sábado, 20 de outubro de 2012

QUANDO O ESTRESSE PENETRA NA PELE (4/5)



= continuação =

Inflamação e coceira

A neurodermite (ou dermatite atópica) é uma das doenças da pele mais frequentes. Segundo dados do Censo Dermatológico da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBFD), é a 11ª doença, entre 25 patologias da pele, que mais atinge 2,4% dos brasileiros. Quando se trata de crianças e jovens até 14 anos o percentual sobre para 13,7%, ocupando o segundo lugar, atrás somente da acne (14%). Os principais sintomas são pele muito seca sensível, eczemas inflamatórios e forte coceira. As crises costumam  ser desencadeadas pelo contato com produtos químicos (usados para limpeza, por exemplo), com superfícies e roupas ásperas, calor ou frio. Infecções, tensão e sobrecarga emocional podem deflagrar o problema. A dermatologista Sílvia Roberta Tirelli Rocha, membro a Sociedade Brasileira de Dermatologia, também enfatiza o estresse com um fator importante no agravamento da dermatite atópica. Portanto, aprestar atenção nos momentos me que a manifestação alérgica se apresenta pode ajudar a direcionar o rumo do tratamento.

As marcas do vitiligo

A palavra latina, da qual deriva “vitiligo” significa “mancha branca na pele”, a palavra vitium,  defeito físico ou “falta “ – aliás, do ponto de vista psicológico, esta última associação é bastante compatível com os sentidos dessa doença autoimune. Afinal é consenso que os sintomas aparecem vinculados a situações de estresse, ligadas a vivências de ameaça ou perda de algo ou alguém muito querido.
A alteração na pigmentação da pele é clinicamente caracterizada pela acromia (aparecimento de pontas claras). Segundo a dermatologista americana Caroline Koblenzer, experiências estressantes, que parecem excessivas para o psiquismo, aniquilam as defesas orgânicas, fazendo com que apareça uma espécie de falha do mecanismo de enfrentamento. Esse processo ativa “medias de emergência”, transmitidas neurologicamente, que alteram o equilíbrio biológico, fazendo com que a surja doença de pele.
Para controle do vitiligo são utilizados atualmente tratamentos à base  de laser combinados com técnicas de relaxamento e acompanhamento psicológico (que ajuda a pessoa a lidar não apenas com a patologia em si, mas com fatores que possam ter construído para o seu aparecimento).  

Da revista Mente & Cérebro n° 235, setembro/2012

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