quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O tempo e as jaboticabas


(Foto do blogueiro = a foto e o pé de jaboticaba também!!!)

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de confrontação, onde tiramos fatos a limpo. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.

O essencial faz a vida valer a pena.

Autor: Pedro L Ribeiro, extraído do livro Eu creio mas tenho dúvidas, página 107.

Novamente: O que é essencial para você?

Tantas coisas... Justamente por isto, devemos ter foco, devemos priorizar, devemos buscar aquilo que queremos. Aliás, como bem diz Wayne Dyer: mantenha seu foco naquilo que você quer, jamais no que você não quer, ou não tem.

Perder tempo em reuniões intermináveis? Pra que? Ou fazemos pauta, controlamos tempo, organizamos, ou não vale a pena.

Perder tempo com pessoas que querem apenas desculpas? Quem quer, vai lá e faz. Quem não quer, arruma desculpas.

Perder tempo com ego das pessoas? Pra que? Precisamos de pessoas que entendam o foco da empresa e lutem por ela, jamais o contrário.

Em resumo, perder tempo pra que? Aproveite o seu tempo para produzir o melhor e depois curtir o que a vida tem de melhor, que é aquilo que você considera realmente essencial...

Pense nisto.


Gustavo Rocha, em 26/10/201, no site: www.qualidadebrasil.com.br

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