 |
© Jandrielombard/Istcokphoto |
 |
|
 |
Encontrada em latas e recipientes de
plástico, a substância bisfenol A, conhecida como BPA, tem propriedades
semelhantes às do hormônio feminino estrogênio. Há alguns anos, seu uso
foi proibido na fabricação de mamadeiras por alguns países, pois
pesquisas identificaram, por meio de experiências com roedores, que ela
pode interferir no cérebro em desenvolvimento. Cientistas da
Universidade Harvard descobriram que há relação entre o consumo de
comidas embaladas por grávidas e a incidência de sintomas
característicos do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade
(TDAH) ansiedade, depressão e de dificuldade de controle de impulsos nas
crianças por volta dos 3 anos, especialmente as meninas.
O
epidemiologista Joe Braun, da Universidade Harvard, acompanhou 240
mulheres e seus filhos por três anos. Coletou a urina delas durante a
gravidez e 24 horas após o nascimento do bebê. Depois fez a coleta das
crianças quando tinham 1, 2 e 3 anos de idade. O BPA foi detectado em
97% das amostras. Segundo Braun, mais de 90% dos americanos apresentam
BPA na urina. A substância é componente comum de resinas que revestem
latas e embalagens de plástico. Ela facilmente contamina a comida.
Os
pesquisadores também questionaram os pais sobre o comportamento dos
filhos, sua capacidade de autocontrole e como expressavam suas emoções.
Constataram que a exposição ao BPA no útero era proporcional à
intensidade dos sintomas de hiperatividade e que os efeitos eram mais
intensos em meninas. A equipe não encontrou ligação entre o
comportamento das crianças e a exposição ao BPA depois do nascimento,
conforme relataram em artigo publicado na Pediatrics. Optar por
alimentos frescos e abrir mão dos embalados durante a gravidez pode
reduzir o consumo da substância pela metade, afirmam os autores. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário