terça-feira, 30 de novembro de 2010

A arte de Pierre-Auguste Renoir (17)

CIÊNCIA DO NEUROMARKETING: QUE FUTURO?


Publicado em 6-Nov-2010, por Nelson S. Lima


O que é exatamente o neuromarketing?
O neuromarketing é uma disciplina que procura compreender melhor os estímulos relacionados com o consumo no sistema cérebro/mente do consumidor. Na verdade, o que se pretende com o neuromarketing é ir além daquilo que os estudos de comportamento e das reações do consumidor revelam. Usa aparelhagem de neurotecnologia para pesquisar o cérebro e suas atividades em momentos de escolha.

É possível separar as emoções da razão no momento da escolha ou o homem não é sempre racional nas suas opções?
A racionalidade pura não existe a não ser num campo muito restrito de escolhas, provavelmente naquelas que contêm menor risco. Qualquer escolha comporta espetativas e a obtenção de resultados. Envolve, por conseguinte, sempre um certo nível de risco. Toda a análise que um consumidor faça sobre o que que estiver em jogo numa qualquer compra pretende ser objetiva e isenta de devaneios. Mas não consegue abstrair-se, mesmo que inconscientemente, do universo das sua emocionalidade. Antigamente acreditava-se que era de forma quase linear e lógica que as decisões de compra se faziam. Hoje sabe-se que mesmo as decisões menos exigentes são infiltradas pelos estados emocionais do momento e dos sentimentos de fundo presentes durante os processos de compra (observação, análise, comparação, avaliação dos riscos, etc., etc.), tanto do consumidor como daqueles que o rodeiam e que o podem influenciar nas suas preferências e escolhas.

Metas futuras do neuromarketing e o que pode reservar esta nova disciplina para o futuro?
Não estou totalmente convencido que o neuromarkting possa ir muito mais longe do que aquilo que hoje se conhece. A massificação do consumo está em declínio e assistiremos cada vez mais a uma pulverização de produtos e marcas que terão de lutar taco a taco para conquistar os consumidores. O que as neurociências poderão fazer no auxílio do marketing é testar ideias, produtos e mensagens com vista a encontrarem-se as melhores soluções, mas ficarão de fora sempre muitos aspetos que são totalmente do domínio da psique individual e que, para já, nenhuma neurotecnologia é capaz de invadir e isolar para efeitos de observação.

O neuromaketing é correto do ponto de vista ético?
Até ao momento não consta que as experiências de neuromarketing tenham criado problemas de natureza ética, se bem que algumas pessoas menos informadas receiem que colocar o cérebro do consumidor sob auscultação eletrónica signifique invadir e prescrutar os seus pensamentos e sentimentos. Eu diria, com algum cepticismo, que o neuromarketing, tal como hoje se encontra, tem mais interesse académico e científico do que verdadeiramente prático e utilitário para as empresas.



Porquê o neuromaraketing?

Quanto mais se sabe sobre o funcionamento do cérebro melhor se compreende o comportamento humano, em especial aquilo que o origina e os mecanismos neurais (de neurónios) envolvidos.

Nosso mundo está marcado pela velocidade de mudança, gerações sobrepostas, aumento do leque de escolhas, estilos de vida muito diversificados, aumento do poder do conhecimento, mais informação e mais tecnologia. Os efeitos que estas forças de mudança exercem nos consumidores fazem com que os comportamentos sejam cada vez mais heterogêneos. Estamos lentamente saindo de uma sociedade massificada para um mundo individualizado onde cada consumidor tem o poder de influenciar amplas comunidades de pessoas através, por exemplo, das redes sociais hoje vulgares na internet.



Nelson S Lima

Ceo do Instituto da Inteligência Europa

Diretor Nacional da EURADEC Inglaterra *

Associação Europeia para o Desenvolvimento da Educação e da Cidadania

Diretor de Investigação em Psicologia da EURADEC Alemanha (sede)

www.euradec.eu

www.infoinstitutodainteligencia.com

Fonte: www.gestopole.com.br

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A arte de Pierre-Auguste Renoir (16)

Se um cachorro fosse professor...



Se um cachorro fosse professor, você aprenderia coisas assim:

Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.

Nunca perca uma oportunidade de ir passear.

Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.

Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.

Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.

Corra, pule e brinque todos os dias.

Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.

Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.

Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore.

Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.

Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado...volte e faça as pazes novamente.

Aproveite o prazer de uma longa caminhada.

Se alimente com gosto e entusiasmo.

Coma só o suficiente.

Seja leal.

Nunca pretenda ser o que você não é.

E o MAIS importante de tudo....

Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.

A amizade verdadeira não aceita imitações!!!

E NÓS PRECISAMOS APRENDER ISTO COM UM ANIMAL QUE DIZEM SER IRRACIONAL!!!!

Bons Tempos Quando Só Tinha Correio

Uma vez por dia, nossos pais iam para a caixa postal na frente da casa retirar as cartas que o carteiro deixava todo santo dia.

Carteiro

Hoje fazemos a mesma coisa, mas não é mais a única coisa que precisamos controlar. Nossos amigos hoje se comunicam conosco por 14 outros canais de comunicação, e é pecado mortal não responder em uma hora.

Pecado mortal se você deixou o celular desligado e não respondeu o SMS em cinco minutos.

Cataloguei os locais em que preciso ficar atento todo dia, para saber se alguém está querendo se comunicar comigo, e eu posso não estar prestando atenção.

1. Verifico umas cinco vezes por dia se chegou algo pelo fax.

2. Verifico sempre que chego em casa se não tem alguma mensagem na caixa eletrônica do telefone.

3. Verifico sempre que chego em casa se não há nenhum recado de um amigo.

4. Entro nos meus emails no computador central.

5. De vez em quando, verifico no escaninho Spam ou Lixo se não tem email de um amigo erroneamente desclassificado.

6. Faço isto com o meu gmail, e outros emails que eu criei não sei porquê.

7. De vez em quando, entro no meu email antigo da faculdade cuja senha sempre esqueço.

8. Felizmente, meu celular avisa quando eu recebo um SMS, mas nem sempre tenho o meu celular ao lado, por isso é bom verificar de tempos em tempos.

