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Experiências dolorosas afetam os cromossomos
Vítimas de agressão durante a infância podem ter maior vulnerabilidade a doenças
Zentilia/Shutterstock |
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Crianças que vivenciaram episódios de violência doméstica têm, em média,
as extremidades dos cromossomos – chamadas telômeros – mais reduzidas,
descobriram neurocientistas da Universidade Duke. O grupo coordenado por
Idan Shalev investigou o DNA de 236 meninos e meninas britânicos, aos 5
anos e depois aos 10. Nesse meio-tempo, os pesquisadores perguntaram
regularmente às mães se seus filhos testemunharam ou foram vítima de
qualquer tipo de agressão verbal ou física dentro de casa. Shalev também
levantou informações sobre possíveis assédios na escola. De acordo com a
análise genética, crianças que enfrentaram mais de duas dessas
experiências, consideradas altamente estressantes, apresentaram
telômeros muito menores que as que viviam em ambiente pacífico.
O
encurtamento das pontas dos cromossomos é um efeito característico do
envelhecimento celular. Assim, as crianças de 10 anos que viram a
violência de perto seriam biologicamente “pré-idosos”, o que pode
explicar, segundo os pesquisadores, sua maior vulnerabilidade a doenças.
Os telômeros selam a cadeia de DNA como os invólucros de plástico na
ponta de cadarços. A cada divisão celular os cromossomos perdem um pouco
de sua proteção telomérica, de forma que chega um momento em que as
células não podem mais se dividir. Estudos já comprovaram que as tampas
protetoras do DNA diminuem com o aumento da idade biológica e são
influenciadas por fatores como tabagismo e obesidade.
Do site: www.qualidadebrasil.com.br
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