sexta-feira, 28 de setembro de 2012

As 6 leis do sucesso!




Um livro que estou escrevendo traz o nome de As 6 leis do sucesso!

Livros são como filhos: a gente sempre os acha mais bonitos do que são. Mas, qual é o papel do papai senão achar belos os seus filhos?

Não escrevo para fazer sucesso, mas, para que outros o consigam: assim sei que viajo na direção certa para conquistar o meu.

Conheça, em primeira mão, aqui neste espaço, quais são essas leis:

1ª – A LEI DA MENTE CAMPEÃ: Quem não tem em mente que pode alcançar seus objetivos está bem mais perto de fracassar do que imagina. A história de que suas crenças moldam seus resultados é tratada há séculos...e tem gente que ainda não se deu conta da verdade que existe nisso tudo!

2ª – A LEI DA TROCA: tudo no mundo, feliz ou infelizmente é uma troca. Damos amor porque o recebemos. Atendemos bem porque nos prometem recompensas, pagamos em dinheiro vivo porque as condições (ou os diferenciais) nos interessam. Claro que precisamos de significado para o que fazemos, encontrar os motivos e toda a propositura da psicologia positiva. Mas, pague mal ao seu melhor colaborador, trate mal o seu melhor cliente para ver se ele continuam fazendo trocas com você! Enfim, a vida é uma troca. E o mais importante: recebemos aquilo que oferecemos, portanto, veja o que tem oferecido ao mundo e às pessoas!

3ª – A LEI DA EMOÇÃO: perdemos mais tempo, energia e dinheiro por agirmos impensadamente do que por falta de conhecimento, boas estratégias e execução. Se pensássemos mais antes de agir ganharíamos mais e seríamos mais felizes.

4ª – A LEI DO EQUILÍBRIO: o maior problema das relações afetivas e da carreira não é o tempo. Só depois de Cristo o tempo sempre teve 24 horas e, provavelmente, não vá ter mais horas. A questão é que as pessoas tentam administrar o tempo, quando, na verdade, o que dá resultado é gerenciar a vida!

5ª – A LEI DA COMPETÊNCIA: motivação, entusiasmo, alegria são fantásticos. Mas, o que liga você ao sucesso é a sua competência. O Brasil está cheio de motivados incapazes, que confundem motivação com alegria. Motivação é ter competência para levar um monte de martelada no dedo, ficar triste, chorar de dor, mas, aprender a martelar certo e terminar a obra.

6ª – A LEI DA EXCELÊNCIA: O duro é que as pessoas estão procurando por competência, pois já se deram conta de que ela, na verdade, é obrigação, por mais que ainda seja considerado diferencial. Diferencial mesmo não é nem mais a cereja no bolo... é a forma como você o entrega, a embalagem, o cartão.

Competência é ter os argumentos certos para conquistar a mulher (o homem) da sua vida. Diferencial é conquistá-la (o) com um sorriso e um buquê de flores depois de vinte anos juntos!

Hoje, só sendo excelente em tudo o que você faz para chegar ao topo e permanecer por lá, porque se for para chegar e descer, talvez melhor é nem subir.

Grande abraço, fique com Deus, sucesso e felicidades sempre!


Paulo Sérgio Buhrer  |  Publicado em: 23/08/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A Esperança Está Acordando!



Ao expiar o mundo segundo minha ótica, encontro indícios fortes de que ele está mudando severamente.

As pessoas na sua individualidade e a tecnologia na sua totalidade imprimiram um ritmo avançado de ação e reação. Consigo sentir no ar que a esperança está acordando.

É de fato uma boa hora de estarmos vivos. Pois a esperança é um sentimento que gera ações nobres e desejos inconscientes por esforços humanitários. Cresce sensivelmente a intenção de desenvolver o olhar sobre o outro e também sobre si mesmo. É quase uma simbiose, onde o meu bem estar afeta o outro e vice versa. Neste processo de mudança a inveja perde a força e a aliança com o universo abre caminho. O que norteia a esperança é o desejo sincero de que o sofrimento diminua e as oportunidades possam ser direito de todos.

Estamos questionando mais, avaliando nossos excessos, observando de perto as imensas ilusões de grandeza que criamos e que na maioria não se realizam. Alcançamos a sabedoria de mudar o conceito de grandeza e o direcionamos para ações nobres e grandes.

Sentimos que o futuro perceberá esses dias que vivemos aqui no presente e nos aplaudirá por termos saído da ilusão de grandeza e despertado para fundação de ações eficazes rumo a uma civilização mais humanitária.

As gerações futuras saberão que em determinado momento os seres esperançosos começaram uma revolução silenciosa afetando diretamente o alinhamento de energias iluminadas capazes de diminuir imensamente a insanidade do planeta.

O comprometimento com o planeta intensifica o senso de avaliação sobre os meus atos, além de aumentar  o desejo de desvendar os véus que encobrem a minha sanidade. Faz com que questione a minha insensatez, individualidade, arrogância e principalmente as imensas ilusões criadas por mim e severamente mantidas como sendo uma verdade absoluta.

Somos convidados diariamente a criarmos a nossa própria realidade na qual pessoas não necessitam criar sofrimentos ou limites imaginários.

O potencial criativo do espírito humano é a fonte da esperança. Sendo assim, devemos alertar o planeta. As pessoas deverão encher os seus dias com ações criativas. A energia vital reacenderá o desejo inconsciente de elevarmos nossa força. Teremos um significado sobre a nossa passagem por aqui.

Ao expiar o mundo segundo minha ótica... E a sua ótica, qual é?


Irlei Wiesel  |  Publicado em: 29/08/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Quem olha para dentro, acorda



Uma das maiores dificuldades que as pessoas enfrentam é chegar a conclusão que o melhor caminho para o sucesso é descobrir a si mesmo. É sempre mais fácil observar o erro dos outros, ver desculpas para fugir da realidade existente.

Carl Jung tem uma bela frase para este assunto:

Your vision will become clear only when you can look into your own heart. Who looks outside, dreams; who looks inside, awakes. Carl Gustav Jung

Sua visão somente pode ser clara se você olhar dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda. (tradução livre Gustavo Rocha)

Como anda sua visão? Para onde você anda olhando?

Você faz este exercício de conversar consigo? Você busca conhecer e enfrentar suas verdades?

Aliás, quais as suas verdades?

Se você não pensou sobre isto, cuidado. Nada muda, se você não mudar primeiro. Sua vida profissional, inclusive.

Vislumbro muitas pessoas sonhando, vivendo como como se a realidade não existisse. Vivem no deveria, poderia, seria. Deveria ganhar um aumento, poderia ser reconhecido, seria melhor em outro emprego...

Quando conhecemos nossas verdades descobrimos um universo tão grande ou maior que o próprio universo de estrelas, sóis ou luas. Aliás, Einstein disse que este universo está em constante evolução. Eu afirmo, o que está em constante evolução, mutação e desenvolvimento é o seu eu interior, o universo exterior ainda estamos em estudo.

Quem já mergulhou na viagem de descobrir a si mesmo sabe o que estou dizendo. Quem nunca fez esta aventura, pensa que não vale a pena, que irá sofrer, que não adiantará para nada...

Será mesmo?

Claro que sim. Sofrer faz parte do amadurecimento. Agora, vale muito a pena.

Porque?

Porque ser o melhor de si é o melhor que podemos fazer a nós e ao mundo.

E então?

E agora? Você vai iniciar o processo de mudança em si mesmo para fazer acontecer na sua vida ou deixar o embalo do mercado levar a sua carreira?

Você pensa e repensa a sua vida? Sua carreira? Seus objetivos? E principalmente: Seus sonhos?

O que você está fazendo da sua vida? Olhando tudo ao seu redor ou cuidando do seu jardim para florir a sua vida?

A decisão é sua. As conseqüências também.


Gustavo Rocha  |  Publicado em: 29/08/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Foco Para Quem Perdeu O Foco!



O que é foco?

É colocar algo em evidência.

Por que fala-se tanto em foco nas empresas, carreira e vida pessoal?

Para responder a esta pergunta basta observar a dinâmica e o movimento acelerado em que vivemos. Estamos literalmente anestesiados com a rotina e por conta disso, rotulamos passos, escolhas, decisões, tarefas  como sendo necessários, imprescindíveis e inadiáveis. Só que não é bem assim. Não estamos mais conseguindo filtrar o que de fato desejamos fazer.

Arrisco dizer que acionamos o piloto automático para seguir em frente.

Ocorre que durante o caminho, a poluição de informações que somos submetidos, afeta significativamente a certeza quanto as trilhas que optamos seguir. Somos influenciados de tal maneira pelo ambiente externo que desfocamos consideravelmente.

As prioridades passam a ser questionadas e aquilo que outrora era  importante passa a não ser mais.Não que sejamos inconstantes é que o mundo nos torna sucetíveis demais.

São tempos de confusão visual e auditiva. São tempos onde o foco se perde em meio a tantos apelos de sucesso e felicidade fáceis. Estamos praticamente nos tornando confusos, mesmo não tendo a menor intenção para tal.

De olho nesta tendencia mundial estratégias estão sendo criadas para minimizar o impacto da confusão sobre nós.

Por conta disso uma das palavras que sugere uma ação imediata é o FOCO. Uma vez que o contexto faz com que esqueçamos o que havíamos acordado para nossa vida, empresa, família, alguém estratégicamente nos lembra da importancia do FOCO.

Livros, treinamentos, palestras são auxiliares nesta estratégia. Algo que deveria ser uma condição natural, está se tornando conteúdo imprescendível.  O que significa que em todas as áreas o FOCO está desfocado!   

Acredito que estamos esquecendo o FOCO interior e priorizando o exterior e isto está provocando abísmos emocionais, profissionais e familiares. O que pode aparentar liberdade, pode estar camuflando uma prissão. O que pode aparentar oportunidade pode estar camuflando uma armadilha.

Lembremos que a liberdade está no centramento. No momento que o externo nos desfoca é porque  permitimos e aí perdemos a liberdade de agir de acordo com o nosso desejo agindo sob a influencia do desejo do outro. Neste caso é bom que lembremos de focar a nossa responsabilidade sobre tudo. Não vale a pena procurar nos outros a ação que nos cabe executar. Sejamos realistas, transparentes e interessados na nossa voz interna.
Surpreenda-se ao colocar a responsabilidade sobre seus ombros, pois você será a pessoa mais livre do mundo, porque onde quer que esteja, você estará focado no seu coração. Quando buscamos o tesouro que está em nós, alcançamos muito e vemos que a liberdade está intacta,a paz está intacta, a integridade está intacta.

Já que estamos na era do FOCO, lembremos de FOCAR o interior do nosso coração, desmistificando a idéia que a felicidade e o sucesso estão tão somente em FOCOS externos.

Uma empresa que oferecer este conceito ao seu quadro funcional, estará implantando um FOCO sistêmico. E ele levará a FOCAR também no coração.Está aí a conecção perfeita, o ponto exato,onde nasce a motivação e a energia que move o mundo na direção certa.


Irlei Wiesel  |  Publicado em: 27/08/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O Controle Emocional Sob Pressão


Acompanhando as Olimpíadas nos últimos dias tivemos a grata surpresa de conhecer mais de perto atletas como Arthur Zanetti, Sarah Menezes e Yane Marques, bem como o sentimento de frustração por causa do desempenho pífio de alguns esportistas nos quais depositávamos grandes expectativas de medalha.

Não podemos esquecer que os atletas de outros países também se prepararam muito bem e nosso ufanismo em relação a conquistas obtidas nas competições preparatórias talvez nos tenha deixado novamente empolgados demais com os resultados que viriam de Londres. Só uma coisa não mudou: a falta de controle emocional na hora H foi decisiva para o baixo rendimento apresentado por alguns deles. E não estou conjecturando.

Se você prestou atenção às entrevistas de atletas e treinadores brasileiros de diferentes esportes após maus resultados – especialmente das modalidades individuais – pôde ver que as explicações dão conta de que muitos deles estavam bem preparados tecnicamente, mas não conseguiram domar a ansiedade justamente no momento de fazerem valer os anos de treinamento intenso.

O pior é que o desequilíbrio emocional já é um tormento há vários anos para alguns atletas, como o ginasta Diego Hypólito que mais uma vez sofreu uma queda durante a sua apresentação no solo e foi eliminado precocemente. “Falhei de novo, caí de novo, decepcionei de novo. Caí de cara em mais uma Olimpíada. Não sei o que acontece comigo”, disse com sinceridade ímpar. “Tantas pessoas me deram apoio e cheguei aqui e caí, mais uma vez de cara. Não errei por falta de incentivo, não errei por falta de investimento, não errei por falta de nada. Errei porque errei. Amarelei!”
Enquanto isto o jamaicano Usain Bolt assombrava as pistas com recordes, irreverência e uma autoconfiança que beira a irresponsabilidade. Só não podemos esquecer que, por detrás da figura caricata e brincalhona deste velocista há alguém que treina muito e, acima de tudo, encontra-se preparado mentalmente para vencer.

Não basta saber lutar, nadar ou saltar bem. O controle emocional é decisivo quando o atleta está diante de adversários competentes e sabe que milésimos de segundo a menos ou uma jogada diferente a mais colocarão – ou não – o seu nome na história do país e o mesmo acontece nas diferentes esferas do nosso dia a dia.

O aluno que estudou o ano todo para uma prova de concurso muitas vezes é vencido pela falta de sangue-frio que o leva a errar questões fáceis ou a não administrar bem o tempo disponível para o exame. E as pessoas que possuem currículos invejáveis, mas que passam o maior vexame nas entrevistas de emprego por causa da dificuldade de lidarem com as suas emoções? E não menos importante é o pavor que sentem aqueles que precisam fazer uma apresentação dos resultados para a diretoria da companhia.

Ainda bem que o contrário também é corriqueiro. Se você é um analista ainda sem muito tempo de empresa, contudo já reconhecido pela capacidade de transmitir segurança frente às mais diferentes situações é bem provável que seja promovido a um cargo superior mais cedo ou tarde exatamente por causa disto.

Muitas vezes o profissional possui alta competência técnica e bem no momento em que precisa defendê-la não consegue domar os nervos. Deixa de contar até dez e estoura com o chefe ingenuamente, retrai-se naquela reunião em que deveria expor suas ideias ou então entrega resultados medíocres por causa do medo de vencer.

Saber atuar quando pressionado não é apenas uma competência a ser buscada. Dependendo do trabalho que você desempenha esta será a diferença entre vencer ou perder e isto vale tanto para atletas olímpicos quanto para cada um de nós.


Wellington Moreira  |  Publicado em: 15/08/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

domingo, 23 de setembro de 2012

Confucio e a sua carreira


Confúcio afirmou: É preciso comprar arroz e flores. Arroz para viver e flores para ter pelo que viver. A compreensão exata desta frase passa pelos sonhos daqueles que já desbravaram parte da vida. Aqueles que sonharam em chegar em determinados lugares e chegaram. Aqueles que batalharam no caminho e colheram os frutos desta luta.

A pergunta é: Qual é o seu arroz e quais são as suas flores hoje?

Pelo que você luta todos os dias e o que faz você sobreviver todos os dias?

Precisamos de sonhos. Precisamos igualmente de um trabalho que nos dê sustentabilidade. Precisamos alcançar vôos mais altos dia após dia... afinal, o próprio Confúcio já disse: Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.

Ora, se queremos a mudança, devemos ser o próprio exemplo da mudança. Noutra frase de Confucio: Não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim a negligência do lavrador.

A mudança, o caminho, o sucesso depende integralmente de nós mesmos. Podemos ter maus exemplos, podemos ter pessoas que até nos façam mal na vida, mas o nosso resultado provém da nossa luta.

Por isto, se a vida apresentar algo negativo, lembre-se de Confucio: Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo.

A resposta está em nós mesmos. Aliás, sempre esteve. Não está apenas nos estudos, educação ou benemerência. Está sim, no desenvolvimento interno que temos que ter para sermos cada vez melhores.

Por isto, nesta sexta-feira, deixo um pensamento de Confucio para finalizar: A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.

Vai a luta e não se acanhe das batalhas perdidas.

Elas são o alicerce da vitória!


Gustavo Rocha  |  Publicado em: 27/08/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

sábado, 22 de setembro de 2012

Como sua voz fica quando você está nervoso?



Saber usar bem a voz tem grande determinação na comunicação eficente. A fala representa quase 40% do impacto na apresentação e na determinação do sucesso no momento de passar a mensagem que desejamos. Basta perceber que passamos pelo menos 80% do tempo falando no ambiente de trabalho.

Você já deve ter percebido que alguém está nervoso, ansioso ou triste só de escutar a voz dessa pessoa... É bastante comum a gente ligar para alguém e perceber imediatamente se ela estava dormindo, se está chateada ou irritada com alguma coisa, não é?

Isto acontece porque a voz é uma fonte bastante reveladora de como está o nosso estado emocional. Assim como o corpo fala, contribuindo ou atrapalhando no entendimento da mensagem, com a voz é mesma coisa. Só que o conteúdo transmitido pela fala, não tem nada de intelectual. É emoção pura! Isto significa dizer que, ainda que detenhamos um grande domínio do assunto, podemos passar insegurança, dependendo de como utilizamos a nossa voz.

Veja alguns exemplos diferentes mensagens das diferentes mensagens que nossa voz pode transmitir: 

    Grave = seriedade, credibilidade
    Extremamente grave = tristeza e falta de energia
    Aguda = alegria e extroversão
    Extremamente aguda = infantilidade, imaturidade, insegurança

Preste atenção na sua voz. Mesmo sem perceber, podemos falar de diversas maneiras: 

    Com a boca muito fechada
    Muito baixo
    Pra dentro
    Gritando
    Devagar
    Rápido demais

O ideal é que a nossa voz ajude a potencializar a força da mensagem e também transmita credibilidade e segurança. A fala deve ser equlibrada, clara, fluente e firme, respeitar cada palavra sem mutilizar as sílabas e equilibarada num tom médio para passar tranquilidade, segurança, respeito ao outro e demonstrar que nossas ideias estão organizadas. Quando estamos roucos, gritamos, falamos aceleradamente ou de maneira muito lenta, podemos dar impressão de sermos mal-educados, rudes, agressivos ou estamos sem energia, cansados e até despreparados para apresentar nossas mensagens.

Vale lembrar que o profissional indicado para tratar a voz é o fonoaudiólogo que vai identificar as necessidades individuais de cada um. Mas de maneira geral, devemos evitar:

    Fumar - A fumaça agride as pregas vocais, provoca irritação, pigarro e tosse.
    Beber - O álcool prejudica a saúde vocal porque anestesia as cordas vocais.
    Ar condicionado - A umidade do ar diminui, resseca a garganta e laringe e danifica as pregas vocais.
    Forçar a voz sem necessidade
    Ansiedade e tensões
    Excessos noturnos

Tenha consciência de como utiliza sua voz e aproveite todo o potencial para alavancar sua carreira!


Mariana Arantes  |  Publicado em: 28/08/2012, no sie: www.qualidadebrasil.com.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Como escapar da roda viva da vida moderna e arranjar tempo para pensar

!

Um dos mitos sobre a criatividade mais difundidos apresenta o ato de criar como um processo caótico, desordenado e que, de repente, culmina num estalo criativo. Este mito confunde a atitude mental de desafio às ideias vigentes com o método de trabalho para gerar e aprimorar ideias. As pessoas altamente criativas sabem combinar a audácia mental com a disciplina no trabalho. As ideias podem surgir num momento especial, mas, normalmente, este final glorioso resulta de um trabalho árduo e de muita concentração.

     Basta olhar para a biografia dos gênios para ver que a genialidade é uma qualidade desenvolvida com esforço, disciplina e rigor.  Gênios descobrem sua habilidade natural e trabalham duro, durante longos anos, para desenvolver o que há de melhor nessa sua habilidade. Foi isso que levou Michelangelo a dizer que, se as pessoas soubessem o esforço necessário para levá-lo aonde ele chegou, não o chamariam de gênio. Jacob Pétry, filósofo.

 Algumas pessoas podem pensar que o gerenciamento do tempo e a criatividade sejam duas coisas antagônicas, que não se misturam, como a água e o vinho. Para elas pode parecer que os conselhos para se organizarem e combater a procrastinação não se aplicam. Contudo, os testemunhos de pessoas altamente criativas, como Michelangelo, Picasso, Thomas Edison e Einstein, entre outros, enfatizam a disciplina no uso do tempo como suporte um crítico para a criatividade.

 No processo criativo, concentração é a palavra chave e isolar uma parte do tempo para pensar sem interrupções e interferências é essencial para se obter o máximo de nossas habilidades criativas. A maneira de usar este tempo varia de pessoa a pessoa, algumas preferem uma sala isolada, outras se sentem mais criativas ouvindo música suave ou sentadas à sobra de uma árvore, para citar apenas algumas das muitas preferências. O que importa é a plena concentração, sem interferências.
 Os paradoxos da moderna tecnologia

A coisa maravilhosa a respeito da moderna tecnologia é a quantidade de informação ao nosso alcance e a facilidade de compartilhá-la. O intercâmbio de ideias e informações é bom para a criatividade. O lado ruim da moderna tecnologia é a quantidade de informação disponível e a facilidade de disseminá-la. Somos inundados por um fluxo incessante de novas informações e conexões, via smartphones, e-mails, newsletters, websites, vídeos, redes sociais, etc. Pesquisas têm revelado que muitas pessoas gastam cerca de 3 horas por dia lidando com estas informações e conexões, a maioria delas trivialidades sem valor.

A ansiedade causada por estas múltiplas demandas acaba erodindo nossa capacidade de concentração, que é vital para a criatividade.

Este cenário lhe parece familiar? Você começa o dia cheio de entusiasmo com a oportunidade de trabalhar em uma nova ideia. Liga o computador, começa a trabalhar e se inicia também a enxurrada de e-mails e notificações de novas mensagens no Facebook e Twitter. Você interrompe o fluxo de ideias mal começado para responder as mensagens e ler as últimas atualizações na sua rede social. Depois de algum tempo, você tenta retomar seu trabalho, mas o telefone toca. Finalizada a conversa, você nota que há novas mensagens e novas atualizações no Facebook e Twitter. Assim se esvai o dia e terminamos reclamando que nos dias de hoje não há mais tempo para pensar e o trabalho criativo não passa de um sonho distante e inalcançável.

Na verdade, tempo há, mas o que acontece é que, sem planejamento e controle, ficamos a mercê dos ladrões de tempo.
Não permita que interfiram em sua criatividade

As pessoas criativas são notáveis pela capacidade de concentração e pela qualidade da atenção, determinadas pela plenitude e continuidade. A plenitude se refere à condição de concentração em único assunto por vez, afastando-se de outras preocupações durante o tempo reservado para o processo criativo. A continuidade se refere à ausência de interrupções causadas por demandas que podem ser atendidas em outros momentos.

Como escapar da roda viva da vida moderna, assumir o controle do uso de seu tempo e afastar as interferências no trabalho criativo? Talvez você pense em adquirir um sofisticado software para agendar e gerenciar suas atividades. Tudo bem se você gosta destes tipos de aplicativos, mas, na verdade, isto não é o essencial. Basta uma simples folha de papel, pois o que importa é sua atitude de considerar seu tempo um recurso valioso que deve ser usado com inteligência e disciplina. Na verdade, tudo se resume na atenção a somente três pontos.

Primeiro, identifique a hora do dia em que você se sente mais criativo e reserve este tempo para as atividades de pensar coisas novas, inovar e resolver problemas importantes e complexos. Na medida do possível, proteja este tempo e não permita interferências e perturbações. Questione a urgência e a importância de todas as pressões para interromper seu trabalho criativo.

Segundo, planeje o seu trabalho de modo a usar seu tempo de forma inteligente, melhorar sua produtividade e abrir espaço par o trabalho criativo. Para isto, você pode usar a Matriz de Gerenciamento do Tempo e classificar suas atividades conforme a importância e urgência.

Terceiro, elimine o hábito de abrir seu e-mail ou consultar sua rede social a todo momento e de responder todas as mensagens imediatamente. Reserve uma hora do dia para acessar sua rede social e examinar suas mensagens de uma única vez. Apague sem piedade as inutilidades; coloque as não urgentes e de pouca importância em uma pasta para serem respondidas mais tarde, numa ocasião reservada para esta finalidade; responda todas as demais consideradas importantes e urgentes. Faça isto uma vez por dia, ou no máximo duas.

Com estas medidas simples, você se surpreenderá com o aumento de sua produtividade e com a qualidade de suas ideias.


Jairo Siqueira  |  Publicado em: 30/07/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Se Juneco Scias Maljuneco Povas!



Não se espantem, mas é que essa constatação é tão universal que exige o esperanto - essa linguagem de todos - traduzindo: “Se a mocidade soubesse e a velhice pudesse!”
Na verdade, no passado, o idoso era meio que marginalizado, não se esperando muito do seu físico, eventualmente, trôpego e de sua cabeça distraída. Até ficava-se velho bem cedo, - a “balzaquiana” tinha menos de 40 - , ficava-se avô aos 50 e viver além dos 60 era raro.
Aliás, a oposição idosos X jovens foi sempre tema relevante servindo, inclusive, de pano de fundo para os psicanalistas com seu Complexo de Édipo - revolta do filho jovem contra o pai mais velho - ou vindo de mais longe, desde Shakespeare, com seu trágico rei - “King Lear” - , dramatizando o avanço ganancioso da impiedosa filha sobre a herança do velho pai.
Entretanto, hoje, os dados demográficos traduzem realidades implacáveis: no Japão a expectativa de vida está indo para os 84 anos - o dobro de Moçambique - o que, aliás, nos faz pensar como ficará esse nosso Mundo atual e seus bilhões de habitantes quando - Deus nos acuda! - crescermos todos da mesma maneira.
Até porque, coisa semelhante ocorre no Brasil. Nossa expectativa de vida, há cinquenta anos, era de somente 48 e hoje se aproxima dos 76 anos, e ainda crescendo. E mais relevante ainda é que, no passado, sobravam 30 anos de atividade - após os dezoito anos de inicio de carreira - , crescendo agora, junto com a nova expectativa, para cerca de 58 (76 - 18 anos), o dobro de 50 anos atrás. E o que fazer com tantos “maljunecos”?
Principalmente, o que fazer com os teimosos que continuam por aí - após os oitenta - , os Niemeyer da vida - arquitetos projetando -, as Marialzira Perestrello - psiquiatra e poetando ainda -, os Pitanguy - cirurgiões operando e as Tomie Ohtaque - pintando seus melhores quadros - ou, ainda, como um idoso amigo meu que, animadamente , começou a estudar chinês. Ou seja, todos investindo numa outra oportunidade - como uma segunda vida - nascendo de novo, só que agora sofrendo eles mesmo as dores do seu próprio parto - por que não? E o mesmo acontecendo com todos esses que trabalharam toda uma vida numa mesma empresa, mas que agora, dadas às mudanças dos seus empregadores, são levados a procurar novos caminhos e até uma segunda carreira.
Mas será que aqui no Brasil, já estamos enfrentando corretamente essa realidade?
As empresas, por exemplo, falam muito e investem em sua própria sustentabilidade - delas e do meio ambiente - esquecendo-se, no entanto, de suas responsabilidades éticas e sociais, ao dispensar justamente seus mais sazonados, experientes e bem sucedidos colaboradores - um belo “premio”, após anos de tanta dedicação e empenho.
Ora, o mesmo ocorre com as sociedades de ensino profissionalizante, entidades de classe e ainda outros, que oferecem oportunidades de desenvolvimento e promissoras vias de acesso ao 1º emprego, esquecendo-se de que, lá no fim da linha, às vezes no meio, acaba-se, por falta de atualização em relação aos avanços tecnológicos, da preparação para uma 2ª carreira, chegando ao beco sem saída da estagnação e da inutilidade sócio-comunitária.
Pois foi então que, pensando em tudo isso e relendo o escrito, pareceu-me esse comentário um libelo exagerado e quem sabe até demagógico, quando o que se precisa mesmo é dizer,com urgência e quem sabe no universal esperanto: “maljuneco scias...e povas!” - a velhice sabe...e (agora) pode!
Paulo Jacobsen

Não se espantem, mas é que essa constatação é tão universal que exige o esperanto - essa linguagem de todos - traduzindo: “Se a mocidade soubesse e a velhice pudesse!”

Na verdade, no passado, o idoso era meio que marginalizado, não se esperando muito do seu físico, eventualmente, trôpego e de sua cabeça distraída. Até ficava-se velho bem cedo, - a “balzaquiana” tinha menos de 40 - , ficava-se avô aos 50 e viver além dos 60 era raro.

Aliás, a oposição idosos X jovens foi sempre tema relevante servindo, inclusive, de pano de fundo para os psicanalistas com seu Complexo de Édipo - revolta do filho jovem contra o pai mais velho - ou vindo de mais longe, desde Shakespeare, com seu trágico rei - “King Lear” - , dramatizando o avanço ganancioso da impiedosa filha sobre a herança do velho pai.