9. Idem com as Direct Messages no Twitter.

10. Idem com as Mensagens via Skype.

11. Idem com as Mensagens via Google Mail.

12. Idem com as Mensagem via LinkedIn.

13. Idem com as Mensagens via Facebook.

14. De vez em quando, verifico as mensagens que ficaram na caixa eletrônica do celular.

15. Além do correio, que agora fica na portaria.

Pior, quando se recebia cartas pelo correio as malas diretas representavam somente 10% dos recebimentos, porque mala direta custava caro. Hoje, 90% do que eu recebo é SPAM.

O segredo de todo canal de comunicação é só ter um canal para todo mundo.

Dezenas de canais, como dezenas de idiomas, significam que ninguém vai voltar a se comunicar direito.

Achei que a internet veio para simplificar as nossas vidas, mas isto não aconteceu. Que saudade tenho do correio!


Do blog do Stephen Kanitz



domingo, 28 de novembro de 2010

Mensagens para o inconsciente (4)


Como os estímulos subliminares
influenciam as nossas decisões


Os cientistas desenvolveram um critério mais rigoroso que o limite de tempo, no qual um
símbolo pode ser considerado "subliminar". Se, por exemplo, o "4" aparece por um segundo
na tela, é percebido conscientementel. Mas se o temo de exibição for reduzido, chega-se a
um patamar limite e quem observa garante que não enxerga nenhum número.Ainda assim, caso
se deva advinhar se o número mostrado é inferior ou superior a "5", a resposta é descoberta
com frequência superior à média: evidentemente, quem olha enxerga alguma coisa sem se dar
conta.
Portanto, uma percepção é considerada subliminar mesmo se, como no caso descrito, os
participantes adivinham só por acaso. O número não deve aparecer na tela por mais de 30
milissegundos. Além disso, deve ser logo "disfarçado" por uma faixa com uma série de letras
colocadas por acaso. É assim que os pesquisadores definem esse artifício - caso contrário
a imagem que fica na retina poderia ter uma impressão fixa. Assim sendo, a estante de
Huckabee estava muito acima desse limite da percepção.


Extraído da revista Mente & Cérebro n°214, novembro/2010

O que será o amanhã?




Publicado em 31-Oct-2010, por Laercio Pimentel



Quando ouço falar em Sustentabilidade, vem à mente: será que estamos fazendo as perguntas certas? Será que estamos realmente educados para preencher as necessidades de nossos tempos? Será que temos a real dimensão do quanto é importante para a continuidade do mundo – pelo menos dentro dos padrões que estamos acostumados a viver – a criação de uma nova cultura social?

São muitas discussões sobre quem será o melhor presidente, porém, na contramão da evolução social, conduzimos nossas fracas lideranças para temas que já deveriam estar sepultados há pelo menos centenas de anos. A discussão sobre aborto, crenças religiosas e temas afins não poderia ser pauta de um plano de governo do século XXI, nem tampouco ser a bússola condutora dos rumos do país. Mas como o tema é de valor significativo para a maioria – segundo pesquisas –, os candidatos por sua própria condição de “eleição a qualquer custo” são submetidos, e se submetem, aos imbróglios messiânicos de nossa época.

Estamos vivendo tempos cruciais para a sobrevivência de nossos sucessores neste planeta. Tudo o que fizermos de hoje em diante, até 2012, será determinante para que haja algum futuro ou futuro nenhum. O alerta foi de Rajendra Pachauri, então presidente da Assembleia da ONU, no sumário final do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em 2007.

Sabemos que é impossível interromper as emissões de CO? bruscamente. Contudo, caso cresçam à metade da taxa projetada, “o efeito cumulativo do aquecimento, por volta de 2100, será uma elevação de 3 a 5°C na temperatura, em relação à época pré-industrial”, segundo apontamentos do relatório da Sigma Xi (Sociedade de Pesquisas Científicas). Isto poderia provocar elevações do nível dos mares, secas e inundações em escala bíblica, comprometendo a habitabilidade do planeta. Esta é uma previsão otimista frente ao prognóstico de muitos climatologistas, que apostam numa elevação de temperatura bem maior.

Então vem a pergunta: o que podemos fazer? Ou melhor: o que devemos fazer? Primeiro, entender definitivamente que a responsabilidade é de todos: governos, empresas, sociedade. Segundo, mais uma vez a transformação de nossa sociedade só acontecerá por meio de duas forças: as guerras ou a educação – não é preciso ser muito inteligente para dizer qual seria o melhor caminho. Diante disso, é necessário investir maciçamente num plano de educação sustentável para garantir a manutenção do planeta, caso contrário, não haverá espaço para nenhum outro tipo de investimento onde quer que seja.

A política de investimento para a implantação do plano de educação sustentável deve contemplar escolas de ensino fundamental, médio e universitário; empresas; associações e entidades de classes; campanhas na mídia; enfim, todos os meios e oportunidades para a difusão de uma nova cultura.

O momento é agora! Nem amanhã, nem depois. Como sugere o lema da Sigma Xi: “evite o incontrolável e controle o inevitável”. O amanhã agradece.


Fonte: www.gestopole.com.br



A arte de Pierre-Auguste Renoir (15)

Liberdade


Às vezes, as correntes que nos impedem de ser livres, são mais mentais do que físicas!!!

sábado, 27 de novembro de 2010

NOVOS DESAFIOS À INTELIGÊNCIA



Publicado em 30-Oct-2010, por Nelson S. Lima




A sorte apenas serve aos audazes. As previsões, por sua vez, são muito falíveis porque o futuro é incerto e teimosamente... imprevisível. Confie mais na inteligência e no conhecimento. Essa dupla é a chave para o futuro.

Num momento crucial da Humanidade, em que diversas crises se sobrepõem, podemos constatar que está eminente uma rutura com velhos paradigmas. Novas formas de trabalhar e novos modelos de organização e gestão de tudo quanto leva a assinatura humana (governação, politica, economia, saúde, etc.) têm de ser re-equacionados e de forma urgente. Já todos percebemos isso agora que nos afundamos todos os dias em notícias e mais notícias de infortúnio e incerteza.

Não podemos confiar mais nos velhos e desgastados modelos mentais que nortearam a sociedade humana até ao ponto de rutura e de falência em que vivemos.

A crise de que todo o mundo fala foi despoletada por um conjunto de fatores que já se fazia anunciar há dezenas de anos, mas que poucos se aperceberam. Não é uma crise económica. Esta é apenas uma consequência. E de quê?

O homem transformou o mundo, incluindo a Natureza, mas foi ultrapassado pela velocidade da mudança dos acontecimentos. E foram poucos aqueles que entenderam o que realmente estava a mudar em nossas vidas e as consequências daí resultantes. Foi pura ignorância e desatenção porque temos andado muito distraídos com as nossas preocupações pessoais. Quem leu Alvin Toffler em O CHOQUE DO FUTURO (1975) ou A TERCEIRA ONDA (1985) estava ciente dessas transformações.

Muitos dos nossos políticos e governantes, e outros detentores do poder, mostraram frequentemente a sua impreparação para lidar com os novos desafios. Há, por isso, também uma crise de competência e de inteligência.

Foi assim que milhões depositaram suas esperanças em B. Obama vendo nele um homem do futuro. Terá sucesso? Deixá-lo-ão governar e ser fiel à sua visão, à sua ideia de um mundo novo e à sua marca de governação? E, no Brasil, como será agora?

A verdade é que a Humanidade continua confiando em demasia nos poderosos e certos líderes mais ou menos carismáticos, especialmente no mundo da política. O cidadão ainda não sabe muito bem avaliar o seu próprio poder e muito menos usá-lo. Estamos ainda dependentes de uma mentalidade medieval que nos faz agir como subdítos subservientes.

Teremos de ser nós todos a lutar por um mundo melhor, reclamando novas políticas, novos governos, novas administrações. Isso talvez exija novos políticos, novos governantes, pois a grande maioria dos que conhecemos já mostraram as suas reais capacidades. E, desses, não poderemos esperar mais do que aquilo que já fizeram. Precisamos de novos políticos e novas políticas em todo o mundo.

Estamos pois no limiar de uma revolução - de mentalidades, de ideologias, de comportamentos.

O século XXI vive esse extraordinário desafio: revelar-se uma nova Era onde os nossos medos e inseguranças serão vencidos ou, pelo contrário, tornar-se numa Era de penumbra e desmantelameno de ideais, sonhos e ambições.

Tudo isto constitui, afinal, uma provocação à inteligência de cada um de nós! Saibamos usá-la!





Nelson S Lima

nelsonlima@europe.com

Diretor Nacional da EURADEC Inglaterra*

Investigador da EURADEC Alemanha*

CEO do Instituto da Inteligência Portugal

Palestrante

*EURADEC Associação Europeia para o Desenvolvimento da Educação e Cidadania

Sede: Berlim, Alemanha


Fonte: www.gestopole.com.br

A arte de Pierre-Auguste Renoir (14)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Educação e Sustentabilidade



Publicado em 1-Nov-2010, 1:04 PM por Edson Dos Anjos Anjos



Educação e sustentabilidade

Sustentabilidade é a habilidade, no sentido da capacidade, de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém.

Em anos recentes, o conceito tornou-se um princípio, segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras o que requer a vinculação da sustentabilidade a longo prazo.

A sustentabilidade é um ideal sistemático que se perfaz principalmente pela ação e pela constante busca entre desenvolvimento econômico e ao mesmo tempo preservação do ecosistema.

Pois os alunos da escola Instituto Estadual de Educação Aimone Soares Carriconde, na cidade de Arroio Grande, no estado do Rio Grane do Sul, sob a coordenação dos professores Arlete Gomes Botelho, Jaqueline D'Avila, Luciana Freitas, Paulo Sérgio Garcia Prestes e Maria Regina Araújo apresentaram na VII Multifeira da escola o projeto "Lixo, o Bicho-Papão do futuro".

Na oportunidade foi colocado pelos alunos a importância da coleta seletiva no município, o que ocorrerá a partir do ano de 2011 e a conscientização da população para que esta alcance o seu principal objetivo que é o maior aproveitamento possível de materiais recicláveis, ficando assim um número reduzido de materiais destinados a célula de decantação a qual não tem aproveitamento nenhum, o que só vem a acrescentar em uma melhor qualidade de vida econômica e social desta população, bem como a preservação do meio ambiente na região.

Atitudes como esta fazem com que nossas crianças comecem a preocupar-se com a sustentabilidade do planeta desde cedo para que no futuro tornem-se jovens e adultos conscientes da importância da preservação da vida no planeta.

A vida na Terra agradece!!!!



Arlete Gomes Botelho

Pedagoga, Fundação Universidade do Rio Grande- FURG

Edson dos Anjos – Consultor de Empresas

Do site: www.gestopole.com.br

A arte de Pierre-Auguste Renoir (13)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mensagens para o inconsciente (3)


Como os estímulos
subliminares
influenciam nossas decisões



Para o cinquentenário de "Coma pipoca e beba Coca-Cola", em 2007, o psicoterapeuta Jim Brackin, especialista em publicidade e hipnose, realizou uma experiência similar em um congresso de marketing em Istambul. Usando imagens subliminares, divulgou o produto inexistente, Delta. Após a projeção, os 400 congressitas tinham de escolher entre o Delta e outro produto, Theta. Resultado: 81% escolheu a primeira opção. Mas nunca se procedeu a uma comprovação - normalmente usada nos estudos científicos - para estabelecer se a mesma experiência sem as mensagens subliminares poderia trazer um resultado diferente.

No final de 2007, suspeitou-se que o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos,
Mike Huckabee tivesse procurado manipular os eleitores durante a propaganda eleitoral. No
centro das suspeitas havia uma estante de livros branca, visível na propaganda atrás de
Huckabee. Com a ajuda do enquadramento e de um pouco de boa vontade, os eixos horizontais
e verticais da estante formavam uma cruz. A acusação feita ao ex-pregador batista era de que
ele pretendia associar, na mente do público, a própria imagem a um símbolo cristão. Aqui,
porém, o termo "subliminar" é insuficiente. Em latim, sub limen significa "sob o limite" e
se refere a estímulos tão fracos a ponto de não serem percebidos conscientemente; mas a
estante "em cruz" era bem reconhecível pelos espectadores.


