezas. Entende agora, caro(a) leitor(a)? Se você quer ficar rico, aprenda a investir bem o que você tem. Não importa se tem um real ou um milhão, o que importa é saber onde vai colocar o dinheiro. Faça um teste, isso vai ajudá-lo a compreender mais a fundo o que estou dizendo. Pegue um real e tente transformá-lo em dois reais e assim sucessivamente. Se der certo para um real, dará certo para um milhão e esse milhão será, em breve, dois milhões.

Autor: Alessandro Baitello

Publicado em: 20/09/2011, no site www.qualidadebrasil.com.br

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

No reino de Shambhala, a terceirização da felicidade


Diz o pai da noiva: - Faça minha filha feliz ou vai se ver comigo!

Pouco provável que a partir daí comece a felicidade da moça, mas certamente começou a infelicidade do moço. Não terá direito de errar

Se a recomendação é necessária, porque diabos estão se metendo nesse negócio chamado casamento?

Quais as expectativas da princesa e de sua família? O que esperam que o príncipe faça para tornar encantado o reino em que viverá sua, até então, donzela?

Feliz talvez seja o criador de cavalos brancos, afinal todo príncipe precisará de um para conquistar sua pretendida. Este sim, garantindo a produção, terá motivos de festas.

Que chances terá o encantado, se o cavalo for de outra cor?

Que fim terá o cavalo? Afinal depois do casamento não se vê mais o monarca desfilando com seu corcel.

Ah, desgostosa vida! Que amargura, se esse sonho não se realizar!

Serve o jardineiro, o construtor, o dono do botequim, o ferreiro, o armador, o viajante? Claro que não, estes não têm o charme principesco, que transforma qualquer rosto no sonho a realizar. Sonho que conduz à felicidade eterna, como se fossem viver no reino de Shambhala.

Shambhala  em sânscrito é  um lugar de paz, felicidade, tranquilidade. A crença é que seus habitantes são iluminados.

Diz a tradição que  quando o bem desaparecer da  Terra, o 25º rei de Shambhala aparecerá para combater o mal e uma nova idade do ouro surgirá.

Talvez o casal não seja tão afortunado e não possua tantas riquezas, mas com um bom salário costumam ir com frequência ao  mesmo  restaurante. Um deles, sempre é o que escolhe os pratos, mas um dia não sente motivação para isso e pede ao seu par que o faça. Pronto, acabou a felicidade. Terá que explicar durante horas o motivo da recusa.

A prima, leitora voraz,  volta para casa toda semana com um livro embaixo do braço. Mostra ao esposo, fala sobre o assunto, aplica cores vivas nos acontecimentos, mas não consegue sua cumplicidade. Uma dia, sem razão que a motivasse, larga  um livro na cabeceira. Este, ao vê-lo, pergunta: -Novo?

Esta, cansada, responde automaticamente:- Sim!

Pronto, fim da felicidade, afinal como pode ela esconder algo tão importante. Será que ela não sabe que ele gosta de saber tudo que se passa na vida do casal?

Talvez ela não o ame mais!

Sua irmã vai às compras, chega em casa e larga as sacolas sobre a cama. Espera que o marido, curioso, abra as sacolas, quem sabe dê até uma broncas pelos gastos. Este ao chegar, imagina que antes de se deitarem olharão os pacotes e terá surpresas agradáveis, pois ali deve ter presentes para todos, eles e os filhos.

Fim da felicidade. Como pode ele ser tão desisteressado. A explicação só pode ser uma : está de caso com alguém e a família não importa mais!

Aninha e  Perla, amigas inseparáveis, sempre trocaram confidências. Estudam na mesma classe e praticamente não tem segredos. Um dia Aninha faltou e no dia seguinte ficou sabendo que a professora de matemática divulgou as notas. Correu para o quadro ver sua pontuação. Super! Tirara 9,5, quase a nota máxima!

E Perla? Nota 10 e sequer telefonou para dizer?

Fim da felicidade!

É o amigo que nos magoa porque não nos convidou para o churrasco, futebol ou para uma vaga de estágio. O irmão que vai ao cinema e não nos chama.

A mãe que saiu cedo e não levou o café na cama para o rebento. O companheiro ou companheira que não fica no sofá assistindo televisão enquanto o outro dorme ao lado.

E assim seguem as histórias da felicidade delegada, como se um contrato existisse, obrigando as pessoas à certos ritos, cujas inobservâncias provocarão desconforto a amados assumidos.

Em letras garrafais, diz o  contrato no ítem “Terceirização da Felicidade” : Você é responsável pela felicidade de quem conquista!

Agora entendi porque caiu a demanda por cavalos brancos e principes cavaleiros!