Entretanto, hoje, os dados demográficos traduzem realidades implacáveis: no Japão a expectativa de vida está indo para os 84 anos - o dobro de Moçambique - o que, aliás, nos faz pensar como ficará esse nosso Mundo atual e seus bilhões de habitantes quando - Deus nos acuda! - crescermos todos da mesma maneira.

Até porque, coisa semelhante ocorre no Brasil. Nossa expectativa de vida, há cinquenta anos, era de somente 48 e hoje se aproxima dos 76 anos, e ainda crescendo. E mais relevante ainda é que, no passado, sobravam 30 anos de atividade - após os dezoito anos de inicio de carreira - , crescendo agora, junto com a nova expectativa, para cerca de 58 (76 - 18 anos), o dobro de 50 anos atrás. E o que fazer com tantos “maljunecos”?

Principalmente, o que fazer com os teimosos que continuam por aí - após os oitenta - , os Niemeyer da vida - arquitetos projetando -, as Marialzira Perestrello - psiquiatra e poetando ainda -, os Pitanguy - cirurgiões operando e as Tomie Ohtaque - pintando seus melhores quadros - ou, ainda, como um idoso amigo meu que, animadamente , começou a estudar chinês. Ou seja, todos investindo numa outra oportunidade - como uma segunda vida - nascendo de novo, só que agora sofrendo eles mesmo as dores do seu próprio parto - por que não? E o mesmo acontecendo com todos esses que trabalharam toda uma vida numa mesma empresa, mas que agora, dadas às mudanças dos seus empregadores, são levados a procurar novos caminhos e até uma segunda carreira.Mas será que aqui no Brasil, já estamos enfrentando corretamente essa realidade?

As empresas, por exemplo, falam muito e investem em sua própria sustentabilidade - delas e do meio ambiente - esquecendo-se, no entanto, de suas responsabilidades éticas e sociais, ao dispensar justamente seus mais sazonados, experientes e bem sucedidos colaboradores - um belo “premio”, após anos de tanta dedicação e empenho.

Ora, o mesmo ocorre com as sociedades de ensino profissionalizante, entidades de classe e ainda outros, que oferecem oportunidades de desenvolvimento e promissoras vias de acesso ao 1º emprego, esquecendo-se de que, lá no fim da linha, às vezes no meio, acaba-se, por falta de atualização em relação aos avanços tecnológicos, da preparação para uma 2ª carreira, chegando ao beco sem saída da estagnação e da inutilidade sócio-comunitária.

Pois foi então que, pensando em tudo isso e relendo o escrito, pareceu-me esse comentário um libelo exagerado e quem sabe até demagógico, quando o que se precisa mesmo é dizer,com urgência e quem sabe no universal esperanto: “maljuneco scias...e povas!” - a velhice sabe...e (agora) pode!


Paulo Jacobsen

Luiz Affonso Romano  |  Publicado em: 13/08/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

5 erros das pessoas superprodutivas



O artigo foi originalmente escrito por Amanda Previdelli consultando Fernando Serra, extraí da revista Exame On Line.

São cinco questões que realmente passamos no dia a dia e nem sempre agimos da forma adequada.

Abaixo de cada item, alguns comentários pessoais.

1. Achar que a internet só ajuda

Por mais que mobilidade seja importante, muitas vezes os gadgets atrapalham sua produção no trabalho. A tecnologia era um meio que acabou, em muitos casos, se tornando um fim, diz Serra. As interrupções que as notificações do seu celular causam acabam fazendo com que as pessoas percam a concentração – e percam tempo.

E não só tempo no trabalho é desperdiçado, a tecnologia acaba se infiltrando até nos momentos de lazer. Tecnologia é um instrumento, mas é preciso tomar cuidado, fala o especialista.

Sempre afirmei e afirmo: A tecnologia somente pode ser boa se for útil. Ter tecnologia pra bonito ou simplesmente porque outros têm, não compensa, somente atrapalha.

2. Esticar o tempo no trabalho

Esse é um dos maiores mitos na produtividade: o de que muitas horas trabalhadas equivalem a muito trabalho feito. Não é bem assim. Primeiro a pessoa tem de dormir. Cada um tem seu horário, mas ao menos umas seis horas por dia. É importante, determina Serra.

O raciocínio do especialista é bem lógico: quem dorme pouco durante a semana, acaba ficando extremamente improdutivo na sexta-feira. Aí de que adianta passar 12 horas por dia no escritório se, em um ou dois dias na semana, você está tão distraído e cansado que mal consegue trabalhar?

E não é só o sono que é importante: todo mundo precisa de um tempo de reflexão e descanso – independente da atividade (não-profissional) que escolher.

Com absoluta certeza: Se você fica focado no seu trabalho não há necessidade de ficar todos os dias fazendo serão. Caso aconteça isto todos os dias, com o tempo, você vai perdendo produtividade, pois vai considerar que o seu horário de trabalho vai até mais tarde, ou incluindo finais de semana. Cada coisa tem seu tempo, tempo para trabalho, tempo para lazer.

3. Abusar do multitasking

É bem verdade que não é fácil se concentrar em uma única tarefa. A maioria das pessoas faz ao menos duas coisas ao mesmo tempo (escuta música enquanto trabalha, toca dois projetos ao mesmo tempo ou almoça enquanto lê o jornal, por exemplo). Isso é fato, é comum e não é problemático.

O problema existe quando a pessoa não percebe que nem toda a tarefa pode ser feita em concomitância com outra, ou não impõe limites para quantas atividades vão ser feitas ao mesmo tempo, diz Serra. Para ele, quem não tem foco acaba não concluindo (ou concluindo mal) as tarefas que começa.

Como diria a música da Legião Urbana: Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo... (já escrevi sobre isto: http://gestao.adv.br/index.php/sempre-faco-mil-coisas-ao-mesmo-tempo) O importante é não perder o foco dos prazos e importâncias de cada coisa a ser feita.

4. Não saber delegar

Pessoas superprodutivas têm problemas com isso. Muitos problemas. Quem gosta de trabalhar, assumir responsabilidades e produzir o máximo não raro prefere fazer tudo sozinho, sem delegar tarefas a ninguém. Isso é um problema por vários motivos.

Primeiro é que a maior parte das pessoas depende das tarefas e decisões que você vai tomar e cumprir de maneira solitária. Em segundo lugar, trabalho em grupo faz parte de um escritório e não saber se relacionar é um ponto negativo no seu currículo.

Fernando Serra ainda completa: As pessoas precisam conhecer suas limitações e perceber que tem coisas que outros colegas poderiam fazer melhor.

Concordo integralmente com ele. Cada um deve fazer o que faz de melhor, assim a empresa ganha com a totalidade dos bons trabalhos desenvolvidos.

5. Acreditar que tudo tem de ser começado e terminado rapidamente

Sem dúvida procrastinar é ruim, mas algumas tarefas não podem ser iniciadas de pronto, conta Serra. Para ele, as pessoas superprodutivas precisam aprender a priorizar projetos. Além disso, precisam se organizar para as tarefas que, de acordo com o especialista, têm um timing.

Não adianta forçar, alguns projetos têm calendários diferentes e não podem ser iniciados nem terminados de imediato, diz Serra. (Fonte geral dos erros: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/5-erros-das-pessoas-superprodutivas?page=1)

Outra situação comum: Produtividade não se mede apenas pelo tempo. Um recurso especial demora mais que uma réplica, isto é natural. Fazer 30 contestações padronizadas em um dia é produtividade, mas também o é produzir apenas uma contestação numa ação rural, por exemplo, com muitas matérias fáticas.

Enfim,

São cinco erros que podem ser cinco acertos se bem aplicados, certo?


Gustavo Rocha  |  Publicado em: 23/08/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Arrancando os cabelos (5/5)

EM BUSCA DE AJUDA

O HRT combina diversos métodos para melhorar a autopercepção dos pacientes, eliminando comportamentos enraizados e estabelecendo novos hábitos. Um treinamento para relaxamento complementar busca eliminar a inquietude para que surjam cada vez menos impulsos de arrancar os cabelos. O “método de isolamento”, desenvolvido por Steffen Moritz, do Hospital Universitário de Hamburgo-Eppendorf, junto com Antonia Peters, fundadora do primeiro grupo de autoajuda para tricotilomania de Hamburgo e presidente da Sociedade Alemã de Doenças Obsessivo-Compulsivas, e eu, funciona de torma semelhante. Os pacientes aprendem a substituir o arrancar de cabelos por outro comportamento inofensivo. O truque: o novo movimento da mão a ser aprendido é inicialmente semelhante ao de retirar os fios. Isso facilita a substituição de uma ação por outra (veja imagens abaixo).


Testamos há pouco tempo o método de isolamento com 42 voluntários, uma intervenção de autoajuda em um estudo realizado pela internet. Os participantes utilizavam o método ou um treinamento para relaxamento. Nossa técnica mostrou-se, mesmo sem instrução dada por um terapeuta, facilmente realizável e levou pelo menos metade dos participantes ao retrocesso do arrancar de cabelos. Já no treinamento para o relaxamento houve êxito em apenas 22% dos casos.