Extraído da revista Mente & Cérebro n°214, novembro/2010

A arte de Pierre-Auguste Renoir (12)

Todos são quem dizem ser?



Publicado em 27-Oct-2010, por Fernando Adas





Você viu a Angelina “Salt” Jolie no cinema? Se viu, certamente saiu com desejos de “quero mais”. Se não viu ainda, precisa assistir para entender uma das frases mais simples e perturbadoras do filme: “acha que todos são quem dizem ser?”

Sabemos que as pessoas pensam em algo, dizem uma outra, fazem uma terceira e consideram-se muito coerentes. Com os produtos e serviços que consumimos ocorre o mesmo. Quantas vezes você viu um comercial, leu um folheto ou até recebeu uma ligação simpática oferecendo-lhe uma experiencia inesquecível com determinada marca?

Outro dia, recebi um material de divulgação bastante sedutor. Apresentava-me um empreendimento imobiliário localizado em bairro nobre e região ainda pouco explorada. O lançamento trazia ares de inovação e exclusividade. Meu nome havia sido selecionado para a inauguração, por me considerarem, assim também, vamos dizer “vip”. Além do folder de grafismo moderno, recebi um DVD com imagens de projetos similares em outros paises e um pen drive com algumas informações mais técnicas. Também havia uma taça linda de cristal com o nome do empreendimento e a letra “F”, de Fernando.

Com tantos estimulos emocionais, resolvi visitar o estande para entender melhor o que era realmente tudo isso que o projeto dizia ser. Ao chegar no local, me surpreendi com a quantidade de “vips” também abordados. Muitas taças identicas à minha, traziam “A”, “B”, “C”, um alfabeto todo de “prospects” ávidos por conhecer o ineditismo da obra. Confesso que nesse instante, lembrei-me novamente de “Salt” e da linda “big lips” Jolie que, ao longo da história, parece ser americana, depois russa, depois americana, deixando-nos confusos sobre sua real identidade.

Assim também são as ações de marketing imobiliário, ora relacionais, ora promocionais. No começo da sondagem, sentimo-nos únicos. Somos abordados pelo corretor amigo que nos reservou aquela oferta exclusiva, apresentada na véspera do lançamento. Precisamos decidir rápido, pois os melhores apartamentos “derretem” em horas.

Caracteristicas do produto são apresentados de maneira ousada. Chave eletrônica, piscinas com fundo transparente, elevadores com iluminação indireta e que disfarçam imperfeições da pele, enfim, tudo nos dirige a um ambiente de exclusividade e personalismo. Ações que motivam o relacionamento com o futuro e potencial cliente. Entretanto, no show-room, surge o lado promocional e massificado da ação. Bandeiras trêmulas nas calçadas, recepcionistas sorridentes, coqueteis multicoloridos em clima de avant-première que te remetem a uma noite do Oscar.

Sabemos que a quantidade de prospects leva-nos à qualidade de cliente compradores e que precisamos gerar barulho no empreendimento, de modo que o mesmo pareça bem-sucedido em vendas ou gere formadores de opinião e indicadores de outros clientes potenciais. No Brasil, costuma-se praticar o marketing direto de massa, ou seja, adota-se as ferramentas de comunicação dirigida como o e-mail marketing, as cartas ou o telemarketing em ações com pouca segmentação. Se a comunicação é dirigida, pressupõe um público-alvo mais específico. Se a ação é de massa, melhor adotar a TV, rádio, jornal, revista ou panfletagem. Desta forma conegue-se focar melhor a oferta ao target através de um roteiro de abordagem mais eficaz.

Angelina Jolie levou um cachê de 20 milhões de dólares para filmar Salt. Dispensou dublês e praticamente “rouba” todas as cenas do filme. Faça o mesmo. Conquiste uma grande audiência de clientes. Basta escolher a personagem certa e manter o script adequado e coerente, ao longo de toda a evolução comercial, da taça de cristal à entrega das chaves.

Para relembrar ou se ficou curioso sobre o filme Salt, assista ao trailer aqui.



(meu artigo, publicado no Blog Fernandez Mera)


Fonte: www.gestopole.com.br


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O PODER DO SILÊNCIO


Publicado em 27-Oct-2010, por Nelson S. Lima



NÃO SEI SE JÁ DERAM CONTA que vivemos numa sociedade ruidosa que encobre muitos silêncios. O ruído da informação e de todos os estímulos que preenchem nossos dias (despoletando as mais diversas reações) fazem com que o silêncio - mesmo aquele que nos pode ferir - seja um bem (apesar de tudo) cada vez mais raro. Se bem que ele exista, está ocupado por ruído, muito ruído.

NÓS PRÓPRIOS somos fabricantes de ruído. Queremos algum silêncio mas temos celulares, televisões, automóveis e falamos muito. Distraímo-nos com os ruídos como se estivessemos em fuga de alguma coisa. Dos silêncios incómodos? Talvez. Muitas vezes optamos pelo ruído para que o silêncio não nos magoe, o tal silêncio que está vazio de palavras que nos fazem falta.

EXISTEM 2 COISAS que podem despoletar efeitos extraordinários na mente: a palavra e o silêncio. O poder da palavra já todos nós o experimentámos ou percebemos (basta lembrarmo-nos de pessoas como Churchill, Ghandi ou Obama). Em muitas profissões, a palavra é ferramenta de trabalho. Mas o silêncio...Já pensaram como o silêncio perturba e até magoa quando nele faltam as palavras de alguém?

O PODER DAS PALAVRAS nas células e na saúde. Porque as palavras traduzem acontecimentos, sentimentos (simpatia, amor, ódio, tristeza, deslumbramento, etc.) e saberes, elas exercem um efeito psicológico quando as ouvimos ou as lemos. Esse efeito gera pensamentos (dúvidas, certezas, etc.) e emoções. São estas que mergulham no sangue e chegam a todas as células do corpo com uma carga negativa, positiva ou, mais raramente, neutra.



