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© Levent Konuk/Shutterstock |
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Uma técnica desenvolvida por
neurocirurgiões do Hospital do Coração pode facilitar o diagnóstico
precoce de Alzheimer, o tipo de demência mais frequente entre idosos,
caracterizada pela perda progressiva das funções cognitivas. Os
pesquisadores Antônio de Salles e Alessandra Gorgulho, do Hospital do
Coração (HCor), desenvolveram originalmente na Universidade da Caliórnia
(Ucla), um método capaz de localizar por meio de exames de neuroimagem
pontos de desenvolvimento da patologia com grande precisão. Agora, os
pesquisadores trazem o projeto para o Brasil.
A técnica consiste
em combinar imagens geradas por PET/CT, um equipamento que une os
recursos diagnósticos da medicina nuclear e da radiologia, com a
ressonância magnética, e permite identificar os locais de maior
concentração de células inativas no cérebro do paciente. “Ao visualizar
os exames, vemos diferentes áreas do cérebro e suas vias representadas
por cores diferentes, dependendo da direção das fibras nervosas. Os
locais com baixa absorção de glicose no córtex cerebral representam
áreas com função deficiente e são vistas com menos intensidades que as
áreas normais. A partir desse indício, intensificamos as análises por
meio do uso de comparação e adição de imagens", explica Salles. O
neurocirurgião acredita que o recurso pode permitir o desenvolvimento de
tratamento precoce ou preventivo de doenças neurodegenerativas
associadas ao envelhecimento.
A doença de Alzheimer atinge cerca
de 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais, 1 milhão estão no
Brasil. Este número deve triplicar nos próximos 40 anos, segundo estudo
da Alzeimer`s Disease International (ADI), somando 115,4 milhões em
2050. Embora ainda não haja cura, existem tratamentos para atenuar o
declínio cognitivo associado a patologia. Por isso, quanto mais cedo o
diagnostico, maiores são as chances das intervencões. “Diante da
situação, é imprescindível contar com ferramentas capazes de
diagnosticar a doença com antecedência e precisão”, conclui Salles. |
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