As psicoterapias com base psicanalítica, por sua vez, não se voltam imediatamente para a psicopatologia, e sim para os sentidos e associações que os sintomas escondem, tratando não o diagnóstico específico, mas todo o sofrimento associado à patologia, o que costuma oferecer a possiblilidade de uma transformação mais profunda e duradoura. Para alguns pacientes, a troca de experiências, o apoio mútuo e a motivação para mudanças graduais favorecidas pelos grupos terapêuticos costumam ser muito úteis. Seja qual for o caminho, o que importa para aqueles que sofrem com a compulsão é ela ser controlada. Embora esse objetivo, em geral, seja alcançado com terapia, raramente se chega a uma eliminação completa dos sintomas: é preciso manter-se empenhado para que os fios continuem presos ao próprio corpo.

imagens: cortesia de michael rufer

Treinamento para controlar o impulso

Assim que a paciente leva a mão na direção dos cabelos (figuras A e B), ela deve desviar o movimento subitamente para a orelha, queixo,
nariz ou para algum ponto da sala (C ou D). A proposta é que o antigo comportamento seja modificado com esse procedimento. 
 
Do site: www.mentecerebro.com.br

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Arrancando os cabelos (4/5)

Três formas do transtorno

1- Os sintomas começam na infância, muitas vezes antes do oitavo ano de vida, e decorrem de forma pouco intensa, frequentemente desaparecendo sem tratamento.

2- O hábito de arrancar cabelos aparece quase sempre de maneira automática e é perceptível de forma consciente só após o início do tratamento.

3- Os cabelos são arrancados de forma focada e consciente; os pensamentos que acompanham o gesto estão voltados para esse ato
Observação, relaxamento e ação

Técnica: Treinamento da atenção.
Descrição: Auto-observação (situação, pensamentos e sentimentos)/ Registro do decorrer exato da ação.

Técnica: Exercícios comportamentais.
Descrição: É determinado um comportamento que torne impossível a realização do impulso de arrancar cabelos (por exemplo, apertar um objeto com a mão)/ Utilização desse novo comportamento quando o impulso surgir durante pelo menos dois minutos ou até que o impulso diminua.

Técnica: Relaxamento. Descrição: Alívio progressivo da tensão muscular.

Técnica: Reforço.
Descrição: Percepção consciente das consequências positivas/ Acerto de recompensas individuais.

Técnica: Generalização.
Descrição: Uso das técnicas em situações do dia a dia.
© orchidpoet/istockphoto

Enquanto ainda não há nenhuma prova científica da efetividade de tratamentos alternativos, como dietas ou acupuntura, uma forma específica da psicoterapia tem se revelado eficaz. A terapia comportamental cognitiva é um exemplo disso. Ela deve ser adequada individualmente ao paciente: é importante que o terapeuta considere exatamente quais fatores desempenham um papel no quadro clínico. Se houver, por exemplo, uma associação entre inibições sociais e a tricotilomania, a prioridade é reforçar a autoconfiança e as competências do paciente. Caso o transtorno seja sintoma de experiências traumáticas, estas devem ser primariamente abordadas.


Em alguns casos, é suficiente a redução do ato de arrancar cabelos por meio de técnicas específicas. Para tanto, o chamado treinamento para reversão de hábitos (HRT, sigla em inglês de habit reversal training) é bastante adequado. Originalmente, Nathan H. Azrin e Robert G. Nunn, do Hospital Estadual de Anna, Illinois, desenvolveram esse método para o tratamento de tiques motores, mas obtiveram sucesso também no caso do roer compulsivo de unhas, chupar dedos e tricotilomania.


Do site: www.mentecerebro.com.br

domingo, 16 de setembro de 2012

Arrancando os cabelos (3/5)

Falta de mensageiros

A tensão interna causada por medos, inibições sociais, dificuldades de expressão de emoções e estados depressivos faz com que os sintomas sejam mantidos. E frequentemente acrescenta-se a ele a força do hábito: arrancar cabelos torna-se um ritual diário, por exemplo, ao dirigir, ler ou telefonar, que ocorre de forma inconsciente e automática, sem um desencadeador concreto. Além desses fatores psicossociais, causas biológicas, como o genótipo, por exemplo, parecem desempenhar papel importante: estudos mostram que o transtorno surge com frequência de 5% a 8% acima da média se outro membro da família já sofre do mesmo problema. O quadro, no entanto, não pode ser atribuído apenas à herança genética; também pode ser explicado como comportamento aprendido.


Atualmente, há alguns modelos animais que talvez possam ajudar a esclarecer as causas biológicas da tricotilomania. Camundongos nos quais o gene hoxb8, envolvido no desenvolvimento do sistema nervoso, sofreu mutação apresentam um comportamento de cuidados corporais muito alterados. Entre outras coisas, eles arrancam os próprios pelos. E o geneticista molecular Stephan Züchner, da Universidade de Miami, na Flórida, descobriu em 2009 que o desligamento da proteína da sinapse SAPAP3 em roedores causa sintomas que lembram tanto transtornos obsessivo-compulsivos quanto tricotilomania. Porém, ainda não se sabe em que medida esses modelos podem ser transferidos para seres humanos. Pesquisadores constataram, por meio de procedimentos de imageamento cerebral, diversas alterações estruturais em pessoas afetadas pela compulsão. Um grupo de pesquisadores coordenado por Samuel Chamberlain, da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, descobriu em 2008 que os corpos celulares neurais (a chamada “substância cinzenta”) apresentam uma densidade muito grande em várias regiões cerebrais nessas pessoas. Isso se aplica, além de várias outras partes do córtex cerebral, também ao estriado (que participa do surgimento de hábitos), à amígdala e ao hipocampo do hemisfério cerebral esquerdo (responsáveis por aprendizados associados à emoção). Esses dois aspectos contribuem bastante para o surgimento e a continuidade da tricotilomania. Uma densidade aumentada das células cerebrais ocorre também em outros distúrbios marcados pelo descontrole, como a síndrome de Tourette e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Nos últimos anos, neurobiólogos associaram a tricotilomania à escassez de diversos neurotransmissores, principalmente da substância mensageira serotonina, frequentemente vinculada a outros distúrbios comportamentais, como controle reduzido dos impulsos e movimentos repetitivos. Em vários estudos pacientes usaram os chamados inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRI). Esse tipo de antidepressivo aumenta a concentração do transmissor nos pontos de contato sinápticos entre os neurônios, combatendo assim uma possível falta de serotonina. Os SSRIs já se mostraram eficazes para o tratamento de transtornos obsessivo-compulsivos há muito tempo. Para a tricotilomania, por outro lado, os resultados de estudos obtidos até agora são contraditórios. Alguns estudos concluíram que houve uma melhora dos sintomas, outros, não. Além disso, o efeito do medicamento frequentemente retrocedia em um tratamento de maior duração, e após a sua suspensão muitas vezes ocorriam recidivas. A administração de antidepressivos, portanto, parece recomendável quando os pacientes sofrem concomitantemente de graves depressões. 


Do site: www.mentecerebro.com.br

sábado, 15 de setembro de 2012

Arrancando os cabelos (2/5)

SAUDADE DA MÃE

Sob a coordenação da psicóloga clínica Lisa Cohen, do Centro Médico Beth Israel, em Nova York, uma equipe de profissionais examinou 123 adultos que sofriam de tricotilomania. Os pesquisadores concluíram que em pelo menos 6% dos casos os sintomas surgiram ainda na infância, antes dos 6 anos. Na maioria das situa­ções, porém, o arrancar de cabelos patológico se inicia na adolescência, entre os 11 e 15 anos. Mas, ocasionalmente, o distúrbio se manifesta só na idade adulta.


Não existe uma única causa para a tricotilomania. Tanto aspectos psicológicos e sociais quanto neurobiológicos e genéticos são considerados desencadeantes. Quase sempre há uma combinação desses vários fatores. Além disso, o transtorno não se apresenta de forma homogênea, mas pode ser subdividido em três grupos.


O transtorno se inicia, pelo menos em parte dos pacientes, devido a tensões dentro da família, problemas na escola ou dificuldades de relacionamento com outras crianças. Paralelamente, sentimentos depressivos, estresse e problemas para lidar com a raiva também estão em sua base. O arrancar de cabelos é sentido então como uma distração, um consolo capaz de minimizar a tensão, e é justamente esse caráter prazeroso que reforça o comportamento. Nesse sentido, a tricotilomania serve para regular estados emocionais desagradáveis, dos quais os pacientes nem sempre se dão conta claramente. Muitas vezes, brincar com os fios entre os dedos e tocá-los com os lábios remete a uma sensação de aconchego experimentado quando a pessoa ainda era bebê e tocava os cabelos da mãe ao ser amamentada ou apenas aninhada no colo. 


Do site: www.mentecerebro.com.br

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Arrancando os cabelos (1/5)

Pessoas com tricotilomania não resistem à compulsão de arrancar os pelos do corpo – tiram não apenas os fios do couro cabeludo, mas também do púbis, das sobrancelhas e dos cílios; em muitos casos, a patologia, que pode começar na infância, aparece com sintomas de depressão e ansiedade

Michael Rufer
© bew/other images

Todo mundo certamente já puxou os cabelos enquanto sonhava acordado ou os enrolou nos dedos enquanto refletia sobre alguma coisa. Principalmente as mulheres arrancam um ou outro por motivos estéticos. No entanto, parece impensável que uma pessoa arranque seus cabelos diariamente, às vezes durante horas, até a cabeça estar repleta de pontos calvos.


Porém, já em 1889 o médico francês François Henri Hallpeau (1842-1919) descreveu um paciente que puxava os cabelos aos tufos. Ele batizou o fenômeno de “tricotilomania” (do grego trico = cabelo, fio; tillo = arrancar). O reconhecimento de que se trata de um quadro patológico específico, no entanto, surgiu apenas no fim do século 20.