SEJA FELIZ.





Nelson S. Lima

nelsonlima@europe.com

Inglaterra

Fonte: www.gestopole.com.br


A arte de Pierre-Auguste Renoir (11)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Hic et nunc



Publicado em 27-Oct-2010, por Raul Candeloro



- Peço um suco. Com gelo e sem açúcar. Vem com açúcar e sem gelo.

- Peço um refrigerante. Com gelo, sem limão. Vem com limão e gelo.

- Entro na loja de carros, o vendedor, depois de meia-hora, se despede sem perguntar meu nome (nem pegar meu telefone).

- Entro na academia e tem uma pessoa pedalando lentamente, falando pelo telefone. 15 minutos depois, ela continua falando pelo telefone, arrastando-se na bicicleta. Aí toca o SEGUNDO celular e ela atende também.

- Estou sentado assistindo uma palestra e tem um pessoal no fundo da sala batendo papo, contando animadamente o que fizeram ontem.

O que essas coisas todas têm em comum? Basicamente, essas pessoas estão ali, mas na verdade não estão. O corpo está fisicamente presente, mas a cabeça está em outro lugar. Parece o mal do século. A pessoa acorda de manhã e toma o café pensando no trabalho. Chega ao trabalho pensando no almoço. Almoça pensando na reunião da tarde. Vai à reunião pensando no jantar. Janta pensando no programa de tv. Assiste o programa pensando em dormir. E deve dormir sonhando com a manhã seguinte...

Ou seja, essa pessoa não esteve presente em quase nenhum momento. Parece que o agora é só uma ponte com o futuro, que é muito mais interessante e já vai chegar. E quando chega finalmente esse futuro, a pessoa já está com a cabeça em outro lugar.

A mesma armadilha pode acontecer com o passado – são pessoas que andam para a frente, olhando para trás. “Como foi legal, como foi ruim, se eu tivesse falado isso, se tivesse feito aquilo, etc.”. Viver olhando pelo espelho retrovisor também pode ser um problema.

Se não me engano, é Robert Wong quem usa o símbolo do infinito nas suas palestras. O símbolo do infinito é um 8 deitado – duas bolas grandes unidas por um pequeno ponto central. Esse pequeno ponto central é o ‘aqui, agora’ – o presente. A primeira bola grande é o passado e a outra é o futuro. Teoricamente vivemos no ponto central, que é o presente.

Mas se você analisar a vida da maior parte das pessoas, verá que na verdade passam a maior parte do tempo nas bolas, na frente ou atrás, no passado ou no futuro. Veja que nos dois casos temos basicamente um mundo de fantasia. O ponto central é apenas uma passagem incômoda com o que realmente interessa para essas pessoas, um outro lugar idealizado, um refúgio onde as emoções são mais intensas.

Isso explica em grande parte o marasmo que se encontra com parcela considerável dos vendedores, sejam novatos, que entraram em vendas para fazer um bico e ganhar alguns trocados, sejam veteranos, que cansaram e agora trabalham passivamente uma carteira de clientes que lhes dá um sustento razoável e pouco trabalho intelectual.

Não dá para atender um cliente pensando no outro. Nem falando no MSN, nem vendo fotos no Orkut, nem pensando na cerveja de hoje à noite (ou ontem, ou amanhã). Não dá para atender um cliente pensando que ele não vai comprar porque hoje ninguém comprou. Não dá para atender um cliente pensando que você precisa muito daquela venda para fechar sua meta, pagar uma conta ou coisa do estilo. Não dá para atender um cliente pensando que você precisa desligar logo, ou fechar a loja, ou ir visitar outro cliente em outro lugar.

Não adianta falar ‘eu amo vender’ se o vendedor começa a olhar o relógio 11:30 pensando que falta meia-hora para o almoço e só consegue pensar na folga e na comida. Ou se chega 17:45 e a pessoa já está pronta para ir embora. Ou se é quinta e o vendedor já está com a cabeça no final de semana. Ou se é dia 30 e a pessoa está com a cabeça no dia 5, que é pagamento de salário. Ou se... você provavelmente já entendeu...

Resumindo: precisamos de vendedores de corpo presente, mas alma também. Prestando atenção no momento, na pessoa à sua frente, no que realmente está acontecendo. Não com a cabeça em outro lugar. FOCO! Se você agora está aqui, esteja aqui, agora. E preste atenção!



Raul Candeloro

P.S. Uma pergunta interessante para se fazer de vez em quando: “estou realmente aqui agora?”.

do site:www.gestopole.com.br

A arte de Pierre-Auguste Renoir (10)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A arte de Pierre-Auguste Renoir (9)

Mensagens para o inconsciente (2)


Como os estímulos
subliminares
influenciam
nossas decisões



Quando falamos em estímulos subliminares, em geral pensamos em imagens que aparecem de forma tão fugaz a ponto de não serem percebidas pela consciência, mas que mesmo assim são capazes de influenciar nossas decisões. Alguns acreditam que esse recurso permite criar determinados estados de ânimo e até obter ganhos, influenciando as pessoas a fazer certas escolhas. Usada de forma indiscriminada, essa técnica poderia ser um risco nas mãos de publicitários e políticos. Os cientistas demonstraram que, porém, o efeito da percepção subliminar não é tão espetacular como durante muito tempo se acreditou.

Essas técnicas vieram à tona em 1957, com uma experiência desenvolvida pelo publicitário
americano James Vicary (1915-1977), especialista em pesquisa de mercado. Durante uma
projeção em um drive-in, ele exibiu - em velocidade muito alta, sem que o público notasse -
uma mensagem na tela: "Coma pipoca e beba Coca-Cola". Na ocasião, Vicary anunciou que o
sistema aumentou em 20% o consumo do refrigerante e em 60% o de pipoca. No entanto, cinco
anos mais tarde o próprio Vicary admitiu que nunca levara a cabo uma experiência nesses
moldes, e que queria apenas incrementar o faturamento de sua agência publicitária. Mas o
mito da manipulação inconsciente tinha nascido. Posteriormente, ele de fato fez uma
experiência em um cinema na presença de um grupo de jornalistas, mas os dados haviam sido
falsificados: o famigerado tactoscópio, aparelho que envia as breves mensagens, teria tido
seus dados fraudados.

