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Analisar os próprios erros com generosidade, mas sem poupar críticas, pode trazer benefícios terapêuticos | ||||||
“Não se trata de ter pena ou ser complacente. Compaixão é tentar entender a dor do outro e ajudá-lo a enxergar atitudes que contribuem para o sofrimento”, define a psicóloga Kristin Neff, professora da Universidade do Texas, especialista no tema, que acompanhou o trabalho do grupo. Estudos anteriores mostram que pessoas com autocompaixão evitam críticas duras e generalizações negativas sobre si e sobre os outros. “Elas têm maior tendência a encarar os erros como aprendizado”, diz a psicóloga, ressaltando que isso não significa serem condescendentes com o que desaprovam. Várias pesquisas revelam que pessoas excessivamente críticas e as que revelam autocompaixão têm, em média, desempenho acadêmico e profissional semelhante – com a diferença de que as últimas reagem melhor quando não conseguem atingir algum objetivo. Segundo Kristin, isso ocorre porque elas não associam o sentimento de valor pessoal ao sucesso. Em outro estudo da Universidade da Califórnia, voluntários disseram se sentir melhor depois de escrever cartas de apoio a pessoas que viveram experiências traumáticas, como machucar alguém em um acidente de trânsito. “Como muitos de nós descobrem intuitivamente, aproveitar oportunidades de ajudar os outros desvia o foco de problemas pessoais e, muitas vezes, revela que algo que antes considerávamos uma tragédia na verdade não é”, explica uma das autoras da pesquisa, Juliana Breines. E cultivar a autocompaixão, segundo Kristin, pode ser mais simples do que parece. Ela menciona um experimento que mostra que envolver os braços ao redor do próprio corpo, em um generoso “autoabraço”, nos deixa mais propensos a agir gentilmente. | ||||||
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