A característica básica do distúrbio é o impulso, no mínimo durante alguns períodos, de puxar cabelos ou pelos. Parte das pessoas afetadas por essa compulsão seleciona os fios objetivamente. Por exemplo, os cabelos brancos, os que ficam em pé ou que parecem desarrumados. Outros os puxam de forma inconsciente e automática, e só percebem o gesto mais tarde. Vários nem sentem dor ao arrancá-los. Típico da tricotilomania é também o ato de “brincar” com os cabelos arrancados. Os pacientes os passam sobre os lábios, colocam na boca ou os enlaçam entre os dedos. Frequentemente, várias dessas características se manifestam na mesma pessoa: ela arranca os cabelos automaticamente diante da televisão ou ao ler, enquanto de manhã e de noite puxa especificamente alguns deles diante do espelho do banheiro.
divulgação
NA FICÇÃO: Sansão e Dalila, de 1949, conta a história do personagem bíblico cuja força se concentra nas melenas
Durante muito tempo, os médicos subestimaram a disseminação do problema – entre outros motivos, porque vários pacientes não o revelam por vergonha. Acreditava-se que pouco mais de meio milésimo da população era afetado. Hoje sabemos que a tricotilomania não é uma doença tão rara. Um estudo realizado em 2009 pelos médicos americanos Danny Duke e seus colegas da Universidade Oregon Health & Science, em Portland, demonstrou que o arrancar de cabelos patológico ocorre em cerca de 1,2% dos americanos. Aproximadamente a metade dessas pessoas preenchia todos os critérios clínicos para o diagnóstico de tricotilomania: imediatamente antes de arrancar os cabelos, estão sob pressão interna e, depois, experimentam grande alívio. Ao mesmo tempo, elas se sentem claramente prejudicadas pelo distúrbio.


Segundo esse e vários outros estudos epidemiológicos, mulheres e homens são afetados com a mesma frequência. Quase sempre o arrancar de cabelos leva à rarefação e ao surgimento de pontos de calvície, que as pessoas tentam encobrir com penteados, perucas ou cosméticos. Mas os pelos existentes em outras partes do corpo também podem ser vítimas do transtorno.


Como em geral elas se envergonham de seu comportamento e temem ser descobertas, muitas não frequentam piscinas ou praias, evitam ir ao cabeleireiro, não praticam esportes em companhia de outras pessoas e temem todo contato social mais próximo. E podem surgir outras psicopatologias associadas à tricotilomania. As mais comuns são depressão, transtornos de ansiedade e abuso do álcool, mas não raramente ocorrem também distúrbios de personalidade. Alguns pacientes engolem os próprios cabelos arrancados, o que pode causar a formação de um novelo de cabelos (tricobezoar) no estômago ou no intestino. Como consequência, podem surgir cólicas ou, mais raramente, obstrução intestinal. 


Do site: www.mentecerebro.com.br

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Mundo Está à Deriva. Quero Descer.



ImagesComentando um dia com o Ministro do Planejamento, o Prof. João Sayad, ele dizia que o "mundo estava à deriva"
Ao qual eu retruquei:  "Mas isto já ocorre há muito tempo".
Prof. Sayad: "De fato, só que agora tem vento".
Este diálogo permite uma interessante discussão da relação do Estado com o setor produtivo.
O mundo estar à deriva, não é um problema. O problema é quando tem vento.
Traduzindo.
O mundo liberal e neoliberal, que para muitos parece estar à deriva, sem direção definida, que responde ao sabor das ondas, não é o problema. 
Cada um está fazendo o que acha que é importante, não há um Estado ou Comitê Central de Planejamento que possa orientar e coordenar os milhares de navios, barcos e veleiros mundo afora.
O problema é que quando há vento, o mundo liberal e neoliberal se desmorona e entra em pânico.
Tomam decisões precipitadas e centradas em si, com uma total falta de liderança necessária para acalmar todo mundo. 
Da crise de 2008 para cá, não tivemos um único líder capaz de acalmar a galera. Não tivemos um único intelectual, jornalista ou formador de opinião que tenha saído a público mostrando que nós éramos superiores às crises, sempre fomos.
Tivemos sim uma propaganda acirrada dos catastrofistas, das cassandras do apocalipse, muitos vindo de ex-integrantes do Estado, Ministros de renome. 
O mundo socialista, por sua vez, planejado por bem intencionados acadêmicos e altruístas, também não tem funcionado.
Porque age como se todo dia tivesse vento.
Tudo é importante.
Tudo tem que ser controlado até os centavos, tudo tem que ser pré-aprovado, e assim por diante.
Os barcos mal saem do porto, a não ser que tenham uma parceria público privada.
O Estado se leva a sério demais, não tem a leveza necessária para ser criativo, errar, pisar na bola sem muitas consequências.
Funcionários públicos, que morrem de medo do Ministério Público, jamais irão assumir riscos que podem acarretar prejuízo à coisa pública. E mensaleiro, por definição, é quem prefere um salário fixo e aposentadoria garantida, sem assumir risco nenhum.
Reuniões de Ministros são em conjunto de 46 ao mesmo tempo, nenhum pode tomar uma decisão sem consultar os outros, como se espera que seja numa crise em que tem vento. 
Não é o Estado com este estilo de gestão que terá a agilidade para tirar o lado neoliberal do seu pânico, com medidas acadêmicas ou macro prudenciais.
Ou, com recursos financeiros que mantêm os culpados nos seus pontos em Bancos, Hedge Funds e Orgão reguladores que fracassaram por completo. 
O próprio Governo entra em pânico e fica tão perdido como o mundo neoliberal.
Portanto, precisamos de um novo modelo, um que saiba lidar com vento, normalmente vento gerado pelo pânico de alguns sedentos por uma citação em jornal.
Em administração temos problemas parecidos.
Uma empresa vai tocando a vida, cada um fazendo a sua função, sem muita supervisão e ordens do tipo dia a dia.
Um dia tudo desmorona, o que funcionava não funciona mais, e algo precisa ser feito.
Uma intervenção vinda de fora, seja com mais dinheiro, seja com novas ideias.
Na reestruturação de uma empresa, os credores tomam conta da empresa. Normalmente, despedem os executivos incompetentes e colocam uma equipe especial para fazer o "turn around".
Existem consultorias especializadas nisto, porque um turn around precisa de conhecimento especializado.
Precisa diagnóstico rápido, execução rápida, análise de resultados rápida, e uma mente focada somente nesta tarefa.
Vejamos o problema do vento na Grécia. Os "executivos" continuam os mesmos, numa democracia nem dá para trocar, a não ser que por ética renunciassem.
A preocupação dos "executivos" focada até o último milímetro é não assumir a responsabilidade de seus erros, culpar os outros como salvação, e concentrar na próxima eleição que será duríssima.
Ou seja, não vão resolver o problema nunca.
Infelizmente, não é o Estado e seus interventores, não são os acadêmicos e os discípulos de Keynes que têm o conjunto de qualificações para este tipo de tarefa chamada de turn around. 
Nem a maioria dos administradores o tem.
Turn around ou reeestruturação é um campo específico, e requer uma cultura específica.
Não temos no Governo Brasileiro uma equipe destas, nunca tivemos.
Nos grandes grupos de conglomerados dos anos 1980, existiam equipes assim, a Guarda Pretoriana, a turma da Central, que desciam do avião para ajudar a modificar a filial que não soubesse lidar com o vento.
Não era gente simpática, mas eram focados até resolverem o problema. 
Quem mais precisa de uma equipe destas é o próprio governo, que vive acumulando problemas anos a fio sem solução. 
Onde eu quero chegar é que não é o Estado que vai salvar o mundo neoliberal cada vez que tem vento. 
O que precisamos é uma abordagem totalmente diferente, de equipes previamente preparadas e capacitadas para resolver crises, algo diferente do que lidar com o dia a dia. 
Uma equipe que não tem interesses próprios, como manter o emprego ou não perder as eleicões.
Uma equipe que entra e sai, com o único propósito de guiar o país que está à deriva por causa do vento. 

Posted: 03 Sep 2012 04:00, no blog do Stephen Kanitz

Recebido por e-mail do autor

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Orçamento familiar




As notícias não são nada animadoras para aqueles que habitualmente não pagam o total da fatura de seus cartões de crédito. Embora a taxa SELIC (que é considerada a taxa básica de juros da economia) esteja em declínio, os juros cobrados pela utilização do crédito rotativo dos cartões de crédito tem subido.
 
De acordo com a recente pesquisa divulgada pela associação de defesa de consumidores Proteste, os juros anuais tiveram uma média de 12,77% ao mês, o que corresponde a 323,14% no período de um ano.
 
Isso quer dizer que quem não faz o pagamento integral da sua fatura do cartão de crédito terá que arcar com uma taxa de juros altíssima, colaborando para o lucro elevado das administradoras de cartão.
 
Entretanto o problema é muito mais amplo que isso. Infelizmente boa parte das famílias brasileiras não tem o costume de adotar um orçamento que controle as suas receitas e, principalmente, suas despesas, fazendo com que seus gastos sejam feitos de forma descontrolada.
 
Os gastos descontrolados geram endividamento que muitas vezes poderia ser evitado, ou seja, pela simples falta de controle das nossas finanças pessoais acabamos utilizando o limite do cheque especial ou pagando de forma parcial a fatura do cartão de crédito. E a cada vez que pagamos juros para uma instituição financeira ou administradora de cartão de crédito, deixamos de formar a nossa própria riqueza.
 
Para compreender esta idéia da formação da nossa própria riqueza, vamos pensar na seguinte situação hipotética (mas que é bem próxima da realidade de boa parte da população brasileira): uma determinada família paga anualmente a importância de R$ 2.000,00 a título de juros do cheque especial e do seu cartão de crédito (uma média de R$ 166,00 por mês). Se este montante foi pago aos bancos e cartões de crédito, ele serviu para formar a riqueza destas empresas, contribuindo assim para a formação do seu lucro.
 
Por outro lado, se ao invés de pagar juros esta família adotar um orçamento mensal e controlá-lo de forma eficaz, estes R$ 2.000,00 por ano passarão a servir para a formação de poupança e para o consumo consciente. Agora imagine só este valor anual corrigido monetariamente por um período de 5, 10, 20 ou 30 anos!!
 
