SAUDADE DA MÃE
Sob a coordenação da psicóloga clínica
Lisa Cohen, do Centro Médico Beth Israel, em Nova York, uma equipe de
profissionais examinou 123 adultos que sofriam de tricotilomania. Os
pesquisadores concluíram que em pelo menos 6% dos casos os sintomas
surgiram ainda na infância, antes dos 6 anos. Na maioria das situações,
porém, o arrancar de cabelos patológico se inicia na adolescência,
entre os 11 e 15 anos. Mas, ocasionalmente, o distúrbio se manifesta só
na idade adulta.
Não existe uma única causa para a
tricotilomania. Tanto aspectos psicológicos e sociais quanto
neurobiológicos e genéticos são considerados desencadeantes. Quase
sempre há uma combinação desses vários fatores. Além disso, o transtorno
não se apresenta de forma homogênea, mas pode ser subdividido em três
grupos.
O transtorno se inicia, pelo menos em parte dos
pacientes, devido a tensões dentro da família, problemas na escola ou
dificuldades de relacionamento com outras crianças. Paralelamente,
sentimentos depressivos, estresse e problemas para lidar com a raiva
também estão em sua base. O arrancar de cabelos é sentido então como uma
distração, um consolo capaz de minimizar a tensão, e é justamente esse
caráter prazeroso que reforça o comportamento. Nesse sentido, a
tricotilomania serve para regular estados emocionais desagradáveis, dos
quais os pacientes nem sempre se dão conta claramente. Muitas vezes,
brincar com os fios entre os dedos e tocá-los com os lábios remete a uma
sensação de aconchego experimentado quando a pessoa ainda era bebê e
tocava os cabelos da mãe ao ser amamentada ou apenas aninhada no colo.
Do site: www.mentecerebro.com.br
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