sábado, 25 de agosto de 2012

O que você faria sendo possível voltar no tempo?



Buscava inspiração para escrever algo relacionado com a importância de valorizar cada oportunidade da vida, quando decidi assistir novamente o filme “O Homem do Futuro”. Na trama dirigida por Cláudio Torres, o talentoso ator Wagner Moura, interpreta Zero, um cientista professor de física, que cria junto com um amigo, um aparelho para revolucionar a geração de energia.

Quando vai testar o acelerador de partículas, descobre que inventou uma máquina do tempo, permitindo retornar 20 anos, quando foi humilhado publicamente durante um baile da universidade, na qual perdeu Helena (Alinne Moraes), sua eterna paixão. Usando a máquina do tempo e retornando ao passado, dispõe da chance de interferir no próprio destino. Entretanto, ao regressar para o período presente, descobre que sua vida mudou por completo, sendo necessário encontrar uma maneira eficaz para mudar novamente sua própria história. Imagine como seria você, com a conveniência de usar um equipamento como este? O que você faria sendo possível voltar no tempo?

O lamento atrasa o processo criativo

Tive a honra de entrevistar, no meu livro “Oportunidades”, o premiado humorista Shaolin (Francisco Jozenilton Veloso), que dotado de grande capacidade para assimilar costumes e mazelas da sociedade, difundiu o contagiante humor popular brasileiro.

Mas uma pergunta, em especial, marcou bastante a entrevista, quando questionei se, em um passe de mágica, fosse possível viajar de volta 10 anos, que conselho o Shaolin daria a si, sobre o relacionamento com a família, com os amigos e sobre sua paixão ao trabalho humorístico? A resposta é digna de um homem vitorioso, afirmando que “não teria esperado tanto tempo para entrar de cabeça no humor, não teria temido o que a família iria pensar sobre as fraquezas pessoais e não teria chorado nas etapas fracassadas da vida, pois o lamento atrasa a criatividade. Se pudesse viajar de volta 10 anos no tempo, eu teria perguntado mais e respondido menos”. Reflita que ao lastimar suas experiências anteriores, você intrinsicamente acaba gerando um sentimento de culpa, produzindo mais frustações, angústias e bloqueios mentais. Se um atleta assistir sua última competição, para somente encontrar justificativas de sua derrota, não encontrará entusiasmo para projetar melhorias.

Faça o seguinte exercício, perguntando a alguém que está do seu lado, o que faria se pudesse voltar ao tempo? Pare alguns segundos e responda o que você faria se conseguisse voltar os ponteiros do relógio? É incrível, como há pessoas que vivem arrastando lembranças tristes passadas, deixando de abraçar o presente e projetar um vindouro momento promissor.

O filme “O Homem do Futuro” e a trilha sonora “Tempo perdido”, da Banda Legião Urbana, são ingredientes de estímulo para acreditar que, indubitavelmente, algumas lembranças podem ser dolorosas, amargas e improdutivas. Como não é possível entrar em uma máquina do tempo e, alterar sua história, lembre sempre que a pessoa rancorosa vive continuamente citando fatos do passado, o indivíduo ansioso quer estar no futuro neste instante, mas o ser humano prudente aproveita o período presente para ser feliz. Defendo que somos pessoas feitas de passado, mas acredito que a principal pessoa beneficiada em viver o presente é você. Levante seus olhos para novas oportunidades e descubra que é mágico viver. Vamos tentar?

Dalmir Sant’Anna  |  Publicado em: 12/07/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

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