Autor: Ivan Postigo

Publicado em: 16/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

domingo, 25 de setembro de 2011

A vida não é justa, mas é boa




A vida não é justa, mas é boa. Tenho repetido isso com frequência para meus alunos, amigos, familiares e conhecidos na esperança de conseguir amenizar um pouco o peso das adversidades que aparecem quase todos os dias na minha vida embora não seja privilégio meu.

Reconheço que existem pessoas ou famílias inteiras em situações de extrema penúria e isso, de certa forma, castiga a minha consciência com o mesmo fio incisivo da navalha. Serve-me até de consolo na tentativa de buscar a resposta para uma questão intrigante: por que é que a gente reclama tanto?

O maior problema do ser humano é buscar as razões da felicidade onde elas geralmente não estão. As comparações são inevitáveis, mas na prática servem apenas para reduzir a sua autoestima. Na maioria das vezes, as comparações são feitas com pesos e medidas diferentes e a frustração torna-se inevitável.

Por que será que quando você abre as revistas de celebridades ou de negócios, tem a impressão de que todo mundo está bem, menos você? Porque as revistas em geral são produzidas para mostrar o que há de bom (?) nos negócios e na sociedade. Se o seu maior objetivo é vender, por que mostrariam pessoas ou negócios malsucedidos?

Qualquer tipo de comparação é inútil, mas a mente humana é um museu de verdades contraditórias. O ser humano pode ter tudo à disposição e ao mesmo tempo não ter nada. Quem não sabe valorizar as pequenas conquistas não consegue valorizar as grandes.

Embora minha intenção aqui não seja levantar um caminhão de coisas negativas, tente fazer um inventário de situações difíceis que você já vivenciou ou testemunhou no seu círculo de relacionamentos. Avalie quantas vezes você já deu a volta por cima. E os seus amigos, ainda continuam no mesmo estado? Talvez alguns estejam em melhor situação, outros não.

Quando fazemos um inventário de realizações, a perspectiva muda. As coisas parecem melhor, pois chegamos até aqui passando por inúmeros obstáculos, muitos quais nem sabemos direito como fomos capazes de superar. Quando não existe consciência das pequenas conquistas, a consciência nos trai.

Em qualquer estágio da vida, todos já realizaram muito, dentro daquilo que a sua cultura e a sua própria história pessoal permitiram. Eu e você andamos por caminhos diferentes. Se isso não estiver claro, as comparações virão à tona e o sofrimento também.

Se dependesse de nós, o mundo não seria muito diferente? Os políticos seriam mais honestos, as pessoas mais compreensivas, os filhos menos rebeldes, os vizinhos mais amáveis e o ambiente de trabalho mais saudável. Mas a realidade é o que ela é e não o que você gostaria que fosse.

Por muito tempo eu cultivei o hábito terrível de ficar me comparando com pessoas bem mais sucedidas do que eu para tentar entender onde foi que eu errei. Na medida em que comecei a conviver com algumas delas, passei a entender que os valores da conta bancária são muito diferentes, mas os dilemas não. Para alguns dilemas nem o dinheiro resolve, portanto, onde foi que eu errei?

Talvez seja esse o maior dilema: será que nós erramos? Você continua pensando que poderia estar bem melhor? Por que isso ainda não aconteceu? Por que pensamos sempre que os outros estão bem melhor? Por que nossas dúvidas são tão traidoras?

Por várias razões: quando você atinge o estágio desejado, surge outra necessidade ainda maior; você faz comparações inúteis; reclama por bobagens; não valoriza os pequenos e bons momentos de felicidade; busca a satisfação pessoal no acúmulo de bens materiais.

A vida não é justa. Se fosse justa não haveria tanta injustiça no mundo e você poderia estar bem melhor. Mas é boa, afinal, quando você olha para trás e toma consciência de quanto já evoluiu, as injustiças tornam-se mais digeríveis e as perspectivas melhoram.

De um tempo para cá, em vez de me comparar o tempo todo e reclamar das coisas que eu não posso mudar, adotei a opção de ser feliz. Dá menos trabalho e mais prazer. Quanto às adversidades, continuo tirando de letra, pois como diria Nietzsche, “o que não me destrói, me fortalece”.

Pense nisso e seja feliz!

Autor: Jerônimo Mendes 

Publicado em: 05/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

sábado, 24 de setembro de 2011

Tá todo mundo errado!


Se existe algo que cria inimizade, angústia e aversão, é uma pessoa que acha que todos estão errados. Pior: ela não apenas pensa, mas expressa com palavras de julgamento a todo o momento.

É como um religioso recém-convertido que tem tanta convicção de sua "nova" crença que passa achar que todos que não participam de sua religião estão errados. Ele tenta convencer de todas as maneiras e de forma ultra-invasiva as pessoas.

Meu amigo e minha amiga, como é insuportável estar perto de pessoas que se comportam dessa maneira. Mas por que algumas pessoas se tornam "juízes" da noite para o dia?

Os "juízes" são pessoas, na maioria das vezes, frustradas com elas mesmas e, quando encontram uma brecha para melhorar seu comportamento (aquele que odiavam ter), passam a olhar as pessoas com olhos fulminantes de desdenha.

O que eu aconselho aos "juízes" é que se livrem desse comportamento crítico para com os outros. Nós devemos saber o que é bom pra gente, mas sempre com respeito às crenças, comportamentos e decisões dos outros.

Dessa maneira passamos de "chatos" para pessoas mais toleradas e também tolerantes. Acredito que a tolerância seja o segredo dos relacionamentos.

Autor: Alessandro Baitello

Publicado em: 13/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ciclos de uma vida



Diz o ditado popular que tudo o que sobe, desce e a nossa vida é composta de ciclos, os quais podem ser previstos, bastando observar os sinais que são derramados ao nosso redor; todo aquele que não conseguir observar estes sinais, na maturação do ciclo, cairá com o declínio do mesmo, podendo ser tarde começar automaticamente novo ciclo.

Não precisamos estudar marketing para compreender o ciclo de vida de um produto, empresa ou pessoa. Todo o ciclo tem a introdução que pode ser considerada como desenvolvimento do produto, fundação da empresa ou aprendizado de uma pessoa. Logo após vem o crescimento ou a introdução do produto/empresa no mercado e a relação pessoa versus pessoa ou versus mercado.

Com o tempo, a maturidade se apresenta e é nesta fase que os avisos começam a aparecer e que – infelizmente – as pessoas não percebem; ficam cegas pelo sucesso, pela aceitação e pelas vendas ou relacionamento que têm; por parte de produto/empresa, com um volume acentuado de vendas, esquecem da concorrência que não vai deixar que outros ocupem o seu lugar; já se referindo a pessoas, outras concorrem com o espaço que ocupamos, quer na atividade comercial, social ou de relacionamento afetivo.

O tempo é furioso quando se trata de saturação, estágio posterior ao crescimento. Muitos se acomodam, aceitando o que vem pela frente. Tudo está bom e não conseguem perceber o que realmente acontecem. É o que sempre digo: saia de sua sala e vá observar sua empresa ou relacionamento de fora para dentro; de dentro você somente vê o que sempre está acostumado; já por fora o ângulo é completamente diferente e você passa de administrador a cliente; de empregado a empregador.

Muitas empresas já começam a quebrar na saturação ao perceberem que seus produtos, mesmo vendendo a mesma quantidade, não conseguiram acompanhar o crescimento da concorrência e/ou populacional. Vem o declínio e a perda de espaço, de cliente e de mercado em si (no relacionamento, perda do emprego, da família).

Hoje estou vivendo um momento esplendoroso e porque não dizer grandioso; estou na fase de crescimento, mas já estou preocupado com a saturação e por isto – atento aos sinais – procuro fortalecer as bases que me permeiam e sustentam, criando novas oportunidades e não deixando que o desânimo, o descaso e a falta de atenção possam interromper o meu crescimento e posteriormente o novo ciclo de minha evolução.

Estou sim motivado e isto ajuda no meu crescimento e desenvolvimento; o mesmo deve procurar os administradores e os vendedores em si; uma negação não é base para o fechamento de uma negociação; não basta oferecer, tem que encantar; não basta entregar, tem que repor na prateleira; não basta vender novamente, tem que fazer sempre um novo ciclo, no desenvolvimento de novos produtos ou agregando valores aos atuais e estando preparado para novo ciclo após o crescimento, evitando a saturação. Muitos casais terminam um relacionamento por não valorizarem seus pares, por não criarem novos momentos e por não perceberam que – mesmo com a idade – o cuidado de si e a não cobrança ao outro são fatores de novo ciclo.

Autor: Oscar Schild

Publicado em: 01/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Genética ajuda a entender por que autismo é mais comum em meninos

Do site: www.mentecerebro.com.br - 13 de setembro de 2011

Desequilíbrio entre os hormônios sexuais pode desestabilizar produção enzimática e influenciar o transtorno
 
© vladm/shutterstock

Apesar de as causas do autismo ainda não estarem totalmente esclarecidas, diversas pesquisas indicam que hormônios sexuais podem contribuir para sua ocorrência, já que o distúrbio é quatro vezes mais comum em meninos. Agora, um estudo publicado pelo PLoS ONE mostra que interações genéticas ajudam a entender alguns dos principais sintomas e explicar essa discrepante prevalência em crianças do sexo masculino.


A bióloga Valerie Hu, do Centro Médico da Universidade George Washington, e sua equipe descobriram que o gene retinoic acid-related orphan receptor-alpha (Rora, na sigla em inglês), que controla a produção de aromatase – uma enzima pouco presente em pessoas com autismo –, interage com o estrogênio e com a testosterona encontrados no cérebro.


Após analisar células neurais de doadores autistas já falecidos, os pesquisadores descobriram que quanto mais testosterona havia, menos ativo era o Rora – o que leva à diminuição de aromatase, responsável por converter testosterona em estrogênio. Em geral, o equilíbrio entre os hormônios sexuais regula a atividade do Rora e mantém os níveis de produção enzimática estáveis, mas uma pequena alteração pode desarticular todo o circuito. Pesquisas mostram também que camundongos desprovidos desse gene se fixam demoradamente em objetos e apresentam comportamento explorador limitado, como a maioria dos autistas.


Os autores do trabalho sugerem que esse desequilíbrio em cadeia possa ser uma das causas do distúrbio e que altos níveis do hormônio feminino estrogênio poderiam evitar o transtorno. “Eu não creio que um único gene responda a todas as questões, mas entender mais sobre o Rora sem dúvida pode ser um caminho”, reforça Valerie.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Lidar com os problemas!



Sim, os problemas existem, estão aos montes em nosso caminho e continuarão aparecendo sempre. A diferença é a forma que enxergamos e encaramos o problema e a importância que damos para eles.

Lidar com problemas deve ser algo fácil para nós. Temos de entender que eles são apenas detalhes; aparecem e, do mesmo jeito, devem sumir.

Porém, nem sempre é assim. Algumas pessoas lidam com os problemas da pior forma possível, permitindo que eles tomem conta de suas vidas como um todo. Passam a viver em função deles e se esquecem de ser felizes.

Quem já não se deparou com um problema e pensou: "Agora tudo acabou"? Você já deve ter passado por isso ou até mesmo está enfrentando uma dificuldade neste momento.

Quero te dizer que a amenização da importância dos problemas está aí dentro da sua mente.

É isso mesmo! Porque se você começar a entender que os problemas existem e sempre existirão, aprendendo a lidar de forma normal e tranquila com as dificuldades, tudo será diferente.

Como um passe de mágica, os problemas chegarão até você, serão resolvidos e, consequentemente, acabarão. Simples assim. Às vezes você dá mais importância aos problemas e à consequência que eles trazem do que à procura de uma solução.

Mude seu conceito e tudo começará a ser mais brando na sua vida. Deixe tudo seguir o fluxo do universo. É como as ondas do mar. Os problemas vêm e vão; sua vida continua fluindo sem parar.

Autor: Alessandro Baitello

Publicado em: 06/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Israelenses criam aparelho que pode reduzir perdas cognitivas do Alzheimer

Do site: www.mentecerebro.com.br, 12 de setembro de 2011

Travesseiro com eletrodos estimula áreas cerebrais relacionadas ao planejamento, ao aprendizado e à memória



Pesquisadores do laboratório israelense Neuronix desenvolveram um dispositivo de estimulação eletromagnética que ativa as regiões neurais prejudicadas pela progressão do Alzheimer, o tipo de demência mais comum entre idosos. A tecnologia não invasiva NeuroAD, apresentada em julho na Conferência Anual de Doença de Alzheimer, em Paris, consiste em uma poltrona com travesseiro equipado com eletrodos que são ligados ao crânio.

O dispositivo é baseado em uma tecnologia cuja patente ainda não foi aprovada, denominada estimulação cortical não invasiva (NICE, sigla em inglês). Segundo o diretor da Neuronix, Eyal Baror, o NeuroAD visa aumentar a potenciação de longa duração (LTP, sigla em inglês) – isto é, tornar transmissão de mensagens entre as células neurais mais eficiente – em regiões associadas ao aprendizado e ao armazenamento de informações, habilidades cujo declínio é mais nítido. “O ideal é aplicá-lo no paciente antes de fazer exercícios de memória e de linguagem, de modo a ter melhores resultados”, diz.

O aparelho ainda está em fase de testes no Assaf Harofeh Medical Center, em Israel. De acordo com o neurologista José Rabey, voluntários submetidos ao procedimento durante poucas semanas mostraram melhora de sintomas superior à de pacientes sob tratamento com medicamentos, “o que não quer dizer que ele não possa ser usado junto com remédios para reduzir ou retardar o declínio de habilidades cognitivas em pessoas no estado inicial da doença”, explica. O dispositivo é o primeiro do gênero, e não há previsão de quando será colocado no mercado. Novas pesquisas estão em andamento no Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston, ligado à Harvard University.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Doença e comportamento



Vivemos nos dias atuais, onde o planeta terra tornou-se competitivo, intensa de bens materiais.

Alcançamos as igualdades entre homens e mulheres, mas muitos princípios morais foram esquecidos e muitos seres humanos tornam-se cada vez mais individualistas , egoístas e infelizes.

Que dó de nós, não é mesmo?!

Esquecemos o respeito que devemos ter uns aos outros, falamos dos defeitos de nossos semelhantes é difícil elogiá-los, o índice de separação mundial de casais aumenta cada ano e os filhos são prejudicados pela carência de amor, passando esta revolta aos que estão ao seu redor  se não estiverem preparados para aceitar esta carência.

