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© DUDAREV MIKHAIL/SHUTTERSTOCK |
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Na selva, um leão abate sua presa sem
hesitar. Mas, para muitos humanos, imaginar que animais sentem dor,
prazer ou medo é suficiente para abrir mão de saborear carne. Uma
pesquisa divulgada pelo Personality and Social Psychology Bulletin
mostra que a maioria das pessoas que come carne reluta em acreditar que
os animais tenham habilidades mentais capaz de fazê-los pensar e sofrer
antes da morte.
“A negação parece uma tentativa de se justificar
moralmente”, diz o psicólogo Brock Bastian, da Universidade de
Queensland, na Austrália. O pesquisador e seus colegas questionaram os
participantes se queriam comer fatias de carne ou de maçã depois que
fizessem uma tarefa. Em seguida, pediu que descrevessem, em um texto
breve, como imaginavam o ciclo de vida completo de um animal abatido e
como avaliavam as faculdades mentais de um bovino. Os voluntários que
escolheram comer carne depois do teste tinham ideias mais
“conservadoras” sobre a mente dos animais. A maioria negou que pudessem
pensar e ter sentimentos.
“A empatia, que é a capacidade de
reconhecer e até mesmo experimentar as emoções dos outros, nem sempre é
útil. Pessoas que vivem em sociedades que se alimentam de carne recorrem
à negação para alinhar sua moral às tradições e comer sem culpa”, diz
Bastian. |
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