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© EUGENE IVANOV/SHUTTERSTOCK |
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Tente buscar na memória uma melodia que é
capaz de mudar seu humor – é muito provável que a distância entre as
notas seja a grande responsável pelas emoções despertadas, segundo
estudo publicado na Plos One. O neurocientista Daniel Bowling,
da Universidade Duke, analisou os intervalos, ou distâncias entre as
notas, em melodias de música clássica ocidental e de ragas indianos e
descobriu que, nos dois tipos de música, o tamanho do intervalo médio é
menor em melodias associadas à tristeza e maior em melodias ligadas à
alegria.
Bowling cita como exemplo dessa variação a Sonata ao luar,
um clássico do compositor alemão Ludwig van Beethoven. A melodia da
primeira parte da peça, que envolve um pequeno conjunto de notas, evoca
melancolia para a grande maioria dos voluntários que a ouvem. Já a
segunda parte, mais alegre, compreende intervalos maiores entre as
notas. Segundo o neurocientista, a música imita os padrões naturais de
nosso instrumento mais primitivo: a voz. Para testar essa teoria, ele
gravou 40 pessoas falando – metade delas em inglês e o restante em
tâmil, um dialeto indiano. Ele observou que as emoções eram relacionadas
a padrões melódicos semelhantes: quanto mais monótona a execução da
fala, mais triste ela era considerada. “A associação de emoções a
diferentes características tonais partiu de nossa percepção da fala”,
diz Bowling. |
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