Extraído da revista Mente & Cérebro n°214, novembro/2010

Reflexão


Publicado em 21-Oct-2010,
por Fabricio Barreto



Oi Gestopolitanos.... Fiz um curso pela FGV e no decorrer deste, conheci este texto, gostaria de multiplicar este conhecimento com vocês.

O poder de um sonho


Um dos maiores problemas do mundo atual não é conseqüência da globalização, da inflação ou da diferença social, mas sim a dificuldade que as pessoas têm de sonhar. Talvez seja este o maior drama vivido pelos jovens quando olham para seus pais, para a vida e, por não terem perspectivas futuras, agarram-se ao passado e começam a encarar a vida de forma pessimista, concluindo que sonhar não leva a nada, que é melhor não sonhar, para mais tarde não sofrer decepções.


Outro grave problema das pessoas, é que elas não realizam seus sonhos e contentam-se apenas em sonhar. Têm sonhos, mas não se propõem em transformá-los em realidade.

Uma das soluções para esse pessimismo generalizado está em recuperar a capacidade de sonhar do ser humano e também realizar tudo o que sua mente pede.


Mais do que qualquer outra sensação, é essencial que cada pessoa sinta que sua vida vale a pena.


Se você tem olhado sua existência como um fardo pesado de carregar, chegou a hora de ter fé na vida, em você e, principalmente, na sua capacidade de realização.

Vivemos um momento especialmente conturbado, onde a visão das organizações é incorporar, comprar, encampar ou associar. É muito mais fácil que começar do zero. Hoje, a velocidade das transformações políticas, econômicas, sociais e culturais nos conduzem a um túnel desconhecido e escuro, onde valores, metas e diretrizes tornam-se cada vez mais comprometidos. As pessoas começam a perder a esperança em si mesmas, no trabalho, no futuro de suas vidas e no próprio planeta.


No mundo dos negócios, esse descompasso crescente revela-se ainda mais.

As empresas são como uma espécie de termômetro da sociedade, indicando que algo está errado. Basta abrir os jornais para constatar a dura realidade: empresas promissoras fecham suas portas, concordatas e falências generalizadas, funcionários descontentes, consumidores desrespeitados.


Esses e muitos outros episódios negativos são sintomas de que as empresas estão doentes. Na verdade, apesar de todos os avanços, a filosofia administrativa adotada pela maioria das empresas não mais funciona no mundo atual. Muito além de uma gestão que cuide dos recursos humanos, precisamos de uma administração que se preocupe com o crescimento e a evolução de seres humanos.


Existe, pois, neste final de milênio, uma necessidade urgente de reinspirar os espíritos humanos.

Quando eu falo em espírito, não me refiro a fundamentos religiosos nem a qualquer seita em especial. Refiro-me à alma humana, essa chama intensa que nos move diariamente, nos menores gestos e ações, uma força que acorda e se deita conosco e, mesmo quando o corpo humano dorme definitivamente, ela não se dissipa, mantém-se acesa de uma forma diferente, em outro lugar.

Você deve estar se perguntando: mas como manter nossa capacidade de sonhar e realizar alimentos essenciais ao espírito em um mundo que a todo instante dilacera a nossa integridade?


A resposta é simples: assumindo a liderança espiritual.


O caráter de uma família, escola ou empresa, está inexoravelmente ligado a seu líder. O verdadeiro líder espiritual é aquele que conhece e vive segundo seus valores, haja o que houver, e faz isso abertamente para que outros se inspirem. Mesmo que você não faça parte da diretoria da empresa, pode disseminar idéias e valores entre os colegas de trabalho que estão à sua volta e são diretamente influenciados pelo que você pensa, faz ou diz.


O líder espiritual também pode ser chamado de realizador, pois consegue, por meio de suas realizações, liberar o que há de melhor nas pessoas e devolver a autoconfiança a seus companheiros. Uma vez acionado esse processo, as conseqüências são: maior orçamento, mais lucros, maior produtividade, maior empenho e, conseqüentemente, mais felicidade.


Os verdadeiros líderes vêem as empresas nas quais trabalham, não apenas como mera fonte de lucros, mas como um organismo vivo, uno, na qual cada pessoa, cada alma, exerce um papel vital. Ao menor sinal de problema, a engrenagem maior se vê perigosamente comprometida.


Por isso, o líder assume a responsabilidade pela criação de um sentimento de união e igualdade. Ao mesmo tempo, valoriza cada indivíduo, pois sabe que quanto mais se aproximar das pessoas e conseguir tocá-las, mais elas se sentirão importantes e motivadas. Assim não perde a oportunidade de reconhecer novos líderes, abrindo espaço para que eles brilhem e transmitam seus valores para a comunidade empresarial.

A liderança espiritual é assim, uma fonte de energia inestimável para toda empresa, pois cria um estado mental que permite à organização deixar de ser mais uma ilha de produtividade em meio a milhares de outras e conectar-se à energia fundadora do universo. Muitos a visitarão, buscando ensinamentos para criar suas próprias empresas, mas ela se manterá firme em sua integridade inabalável perante as reviravoltas do mercado, como uma rocha em meio às águas revoltas do oceano.

As duas principais características e virtudes do líder realmente comprometido com o desenvolvimento das potencialidades organizacionais são atuar sonhando e realizando.



Fonte

ROMÃO, Cesar. O poder de um sonho.
Disponível em: .
Acesso em: 21 set. 2005
.


Extraído do site: www.gestopole.com.br





domingo, 21 de novembro de 2010

A arte de Pierre-Auguste Renoir (8)

Cabeças Ativadas: Coisas de profissionais modernos!



Publicado em 21-Oct-2010, por Sérgio Dal Sasso


A gente só muda quando deixa de ficar surdo, partindo de um tímido mudo pelas buscas que a vida poderá nos ofertar com novos ensinamentos e modificações. O evoluir é a parte da atitude a ser combinada com a compreensão e aceitação, incluindo as pequenas e importantes coisas, para que continuemos pelos sonhos e algumas conquistas de melhorias.