Os conceitos de respeito à dignidade do ser humano está sendo esquecido, a religião, fé e esperança estão desaparecendo da mente dos seres humanos,e quando nos vemos roubados, ou traídos, enchemo-nos de ódio,  de desejo de vingança e clamamos justiça  para aqueles que nos causaram tamanho dano, mas esquecemos que a régua da justiça nivela a todos.

Se pedirmos justiça contra o próximo, a mesma justiça se fará em nós também, pois não somos perfeitos somos todos devedores milenares das leis da vida. Quem não atirou a  primeira pedra?.

Para sabermos quanto somos imperfeitos, basta alguém nos pise no calo, para ver nossa reação, que alguém contrarie nossas decisões, para ver nossa reação que são de explosão, violência e ódio, pois a criatura que se revela nesse momento é o que somos.

É inumerável a falta de qualidade que possui o ser humano poderia continuar mas paro por aqui.

O resultado do que estamos plantando é o estresse que se torna uma doença física e mental, principalmente a depressão, e pode até levar a morte.

A medicina tem duas tarefas: ALIVIAR e CURAR.

Aliviar pode ser retirar a pessoa de um ambiente desconfortável, pelo significado de doença (disease), dis/falta de, ease/conforto.

Desde a época de Hipócrates, a doença vem sendo considerada uma desarmonia dentro  do próprio corpo, entre o corpo e a mente, entre o homem e o ambiente, ou defendendo-se a idéia de que é oresultado entre um choque de um agente patogênico (portador da doença) e um indivíduo suscetível.

Este agente pode ser externo ou interno. O que importa é a noção de especificidade, isto é de que agentes específicos provocam doenças especificas.

Isto vem a demonstrar que o ser humano com todas estas imperfeições mentais que está desenvolvendo e se habituando, pode adquirir  uma doença específica mental que pode se tornar física, e é por este motivo que o medicamento mais vendido atualmente  é o anti-depressivo.

Vamos rever nossos comportamentos, melhorar nossa qualidade de vida, desenvolver hábitos sadios, o respeito  e nos relacionarmos bem com nossas familiares, colegas, amigos e todos os seres humanos, procurando entender que todos temos as mesmas necessidades e cada um tem um comportamento particular, e que precisamos de carinho e compreensão.

Bibliografia:Além das Balas  Mágicas -Bernard Dixon, Seareiro Fev.2009.

Autor: Darcio Calligaris

Publicado em: 09/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

domingo, 18 de setembro de 2011

Neurônios programados para imitar

Do site: www.mentecerebro.com.br,  em 02 de setembro de 2011

Temos a tendência a reproduzir, ainda que internamente, os gestos de outra pessoa; quando isso não é possível, mecanismos neurológicos específicos são acionados

©Perov Stanislav/Shutterstock

Os neurônios-espelho são células cerebrais especializadas que nos permitem simular internamente as ações de outras pessoas e até perceber o que o outro pensa e sente – e nos identificar com esse sentimento. Embora estejam presentes em várias espécies (foram descobertas em macacos Rhesus), nos humanos essas estruturas celulares possibilitam o acesso à cultura, comportamentos empáticos e o desenvolvimento da linguagem. Quando vemos alguém levantando o braço, por exemplo, os neurônios-espelho ativam áreas do córtex motor (correspondentes a esse membro) e fazem com que o cérebro “ensaie” internamente a repetição dos movimentos alheios. Mas o que acontece ao observarmos uma pessoa em posições que não conseguimos reproduzir? Para investigar essa questão, a psicóloga e neurocientista Emily Cross, do Instituto Max Planck de Ciências Cognitivas e do Cérebro, na Alemanha, e sua equipe analisaram o funcionamento cerebral de 18 voluntários. Eles foram submetidos a exames de ressonância magnética funcional (fMRI), enquanto eram mostradas fotografias de uma contorcionista em posições comuns (esticando-se para o lado, por exemplo) e em gestos mais complexos (como deitar de bruços com os dedos do pé tocando a testa). Os resultados mostraram que as duas situa-ções acionam o sistema de neurônios-espelho. No segundo caso, porém, mais uma região foi ativada: a área extraestriada (EBA, na sigla em inglês), relacionada ao sistema -visual e conhecida por reagir fortemente a imagens de membros humanos.


Os pesquisadores acreditam que em princípio todos os movimentos são “copiados” pelos neurônios-espelho. No entanto, quando o grau de dificuldade das posturas aumenta, a EBA é ativada, para indicar se aquela ação poderá ou não ser imitada. “Ao vermos alguém dançar no palco nosso cérebro se imagina realizando a mesma proeza, até que o bailarino faz uma pirueta difícil e ficamos impressionados, sem entender como aquele salto foi possível”, afirma Emily.

sábado, 17 de setembro de 2011

E quais as consequências da arrogância


A arrogância não é exclusividade  de uma classe econômica ou so­cial, pode ser encontrada entre ricos e pobres, pessoas cultas e ig­norantes.

Conflitos: se você estiver em um relacionamento no qual as discussões parecem surgir do nada, isso talvez indique que um de vocês dois é arrogante. Uma pessoa assim, não apenas atrai conflitos, como os causa.

Uma pessoa soberba vê a discordância como uma afronta pessoal e ata­ca quem discorda dela. Se você percebe que age assim, é hora de refletir sobre o papel que a arrogância e a presunção desempe­nham na sua atitude e no seu comportamento.

Queda: diante do sucesso o coração se exalta. É quase que uma lei, se está no alto, cuide para que não caia. Depois de ganhar muito dinheiro em um projeto, ou depois de uma grande venda, somos seguidos por fracassos retumbantes. Por que?

Porque nossas vitórias nos tornam arrogantes, o que nos leva aos fracassos subsequentes. Quantas empresas grandes sumiram no mercado? Quantas famílias tradicionalmente ricas ficaram sem nada do dia para a noite?

É essencial aprendermos a detectar a presença da arrogância em nós e a lidar com ela. Um funcionário do Banco Central, especialista em reconhecer dinheiro falso, falou: "Eu não analiso notas falsas, só analiso as verdadeiras." Explicou que, conhe­cendo cada centímetro quadrado das notas de 20, 50 e 100 legítimas, quase sempre podia reconhecer instantaneamente uma nota falsificada.

O mesmo vale para a arrogância. A melhor maneira de reconhecê-la é compreender a natureza da verdadei­ra humildade. Ao nos familiarizarmos com suas características, podemos identificar sua ausência instantaneamente.

E, quando não há humildade, geralmente a arrogância assume o controle.

Autor: Prof. Menegatti

Publicado em: 08/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Hipocampo de idosos consolida menos lembranças

Do site: www.mentecerebro.com.br, em 01 de setembro de 2011

Estrutura cerebral responsável por formar memórias durante o sono começa a falhar com o passar dos anos
 
©elena korenbaum/istockphoto

Com o avanço da idade, ficamos cada vez mais esquecidos. Simplesmente é mais difícil para o cérebro idoso, ainda que saudável, lembrar coisas que se passaram há poucos dias (já as que aconteceram há muitos anos dificilmente são apagadas). Segundo estudo publicado no Journal of Neuroscience, isso se deve a falhas no processo de consolidação de memórias. Trabalhando com ratos, pesquisadores da Universidade do Arizona perceberam que o hipocampo dos animais mais velhos já não funcionava tão bem quanto antes. Essa estrutura cerebral em formato de cavalo-marinho atua basicamente como um gravador, repetindo virtualmente as experiências relevantes da vigília enquanto nos entregamos às profundezas do sono.


Ao compararem os registros do cérebro de ratos jovens e idosos, os cientistas notaram que nos últimos a atividade neural durante o sono não refletia a atividade neural durante a vigília, ou seja, o “replay” não era muito fidedigno. As consequências apareceram em testes de memória. Os ratos idosos tiveram mais dificuldade para encontrar a saída do labirinto que eles já haviam explorado na véspera.


Segundo os autores, este é o primeiro estudo a sugerir que a habilidade de um animal para desempenhar uma tarefa de mnemônica está relacionada com a capacidade de seu cérebro de realizar a consolidação de memórias durante o sono. Não se sabe ainda por que o hipocampo começa a falhar depois de certa idade, mas o estudo abre perspectivas para a identificação de alvos para futuras drogas que preservem a memória dos efeitos desagradáveis do envelhecimento.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A elegância do comportamento



Desde a antiguidade, a humanidade se preocupa em entender o comportamento humano, filósofos, religiosos, educadores, políticos, enfim, os grandes líderes da humanidade, têm se preocupado em encontrar uma alternativa, que dê explicações, e nos ajude a vivermos com mais qualidade.

Comportamento é definido como o conjunto de reações de um sistema dinâmico em face às interações e realimentações propiciadas pelo meio onde está inserido. Dois exemplos clássicos de comportamento são instintivo e cultural, desenvolvidos ao extremo, são o dos insetos, por um lado, e dos mamíferos, por outro , lembre-se que somos mamíferos. Enquanto que os primeiros praticamente não têm aprendizado e nascem com quase toda a informação que precisam para sobreviver, os segundos são seres com comportamento social e que precisam da convivência em grupo (pelo menos na infância) para adquirir o acúmulo de sucessos das gerações anteriores, transmitido culturalmente e não somente no equipamento genético.

Diante da constatação de que somos seres sociais , e nosso comportamento é direcionado pelo convívio diário , podemos então afirmar que todos somos catalisadores de mudanças , isto é , influenciamos pessoas ao nosso redor com nossas opiniões , atitudes , humor e etc , do mesmo modo que somos influenciados por essas pessoas , tornando assim o nosso comportamento social limitado às pessoas com quem convivemos , por isso teoricamente quanto maior o numero de círculos sociais diferentes voce participa maior será o seu aprendizado , chamamos de círculos sociais , família , empresa , amigos , igreja , escola , enfim todo o grupo de pessoas com que você regularmente convive e se expressa.

Deste modo com quanto mais pessoas voce se relacionar mais conhecimento voce irá adquirir e passar , mas para que isso ocorra naturalmente temos que estar abertos a novas opiniões e posicionamentos alem de muito empáticos para que essa via de conhecimento flua adequadamente.

Para isso você deve adquirir uma certa elegância de comportamento.

"Não conseguimos segurar uma tocha para iluminar o caminho de outra pessoa, sem clarearmos o nosso próprio." Ben Sweetland

A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.

Nas pessoas que escutam mais do que falam.

E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no dia a dia.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores, porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se atende.

Oferecer flores é sempre elegante.

É elegante não ficar espaçoso demais.

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.

Educação enferruja por falta de uso.

E, detalhe: não é frescura.

É a elegância do comportamento. . .

Autor: Roberto Recinella

Publicado em: 01/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pesquisadores descobrem características da depressão psicótica

Do site: www.mentecerebro.com.br, em 30 de agosto de 2011

Alteração cerebral pode ser responsável pelo surgimento de alucinações e pela distorção da realidade
 
©Alexandra Thompson/Shutterstock

Pessoas com depressão muitas vezes apresentam manifestações psicóticas. Apesar de esses casos não serem raros, eles frequentemente são associados a sintomas de outros tipos de depressão, o que dificulta a adoção de tratamentos específicos. Agora, correlacionando dados de neuroimagem e testes clínicos, um grupo de pesquisadores do Departamento de Neurociência e Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pela médica Cristina Marta Del Bem, dá os primeiros passos para definir as diferenças clínicas e biológicas entre depressão psicótica e não psicótica.


Durante o estudo, feito com 23 voluntários com depressão psicótica, 25 com depressão não psicótica e 29 saudáveis, os participantes foram submetidos a exames de neuroimagem, a avaliação clínica e a testes de memória verbal e visual. Em um dos experimentos as pessoas tinham de memorizar 15 palavras com significado positivo, negativo ou neutro e, em seguida, identificar, em uma segunda lista, os vocábulos que constavam também na primeira. Outro teste envolvia a identificação de rostos humanos com diferentes expressões, que variavam entre “boas” ou “ruins”.


Os pesquisadores observaram que embora todos os participantes apresentassem o mesmo grau de depressão, os com manifestação psicótica prestaram mais atenção às imagens negativas ou às expressões de tristeza. “Eles não percebiam estímulos positivos que já haviam visto ou acreditavam se lembrar de imagens negativas que, na realidade, não tinham sido mostradas anteriormente. É como se eles apresentassem um viés para o que é ruim”, ressalta Cristina. Os exames físicos mostraram que os voluntários com depressão psicótica apresentaram, ainda, alterações no volume cerebral, notadas principalmente pela diminuição do istmo do giro do cíngulo, uma estrutura que faz parte do sistema límbico e é responsável pelas emoções. Segundo os estudiosos, essa redução diferencia claramente os dois casos de depressão estudados na pesquisa. Além disso, quanto mais grave o caso psicótico, menor era a região.


Os cientistas acreditam que o trabalho possa ajudar a descobrir até que ponto a depressão com psicose pode estar ligada à percepção distorcida de um estímulo externo. “É uma hipótese que estamos levantando. A possibilidade de uma distorção na forma de ver estímulos externos é, a princípio, coerente com a presença de delírios e alucinações”, reforça Cristina.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O trabalhador invisível




Da revista Mente & Cérebro - edição 224 - Setembro 2011

Pesquisa mostra a exclusão social vivida pelos garis

©gustavo toledo/ shutterstock

Durante oito anos, o psicólogo social Fernando Braga da Costa, da Universidade de São Paulo (USP), vestiu um uniforme e, com a vassoura em punho, passou a participar do trabalho da equipe de limpeza do Instituto de Psicologia da mesma instituição. A experiência resultou na dissertação Garis – Um estudo de psicologia sobre invisibilidade pública, na qual defende que, com frequência, a maioria das pessoas percebe o outro de acordo com o status social de seu trabalho.


O psicólogo optou por vestir-se de varredor de rua para vivenciar a situação psicológica desse grupo de trabalhadores. Ele notou que, de fato, essas pessoas foram tratadas como “invisíveis” por alunos, professores e outros profissionais que circularam pela universidade durante a pesquisa. “Conhecia muitas das pessoas, porém, todas passavam sem me olhar. Em determinado momento, um professor se aproximou e interrompi a varrição para cumprimentá-lo, debruçando-me sobre a vassoura. Ele não me notou. Chegou a esbarrar no meu ombro e nem sequer parou para pedir desculpas”, conta o pesquisador, ressaltando que, em outra ocasião, sem o uniforme, encontrou acidentalmente esse colega e foi notado por ele.