Os juros compostos, que "magicamente" se encarregam de fazer com que esta poupança cresça ao longo do tempo, são exatamente os mesmos que fazem as nossas dívidas crescerem de forma exponencial quando não quitamos os nossos compromissos financeiros integralmente. Esta é a chamada "bola de neve", que devemos fugir a qualquer custo, sob pena de sermos atropelados.
 
A boa notícia é que com boa vontade, disciplina e um pouco de organização o controle do orçamento familiar é algo muito fácil e que proporciona um resultado bastante satisfatório logo no primeiro mês de sua utilização.
 
Com a adoção do orçamento familiar podemos facilmente identificar eventuais desperdícios de dinheiro e gastos que estão sendo feitos sem nenhum controle. O passo seguinte é controlar o orçamento para que os gastos mensais não fujam do que foi previamente estabelecido. Por fim, paralelo ao controle, a família deverá poupar os recursos excedentes para constituir a sua poupança, que poderá ser utilizada para a realização dos sonhos desta família (como trocar de carro, fazer uma viagem ao exterior ou mudar para uma casa mais espaçosa).
 
Tudo é possível, desde que haja comprometimento e envolvimento de todos. Basta planejar e poupar para que o sonho possa ser realizado. Entretanto, sem a adoção de um orçamento, nada disso poderá ser feito.
 
É impressionante a quantidade de famílias que estão absolutamente endividadas em nosso país.
 
Precisamos mudar este cenário rapidamente, educando os brasileiros no sentido de fazer um melhor controle das suas finanças pessoais e familiares e alertando sobre a importância e os benefícios que a poupança de recursos traz para todos a longo prazo, inclusive para o Brasil.
 
Por: Prof. Carlos Afonso
 
 
Do Boletim SAESP n° 14

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Tempo e Espaço





Crescentemente nos deparamos com pessoas mais velhas; grupo humano que hoje também é percebido como terceira idade, enfrentando desafios como é o de conviver com um calendário que já não se revela com tanto sentido e importância, pois o presente maior é o agora, sem necessidade de deixar pra depois aquela vontade de fazer ou dizer algo, pois sabe que esse "depois" pode não acontecer.
 
Surge então ainda mais bem definida e significativa uma certa relação de tempo e espaço que converge para um cenário limitado e desafiador, onde no palco pode haver a família, os filhos, os amigos, os enredos e as histórias explícitas ou implícitas; momentos que colaboraram para a marcação de um tempo norteado pelo amor e pela dor que faz parte das experiências humanas.
 
Neste cenário, se vivenciado com alguma lucidez, busca-se através de uma atuação consciente ou inconsciente resgatar algumas possíveis perdas, pequenos ou grandes enganos e desenganos, pois percebem que a vida não se limita mais pelas suas capacidades físicas, mentais, projetos e sonhos; pelos jogos de culpas e desculpas que agora já terão poucas chances de prorrogação, nem mesmo se houveram "muitas interrupções intencionais ou não".
 
Constata-se a partir daí que a cortina desse palco e dessa peça bem pregada está se fechando. Que a chance de verdadeiramente saborear essa luz e esse ambiente é agora, despojando-se de todo e qualquer figurino ou adereço que tenha pesado e dificultado até então o "caminhar". Deixando de lado a marcação de cena, o texto decorado, a maquiagem e as máscaras... pois o ato, neste caso, só se faz pela presença de corpo e alma sem amarração e de forma arejada e intensa de vida, livre de conceitos e pré-conceitos, pois assim estaremos verdadeiramente atuando até o fim e não assistindo a vida como meros espectadores.
 
 
Por: Marcos D. de Paula é Psicanalista.
 
Coordenador de grupos de Estudo/Pesquisa na área de Mediação de Conflitos.
 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Filmes românticos reforçam expectativas irreais

30 de agosto de 2012, no site: www.mentecerebro.com.br

Acreditar em ideias como amor à primeira vista, por exemplo, pode aumentar o risco de desilusão afetiva
 
© Everett Collection/Shutterstock

A crença em conceitos como amor à primeira vista, par perfeito e forças do destino deixa as pessoas muito mais vulneráveis a se decepcionar em seus relacionamentos, garante o psicólogo Bjarne Holmes, da Universidade Heriot-Watt, na Escócia, autor de um estudo sobre a presença de ideias “perigosas” em filmes do gênero comédia romântica. Ele e sua equipe exibiram a 100 voluntários o longa Escrito nas estrelas (2001), “um verdadeiro clássico água com açúcar”, segundo os pesquisadores, pois apresenta todos os elementos descritos acima.

Em seguida, Holmes pediu aos espectadores que respondessem a um questionário. Como era de esperar, eles revelaram mais afinidade com conceitos românticos do que outra centena de voluntários que assistiram, em uma sala paralela, a um drama do diretor David Lynch, repleto de personagens complexos e situações perturbadoras, como traição amorosa. A conclusão, afirma o psicólogo, é simples: filmes românticos reforçam expectativas irreais, o que aumenta as chances de insatisfação com os relacionamentos afetivos.

domingo, 9 de setembro de 2012

A força da ioga na luta contra o câncer

30 de agosto de 2012, no site: www.mentecerebro.com.br

Práticas de contemplação favorecem a redução de sintomas de depressão e mal-estar causados pela quimioterapia
 
© Brickrena/Shutterstock

O câncer é uma das principais causas de morte no mundo. Além dos graves sintomas e efeitos colaterais do tratamento (como dor, fadiga e náuseas), os pacientes costumam enfrentar ansiedade, insegurança, desânimo, medo e estresse – que provocam impacto substancial na qualidade de vida. O diagnóstico associado ao desafio psicológico é caracterizado por muitos desafios. A pessoa precisa dar conta de vários ajustes em sua rotina, já que há interrupção da atual situação de vida, sendo necessário reavaliar as direções e decisões a serem tomadas e ter tolerância para suportar constantes incertezas dessa fase. Muitos pacientes passam a apresentar sintomas de depressão – o que, para alguns especialistas, é considerado uma resposta normal à ameaça existencial, e não um processo psicopatológico. Há casos, porém, em que esse estado surge de forma mais severa e duradoura.

Nesse sentido, técnicas que favoreçam o fortalecimento emocional e imunológico podem ser importantes não só para a melhoria da qualidade de vida do paciente, mas também para a eficácia da terapêutica. É o caso da ioga, antiga disciplina oriental e uma das mais utilizadas intervenções dentro das chamadas terapias mente-corpo (mind-body interventions) que tem por base a prática de posturas físicas específicas, respiração, relaxamento e meditação. Essas técnicas vêm sendo investigadas há anos devido à sua eficácia no tratamento dos transtornos mentais associados ao câncer (estresse, depressão, ansiedade etc.) e como determinantes no controle de sintomas da doença, uma vez que favorecem o fortalecimento do sistema imunológico dos pacientes. 

Recentemente, pesquisadores notaram que a meditação é capaz de reforçar o sistema imunológico tanto de pessoas saudáveis quanto de doentes. Quando trazemos à mente algo ruim, o pensamento gerado no córtex pré-frontal (área responsável pelo planejamento de ações e pela tomada de decisões, uma espécie de maestro do nosso cérebro) rapidamente se projeta para o sistema límbico, envolvido no processamento das emoções. O hipotálamo é então ativado pelo chamado eixo hipotalâmico--pituitário-adrenal (HPA) e o cortisol (hormônio do estresse) é sintetizado. Se essa situação for recorrente – como nas ocasiões em que enfrentamos situações difíceis –, o sistema imune acaba se enfraquecendo.

Mas, se com a prática de técnicas contemplativas específicas esses estados mentais forem substituídos por bons pensamentos, o impacto positivo no sistema imune muitas vezes se torna evidente. Durante a contemplação, o cérebro parece desencadear uma cascata de reações benéficas que acabam produzindo um efeito ansiolítico poderoso, capaz de alterar o funcionamento do sistema imunológico e toda a dinâmica emocional do paciente. Entre as modificações neuroquímicas estão, por um lado, o aumento da atividade parassimpática, gabaérgica e serotonérgica, dos níveis de endorfina e a diminuição da síntese de norepinefrina; e, por outro, a diminuição dos níveis de cortisol. Essas mudanças experimentadas durante a ioga podem se transformar em traços, levando – a longo prazo – à consolidação da prática e aumentando as chances de prevenção de futuros episódios de ansiedade, depressão, estresse e doenças psicossomáticas – algo que parece determinante no tratamento de indivíduos com câncer.

sábado, 8 de setembro de 2012

Seja seu melhor amigo

29 de agosto de 2012, no site: www.mentecerebro.com.br

Analisar os próprios erros com generosidade, mas sem poupar críticas, pode trazer benefícios terapêuticos
 
© Pkchai/Shutterstock

Refletir sobre os próprios problemas equilibrando crítica e gentileza – como se estivéssemos ajudando um amigo a pesar perdas e ganhos de uma situação ruim – tem poder terapêutico, afirmam pesquisadores da Universidade da Califórnia. O grupo, que estuda os efeitos da autocompaixão, relatou na Psychological Science os resultados positivos de um estudo com homens recém-divorciados que foram incentivados a falar consigo mesmos como se conversassem com alguém de quem realmente gostavam e que passava por algo difícil.

“Não se trata de ter pena ou ser complacente. Compaixão é tentar entender a dor do outro e ajudá-lo a enxergar atitudes que contribuem para o sofrimento”, define a psicóloga Kristin Neff, professora da Universidade do Texas, especialista no tema, que acompanhou o trabalho do grupo. Estudos anteriores mostram que pessoas com autocompaixão evitam críticas duras e generalizações negativas sobre si e sobre os outros. “Elas têm maior tendência a encarar os erros como aprendizado”, diz a psicóloga, ressaltando que isso não significa serem condescendentes com o que desaprovam.

Várias pesquisas revelam que pessoas excessivamente críticas e as que revelam autocompaixão têm, em média, desempenho acadêmico e profissional semelhante – com a diferença de que as últimas reagem melhor quando não conseguem atingir algum objetivo. Segundo Kristin, isso ocorre porque elas não associam o sentimento de valor pessoal ao sucesso.

Em outro estudo da Universidade da Califórnia, voluntários disseram se sentir melhor depois de escrever cartas de apoio a pessoas que viveram experiências traumáticas, como machucar alguém em um acidente de trânsito. “Como muitos de nós descobrem intuitivamente, aproveitar oportunidades de ajudar os outros desvia o foco de problemas pessoais e, muitas vezes, revela que algo que antes considerávamos uma tragédia na verdade não é”, explica uma das autoras da pesquisa, Juliana Breines. E cultivar a autocompaixão, segundo Kristin, pode ser mais simples do que parece. Ela menciona um experimento que mostra que envolver os braços ao redor do próprio corpo, em um generoso “autoabraço”, nos deixa mais propensos a agir gentilmente.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Pensar que tempo é dinheiro boicota as horas de lazer




28 de agosto de 2012, no site:www.mentecerebro.com.br

Pessoas muito preocupadas com o salário podem se tornar mais insatisfeitas 
 
© Aispix By Image Source/Shutterstock

Tratar o tempo como mercadoria nos ajuda a desfrutá-lo melhor? Um estudo publicado no Journal of Experimental Social Psychology revela que não. Pesquisadores da Universidade de Toronto pediram a voluntários que calculassem quanto ganhavam por hora de trabalho antes de autorizá-los a navegar na internet por alguns minutos ou ouvir música até que fossem avisados de que o experimento tinha acabado.

“Ao entrevistá-los depois do teste, observamos que ficaram mais impacientes e insatisfeitos em passar tempo fazendo o que bem entendessem do que voluntários que não calcularam seus ganhos”, diz Sanford DeVoe, um dos autores do estudo. Segundo ele, a máxima “tempo é dinheiro”, eternizada pelo pensador Benjamin Franklin, pode até incentivar a produtividade, mas é aconselhável se esquecer dela pelo menos quando estivermos de folga.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Cuidado para não implodir



Quando queremos demolir um prédio precisamos implodir o edifício, ou seja, fazer com que sofra um colapso sobre sua base. Os engenheiros responsáveis pela demolição colocam cargas de explosivos em diferentes andares do edifício, de modo que sua estrutura caia verticalmente em diversos pontos e assim não se corre de atingir outros prédios ou casas.

Por analogia podemos levar esse pensamento para a nossa vida, muitas vezes sofremos com um transito estafante nas grandes cidades, estamos muito atarefados no trabalho, ou nos irritamos porque o tempo não é suficiente para realizar tudo que planejamos para um determinado dia.

Todas essas sensações que experimentamos todos os dias faz com que o nosso corpo e alma se sinta pressionado frente à determinada situação, queremos muitas vezes abandonar nosso emprego, sair de um casamento, abandonar um namoro ou simplesmente fugir para bem longe, pensando que não encontremos os mesmos problemas porem o problema talvez não esteja nos outros ou em  nosso trabalho, mas em nós mesmos.

Quando apenas ficamos calados aguentando todas as coisas que não gostamos, sem uma explosão de raiva, começamos um lento processo de implosão, ou seja, começamos sofrer um colapso em nossa base.

Esse colapso causa um desgaste emocional, o conhecido estresse e podem trazer consequências graves, dependendo da predisposição orgânica do indivíduo, o estresse pode causar desde transtornos psicológicos como falta de vontade de fazer as coisas, ansiedade e até manifestações físicas e mentais como úlceras, infarto, câncer e tentativa de suicídio além de problemas com drogas e álcool.

Esse processo pode levar a pessoa a uma verdadeira “implosão”, onde todos os sintomas do estresse e depressão podem prejudicar a carreira profissional, casamento, relações com filhos, parentes, amigos e colegas.

Muitas vezes podemos nos valer de um processo controlado de explosão que é um processo que acontece de dentro para fora. Como a implosão, ele pode ser controlado para não atingir violentamente pessoas que gostamos ou respeitamos, pois se errarmos em um momento de explosão pessoal, podemos colocar tudo a perder.

O segredo para não implodir ou detonar tudo de uma vez pode estar no bom senso que precisamos ter para realizar pequenas explosões durante a sua vida com a finalidade de não guardar tudo apenas para você, uma boa dica é dividir seus problemas com os outros, isso pode ajudar a você a viver melhor.

Implodir, explodir ou detonar é uma decisão sua! Apenas cuidado para não se machucar ou machucar os outros.

Vamos refletir sobre isso!


Pedro Paulo Morales  |  Publicado em: 18/07/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Narcisismo e individualidade são abordados em filme de Roman Polanski



24 de agosto de 2012, no site: www.mentecerebro.com.br

Em Deuses da Carnificina, o cineasta analisa valores éticos das relações contemporâneas
 
© Divulgação

por Marta Okamoto e Patricia Porchat 

É difícil não ver em Deus da carnificina, de Roman Polanski, certa crítica pessoal à moral americana, seus valores e seu cinismo. O cineasta, em prisão domiciliar por sete meses na Suíça, escreveu o roteiro adaptando a peça de teatro homônima, da francesa Yasmine Reza.

Polanski foi detido por causa de uma pendência com a Justiça dos Estados Unidos. Condenado em 1977 por manter relações sexuais com uma menor, fugiu para a França onde vive até hoje. Em 2009 foi preso ao chegar ao aeroporto de Zurique, a pedido das autoridades americanas, que aguardaram, em vão, sua extradição. Meses depois foi liberado pelas autoridades suíças. A condenação impede que ele volte aos Estados Unidos, onde viveu por anos. Foi lá que sua mulher, a atriz Sharon Tate, foi assassinada.

Poucas coisas são mais sufocantes do que estar confinado a algum ambiente, seja ele qual for. O espectador de Polanski, aprisionado como voyeur de uma cena interminável de carnificina, lembra o leitor do clássico Longa jornada noite adentro, escrito em 1941 pelo dramaturgo americano Eugene O´Neill e também adaptado para o cinema com a direção de Sidney Lumet. Em ambas as obras quatro personagens enclausurados revelam intimidades e a decomposição de sua consistência moral.

A carnificina de Polanski se passa dentro de um apartamento em Nova York. Com exceção da primeira e da última cenas, tomadas de crianças vistas ao longe em um parque, somos impedidos, como espectadores, de deixar a sala na qual dois casais começam por trocar discursos envernizados e polidos, mas rapidamente deixam transparecer a complexidade das relações inter e intrassubjetivas, marcadas por aspectos da atualidade.

Alan, personagem de Christoph Waltz, e Nancy, vivida por Kate Winslet, visitam Michael, interpretado por John Reilly, e Penélope, encarnada por Jodie Foster. O primeiro casal pretende se desculpar por uma briga em que seu filho agrediu o filho de Michael e Penélope. Alan e Nancy são de classe média alta. Ele, um importante e ocupado advogado que fala incansavelmente ao celular; ela, uma bem-sucedida corretora de investimentos. Michael e Penélope têm situação financeira menos confortável: ele é vendedor de material hidráulico e ela, escritora com um único livro publicado.

Este encontro de casais, aparentemente tão diferentes entre si, que se inicia de forma correta e educada a partir de um gesto de desculpas (aliás, pode haver algo tão civilizado quanto um pedido pessoal de desculpas?), torna-se, com o passar do tempo, um encontro marcado por críticas e acusações, cobranças e agressões verbais – uma verdadeira batalha campal contemporânea.

Entre a tentativa de ir embora, o oferecimento de um café com torta, nova tentativa de partida e, em seguida, o compartilhar de uma dose de uísque, os personagens circulam pela sala, quase que numa coreografia. Paralelamente, entre eles surgem temas como a maneira mais adequada de educar os filhos, a violência das gangues adolescentes, o lucro da indústria farmacêutica a qualquer custo, a falta de escrúpulos do capitalismo, o que é verdade ou mentira, o valor do trabalho. Afinal, qual o valor da vida?

No desmanche de papéis tão rigidamente estabelecidos no início do filme, os valores e a ética de cada um se mostram de maneira fluida, vacilante, itinerante. Nesse processo, os personagens ancoram-se em posições diferentes a cada momento, seja na identidade de gênero, seja na identidade profissional ou, ainda, como parte de um casal. As mulheres se unem para atacar os homens, mas no fundo os amam... e os odeiam. O bemsucedido advogado defende a indústria farmacêutica que, infelizmente, produz remédios de resultados duvidosos. Mas, consciente do paradoxo, afirma: “Quem se preocupa com alguma coisa além de si mesmo?”. Na dinâmica grupal, o amor entre um casal justifica o enfrentamento da outra dupla, mas a desavença com o parceiro produz solidariedade entre opressores e oprimidos. Por vezes, a família é tudo. Em seguida, ela é posta como se fosse a pior coisa que Deus inventou.

Enfim, a aparente maturidade se desfaz e revela um discurso individualista e narcísico, mais próximo ao das crianças... Como diz Alan: “Ninguém se importa com ninguém”. Valores e ética ou, justamente, a falta deles, se revelam por trás de falas e comportamentos calcados no “politicamente correto”. Carnificina moderna!

DEUS DA CARNIFICINA. 80 min – França, Alemanha, Polônia e Espanha. Direção: Roman Polanski. Elenco: Kate Winslet, Jodie Foster, John C. Reilly, Christoph Waltz, Elvis Polanski, Eliot Berger, Joseph Rezwin, Nathan Rippy, Tanya Lopert, Julie Adams