Quando se tem um projeto, seja qual for o seu objetivo, deve-se em primeiro lugar identificar, aprender e saber conviver com as regras do jogo que hoje fazem a condução positiva dos que já atuam no meio. Em tudo tem seu tempo, já que não existe nada de novo que não tenha sido originado pelo velho e nada de velho que um dia não foi considerado como novo, mas o novo que dá certo é gerido por pessoas que ponderam os valores das origens com os da criação.
To aqui com meus 50 anos, e sempre dou uma paradinha para pensar no como trilhar a minha estrada, e ai vale tudo para fazer o futuro, ruas que tive que criar, buracos que desviei somados com os que me ensinaram a tapar e os muitos que ainda estarão pela frente. A vida é um desafio, e por isso não tenha dúvida que toda experiência somente traz volume para o bolso, quando tiver convergência como item facilitador para se vencer buracos. A capacidade para soluções e decisões serão sempre os valores a serem enriquecidos, para que possamos garantir continuidade nas carreiras e profissões.
As pessoas são diferentes, pintam quadros diferentes e por muitas vezes isso é um incômodo a ser superado, pois o mundo pede pela capacidade de saber lidar com as diversas tribos. Almas gêmeas só têm conflitos pelo egoísmo e vaidade, quase nunca por novidades. Nossa dedicação em cima dessas diferenças é que vão ampliar as próprias bases, construindo os ambientes reais de trocas de conhecimento, atualização e por tabela condições de produzir novidades, sejam inovações ou renovações.
Depois de tudo isso, mesmo que queira, não posso pensar nos meus “cinquentinha”, nem do tempo dos vinte e tão pouco se vou chegar ou não aos oitenta, pois nossas idades são o fruto da nossa rentabilidade, das formas como compomos nossas relações e o seu aproveitamento com o oferecer para poder receber quando da inclusão dos novos parceiros.
A você meu leitor, jovem em formação, jovem na execução e jovem pela sabedoria, enquanto a cabeça fluir, o futuro está ai para ser planejado, negociado e alcançado. No mais espero poder justificar ao som de um chuveiro o eterno calouro interpretando as canções dos meus ídolos.


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Sérgio Dal Sasso, consultoria organizacional, treinamentos e palestras.

Palestras em administração, empreendedorismo, vendas e educação profissional.

Portal: www.sergiodalsasso.com.br
Escritórios: São Paulo/SP e Aracaju/SE


Fonte: www.gestopole.com.br

sábado, 20 de novembro de 2010

Assistencialismo Público



Publicado em 21-Oct-2010, por Carlos Cesar D'Arienzo


Não existe Economia sem Política ou Política sem a consideração da Economia, dado que os recursos econômicos são escassos e os erros em políticas públicas e privadas, tanto quanto as ambições em Política, não.


Programas assistencialistas são experiências econômico-sociais praticadas no mundo todo nos últimos 200 anos. O Brasil tem sérios problemas sociais advindos de distorções econômicas e descaso político que criaram uma das cinco sociedades mais injustas no quesito distribuição de renda, do mundo contemporâneo.

Programas assistencialistas são meios paliativos mas necessários enquanto as sociedades definem ou redefinem seus rumos. No Brasil, 10% da população detém 50% da Renda Nacional, os outros 90% dividem os 50% restantes de forma desigual.


Todavia, no Brasil até os cidadãos mais humildes têm vergonha ou menosprezam a coisa pública : hospitais, escolas, programas assistencialistas, de afirmação etc. As oligarquias em diferentes épocas fizeram excelente trabalho de desinformação em relação ao povo e ao patrimômio público (riquezas nacionais), principalmente nas regiões onde ainda predominam relações próximas da servidão ou do coronelato.

A regra sempre foi clara : alienar o patrimônio público com vistas ao apoderamento dos recursos naturais em prol de poucos espertalhões e vender a idéia de que o que é público (benefícios Constitucionais em grande medida) significa ou indica, pobreza, indigência e indolência.

Os primeiros indivíduos a cobrarem a porta de saída dos programas assistencialistas (do povo) normalmente são os últimos a cobrarem (quando acontece) uma porta de saída para os empréstimos de dinheiro público a juros subsidiados para grupos econômicos que tradicionalmente servem-se do Estado brasileiro, corrompendo os governos que estão de plantão no Distrito Federal , estados e municípios, não raro , no Congresso Nacional. Normalmente esses paladinos da justiça com dinheiro público, esses homens e mulheres zelosos da coisa pública, calam-se convenientemente !

Claro está que nosso problema central não são os programas assistencialistas, eles são efeito, não a causa de nossos males econômicos e sociais. Desenvolvimento econômico e social é feito com cérebros, principalmente cérebros bem alimentados e saudáveis.

Cada um de nós deve fazer o que nos for possível para aumentar o nível de esclarecimento do povo brasileiro sobre essas questões.


Aos governos, devemos exigir que criem as condições econômicas para viabilizar o desenvolvimento social. Não se pode esperar que o governo possa assumir a formação intelectual e formal dos cidadãos.



A economia é a base material e estrutural da sociedade. É a sociedade como um todo que define os caminhos da economia, em democracias é claro, mesmo quando os governos definem as suas políticas, elas podem ser contrariadas pela vontade da sociedade por meio das ações que contradigam as políticas adotadas. Os agentes econômicos são livres, em economias de mercado, para decidir sobre as suas ações econômicas. Quando um governo define as suas ações econômicas é porque já fez uma avaliação das relações de interesses entre os diversos grupos sociais e políticos, mesmo que seja um governo regular quanto o atual.

Só assim é possível por em prática a política econômica. Por exemplo: as normas legais para por em prática uma política econômica não são aprovadas pelo Congresso Nacional caso não espelhe as correlações de forças da sociedade e o poder político do governo. No Brasil, os carros-de-boi ainda possuem serventia fora dos museus e, milhares de crianças sequer podem ser registradas quando nascem, por falta de dinheiro para tal, mesmo que na Constituição Federal esteja escrito que todos os nascidos têm direito a cidadania brasileira e, que havendo lei federal já regulamentada permite o registro sem as custas, há milhares de brasileiros sem registro ainda. Isso foi divulgado recentemente pelo IBGE. As políticas de assistência são instrumentos de todas as economias, inclusive das desenvolvidas.

