Estudo mostra que pequenas ofertas altruístas “autorizam” algumas atitudes menos nobres
© Glenda M. Powers/Shutterstock |
O psicólogo Kendall Eskine mostrou a voluntários fotos de três tipos de comida: alimentos certificados como orgânicos (ou seja, produzidos sem agrotóxicos e com menos impacto ambiental), guloseimas industrializadas e produtos “neutros”, como arroz e feijão. Em seguida, os participantes leram histórias de pessoas que se comportaram imoralmente – um assaltante de loja, por exemplo – e avaliaram, seguindo uma escala, quão reprovável era, em sua opinião, a ação do protagonista.
Por fim, Eskine perguntou aos voluntários, aparentemente de forma casual, se teriam tempo para participar de outra pesquisa, dessa vez sem remuneração. O psicólogo considerou as reações espontâneas para medir a “disposição em ajudar” dos participantes e, como esperava, os que viram imagens de produtos ecologicamente corretos se mostraram menos dispostos a sacrificar seu tempo. De maneira similar, seus julgamentos a respeito do personagem que agia imoralmente também foram mais severos. A mera contemplação de produtos orgânicos fez com que as pessoas se sentissem mais íntegras – e diminuiu sua propensão a um comportamento altruísta, de acordo com Eskine. “Uma boa ação produz na ‘conta moral interna’ um saldo positivo e justifica, assim, um subsequente egoísmo”, diz.
Do site: www.mentecerebro.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário