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© ARMAN ZHENIKEYEV/SHUTTERSTOCK |
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Tendemos a imaginar que o futuro será
melhor do que hoje e a subestimar as chances de passar por situações
ruins. Alguns cientistas acreditam que esse funcionamento é um processo
adaptativo que nos permite resistir a frustrações e mudanças negativas.
Agora, um estudo publicado na Nature Neuroscience sugere que a
linha entre o otimismo que nos prepara para enfrentar o futuro e o que
oferece riscos é tênue – segundo pesquisadores da Universidade College
de Londres, pessoas com perspectivas muito positivas sobre o dia de
amanhã se consideram menos vulneráveis a sofrer acidentes e a contrair
doenças. E justamente por isso se protegem menos.
A
neurocientista Tali Sharot pediu a 19 universitários entre 19 e 27 anos
que estimassem as chances de enfrentar 80 fatalidades ao longo da vida,
como desenvolver doenças ou ser vítima de crime. Em seguida, Tali
revelou a probabilidade média real de cada um, calculada com base em
questionários que avaliavam seus hábitos, histórico familiar e
comportamentos de risco. Depois, solicitou que repetissem o exercício.
Segundo
Tali, os que previram riscos mais altos que o real prestaram mais
atenção na exposição dos resultados e responderam de forma realista na
segunda vez. Já os voluntários que subestimaram as probabilidades
mantiveram as expectativas ao refazer o exercício ou fizeram correções
menos expressivas. “Os mais otimistas continuaram a acreditar que ao
menos eles podem escapar da má sorte”, diz. |
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