= continuação =
Inflamação e
coceira
A
neurodermite (ou dermatite atópica) é uma das doenças da pele mais frequentes.
Segundo dados do Censo Dermatológico da Sociedade Brasileira de Dermatologia
(SBFD), é a 11ª doença, entre 25 patologias da pele, que mais atinge 2,4% dos
brasileiros. Quando se trata de crianças e jovens até 14 anos o percentual sobre
para 13,7%, ocupando o segundo lugar, atrás somente da acne (14%). Os
principais sintomas são pele muito seca sensível, eczemas inflamatórios e forte
coceira. As crises costumam ser
desencadeadas pelo contato com produtos químicos (usados para limpeza, por
exemplo), com superfícies e roupas ásperas, calor ou frio. Infecções, tensão e
sobrecarga emocional podem deflagrar o problema. A dermatologista Sílvia
Roberta Tirelli Rocha, membro a Sociedade Brasileira de Dermatologia, também
enfatiza o estresse com um fator importante no agravamento da dermatite atópica.
Portanto, aprestar atenção nos momentos me que a manifestação alérgica se apresenta
pode ajudar a direcionar o rumo do tratamento.
As marcas do
vitiligo
A palavra
latina, da qual deriva “vitiligo” significa “mancha branca na pele”, a palavra vitium,
defeito físico ou “falta “ – aliás, do ponto de vista psicológico, esta
última associação é bastante compatível com os sentidos dessa doença autoimune.
Afinal é consenso que os sintomas aparecem vinculados a situações de estresse,
ligadas a vivências de ameaça ou perda de algo ou alguém muito querido.
A alteração
na pigmentação da pele é clinicamente caracterizada pela acromia (aparecimento
de pontas claras). Segundo a dermatologista americana Caroline Koblenzer,
experiências estressantes, que parecem excessivas para o psiquismo, aniquilam
as defesas orgânicas, fazendo com que apareça uma espécie de falha do mecanismo
de enfrentamento. Esse processo ativa “medias de emergência”, transmitidas
neurologicamente, que alteram o equilíbrio biológico, fazendo com que a surja
doença de pele.
Para
controle do vitiligo são utilizados atualmente tratamentos à base de laser combinados com técnicas de
relaxamento e acompanhamento psicológico (que ajuda a pessoa a lidar não apenas
com a patologia em si, mas com fatores que possam ter construído para o seu
aparecimento).
Da revista Mente & Cérebro n° 235, setembro/2012
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