sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Prevenção de transtorno mental

31 de julho de 2012, do site: www.mentecerebro.com.br
Pesquisadores de universidades paulistas criam programa de prevenção de transtorno mentais em jovens
Acompanhamento sociopsicológico pretende identificar sintomas precoces entre 10 e 24 anos
 
© Nemke/Shutterstock

Cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade de São Paulo (USP) e da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (FMRP) lançaram um projeto para criar um centro de apoio sociopsicológico para acompanhar jovens expostos a fatores de risco para desenvolver dependência química e transtornos mentais, como convivência com violência e drogas.

Chamado provisoriamente de “Espaço Cuca Legal”, o futuro centro de tratamento vai dispor de atividades socioeducativas, como oficinas de leitura, teatro, música e esportes, com acompanhamento de equipe multidisciplinar. Os pesquisadores acreditam que a orientação sobre comportamentos sexuais saudáveis, o estímulo a atividades físicas e esportivas e socioculturais e a conscientização sobre os riscos do consumo de álcool, drogas e o tabagismo na adolescência, podem mudar o comportamento dos jovens e inibir ou retardar o desenvolvimento do surto psicótico.

Um projeto piloto será feito com jovens na região de Vila Maria, zona Norte de São Paulo, que possui cerca de 300 mil habitantes e onde foi criada uma área de capacitação. A ideia é dividir a região em seis áreas (50 mil pessoas cada), que serão mapeadas por agentes de saúde para identificar os casos mais emergentes e encaminhá-los para atendimento no centro de prevenção,

Cerca de 30% dos paulistas apresentam algum distúrbio psíquico, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Centros de pesquisas de várias partes do mundo indicam que patologias, como depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar, eclodem principalemente durante a adolescência, entre os 10 e 24 anos. A falsa impressão de que os jovens são sempre muito saudáveis, além do estigma das doenças mentais, contribuem para retardar o diagnóstico e o início do tratamento, o que agrava o problema e traz repercussões por toda a vida.

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