Segundo Costa, a invisibilidade social repercute na autoestima desses profissionais. A percepção de que são marginalizados restringe sua convivência no ambiente de trabalho aos companheiros de função. É comum que evitem o contato visual para se proteger da violência social. Outro dado levantado, nos sindicatos, é que é muito raro um gari mudar de profissão, o que sugere a exclusão associada à divisão social do trabalho.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sinestesia ajuda a entender processos empáticos

Da revista Mente & Cérebro - edição 224 - Setembro 2011

Pessoas que sentem os toques que veem os outros receberem têm maior habilidade em reconhecer emoções ao olhar para fotografias de rostos

©debra hughes/shutterstock

Todos temos, em algum grau, a capacidade de distinguir emoções do outro e de experimentá-las. É o que chamamos de empatia. A leitura de expressões faciais tem forte participação nesse processo. Pesquisadores da Universidade College de Londres descobriram que pessoas com sinestesia espelho-toque – uma condição rara na qual os indivíduos sentem toques que veem os outros receberem, como carícias e agressões – têm maior habilidade em reconhecer emoções ao olhar para fotografias de rostos.


Cientistas acreditam que esse tipo de sinestesia seja causado, em parte, pelos neurônios-espelho, que parecem estar associados a um sentido extremamente desenvolvido de empatia emocional. Observar alguém recebendo um toque no rosto, por exemplo, ativaria circuitos neurais similares, que produziriam uma sensação tátil. “Algo que todos sentimos de certa forma, mas de forma muito menos pronunciada”, explica o neurocientista Michael Banissy, um dos autores do estudo, que identificou essa condição em 2005, com base em relatos de alunos da Universidade College


Mais de 20 voluntários participaram da pesquisa, publicada em fevereiro no Journal of Neuroscience. Todos tinham alguma forma de sinestesia – dez deles do tipo espelho-toque. Eles foram convidados a tentar reconhecer emoções como raiva, cansaço e tédio em fotografias de rostos. Resultado: aqueles com sinestesia espelho-toque identificaram corretamente 92% das expressões faciais nas imagens, enquanto a média de acerto dos outros participantes foi de 81%. Entretanto, na segunda etapa do experimento, que consistia em memorizar faces, todos os participantes tiveram desempenho semelhante.


Para Banissy, os resultados apontam que os circuitos neurais envolvidos no reconhecimento de emoções são diferentes dos que atuam na percepção de identidade facial. “Isso indica que a capacidade de simulação somatossensorial é uma engrenagem importante na percepção de sentimentos do outro e no processo de empatia”, diz.
A intenção dos pesquisadores é avaliar se esse “sistema de espelhamento” pode estar envolvido na aquisição de comportamentos aprendidos por imitação, como a linguagem, e se ele pode ser identificado em autistas.

domingo, 11 de setembro de 2011

Estrelas essenciais

Do site: www.mentecerebro.com.br, em 26 de agosto de 2011

Células gliais contribuem para o fortalecimento das sinapses
 
Cortesia de Dra. Anne Boullerne, depto. de anestesiologia, Universidade de Illinois, Chicago; Mcknight Brain Institute/ Universidade de Flórida

Os astrócitos (assim chamados por seu formato parecer com o de uma estrela), o tipo mais comum de célula da glia, têm papel importante na consolidação de memórias, segundo estudo feito por cientistas do Instituto Max Planck de Neurobiologia, na Alemanha. O resultado ajuda a desfazer a tradicional ideia de que essas células tinham apenas função de suporte e nutrição para os neurônios. Nos resultados da pesquisa publicada na revista Nature Neuroscience, os autores demonstram que os astrócitos afetam a capacidade de as sinapses se fortalecerem – fenômeno essencial para a fixação das lembranças.


Segundo o coordenador do estudo, Ruediger Klein, já se sabia que a consolidação de memórias está relacionada à eliminação do neurotransmissor glutamato da fenda sináptica. A novidade é que os astrócitos são os responsáveis por essa tarefa. “Eles sugam glutamato do espaço sináptico, o que facilita o fortalecimento da sinapse”, explica. O mecanismo foi descoberto enquanto os cientistas investigavam a molécula sinalizadora EphrinA3, presente na membrana dos astrócitos de camundongos. Na ausência dela, o transporte de glutamato para fora da sinapse diminuía significativamente. Aprofundar o conhecimento sobre esse mecanismo pode ser importante para entender o papel dos astrócitos em doenças neurológicas como a epilepsia e a esclerose lateral amiotrófica, acreditam os pesquisadores.