Um governo sério, mesmo que busque dividendos políticos (que governo não o busca ?) precisa atentar para as falhas de mercado e as funções do Estado, tais como estabilização, alocação (naquilo que lhe compete), distribuição e ao combate às externalidades.

Além disso, todos os sistemas propostos pelas ciências (incluindo a Economia) ainda contêm contradições em decorrência das imperfeições dos processos científicos de representação da realidade. As ciências, inclusive as denominadas exatas, não conseguem explicar a realidade a contento, em muitos casos. Por exemplo, a União Soviética fracassou porque seus líderes não compreenderam que havia a necessidade de uma base material bem estruturada, embora contraditória (segundo os marxistas), para construir uma sociedade verdadeiramente humana.

Não se faz a evolução social e dos costumes pela força e subdesenvolvendo a maioria em benefício de uma minoria . A educação como meio de reestruturar as sociedades não é trabalho para governos. Essa é uma tarefa da sociedade. O que os governos podem fazer é contribuir para o desenvolvimento das instituições e o assistencialismo é um meio eficiente em períodos de crise e, o Brasil vive em crise faz uns 30 anos. Foi um Sociólogo (FHC), portanto, alguém com educação de nível superior, que criou durante seu governo, um ótimo programa assistencialista, e está sendo aprofundado pelo atual governo.

Um presidente doutor e outro com escolaridade equivalente ao ensino médio (Lula) reconhecem a importância dos programas assistencialistas, que por sua vez são recomendados pelas Nações Unidas e também praticados pelos países desenvolvidos.


Para não discutir o sexo dos anjos, é melhor conferir os resultados do assistencialismo norte-americano em seus períodos de crise econômica, política e social. Compete, principalmente, aos mais evoluídos membros da sociedade contribuírem para as transformações culturais.



Do site: www.gestopole.com.br

A arte de Pierre-Auguste Renoir (7)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Mensagens para o Inconsciente (1)





Os sentidos captam informações que escapam à consciência, mas há dúvidas de que esses
dados possam manipular nossa vontade. Pesquisas mostram, porém, que esses estímulos
provocam reações cerebrais mensuráveis.

É o que nós vamos ver em profundidade nesse estudo sobre os estímulos subliminares a que
estamos sujeitos no dia-a-dia, e utilizados principalmente por publicitários e políticos.




OU


Como os estímulos subliminares
influenciam nossas decisões

Autor: Christof Uhlhass

Extraído da revista Mente & Cérebro n°214, novembro/2010

ALERTA! VOCÊ CONHECE SEUS LIMITES?




Publicado em 20-Oct-2010, por Nelson S. Lima




Em nossa sociedade acelerada, incerta, imprevisível e indeterminada, marcada pela surpresa e a mudança, nosso organismo (corpo e mente) está hipervigilante e sob estresse. Saiba mais sobre os riscos que você corre ao ultrapassar os limites e veja como pode sobreviver com saúde e esperança!




O seu corpo está provavelmente próximo dos limites, mesmo que não sinta nada de diferente. Ou seja, sua vida pode estar correndo riscos neste preciso momento, não obstante sua sensação de bem-estar.

Ricardo exibia uma invejável saúde. Era um executivo de grande valor para a empresa. Tudo parecia correr bem, incluindo em sua família. Um dia, inesperadamente, sentiu-se indisposto e desfaleceu no escritório após uma breve e pequena discussão com seu chefe. Morreu ali mesmo. O que aconteceu não parecia ter explicação. E não tinha no momento. Mas quando se averiguaram seus últimos anos de vida descobriram-se pequenos eventos estressantes decorrentes do que os psicólogos chamam de "reação adaptativa". Lentamente, a sobrestimulação sensorial que o rodeava, a sobrecarga de informação e as tomadas de decisão sob alta pressão foram deixando marcas no interior de seu corpo.


ESTEJA ATENTO AOS SINAIS
O perigo maior no mundo de hoje tem origem quer no excesso de estimulação quer nos problemas adaptativos relacionados com a mudança (uma caraterística da vida). Nosso organismo tem uma margem de segurança ampla e por isso nós até somos capazes de nos surpreender com as suas possibilidades de resistência quando enfrentamos algum desafio insuperável para outras pessoas.


Nós vivemos num ambiente sobrestimulado no capítulo sensorial, especialmente estímulos visuais e auditivos. Esta sobrecarga em todo o mundo urbanizado e industrializado está afetando milhões e milhões de pessoas, incluindo nossos filhos. Vivemos numa sociedade cheia de luz, brilho, sons e movimento. Da sociedade pacata dos tempos antigos passámos para uma sociedade que chega a ser desconfortável pelo excesso de estímulos díspares e caóticos.

PENSAR RÁPIDO. AGIR DEPRESSA.
Em nossa época, o bombardeamento dos sentidos não está sozinho. Temos também de enfrentar a aceleração do pensamento e a necessidade de tomarmos decisões rápidas. A aceleração do pensamento é forçada pela quantidade de informações que recebemos e que nosso cérebro tem de processar. A tomada de decisões urgentes resulta do estilo de vida (e de trabalho) que levamos. Ou seja, temos de perceber, pensar e agir rápido sobre um número enorme de questões que exigem resposta.

Vejamos os poblemas:
- o excesso de estímulos sensoriais provoca fadiga no sistema nervoso, afeta o sistema imunológico e interfere no equilíbrio interno e no funcionamento do organismo;
- sobre o efeito dessa carga de estímulos sensoriais deformamos a percepção da realidade e isto interfere com a nossa capacidade de processarmos a informação e de pensarmos;
- como nosso cérebro tem um limite para processar a informação surge a dificuldade na tomada de decisões racionais e equilibradas;
- a irracionalidade conduz à perda do sentido de orientação, à redução do senso crítico e à tomada de decisões erradas (por vezes, de alto risco) podendo afetar a qualidade de nosso trabalho, nossos relacionamentos, nossa saúde e nosso futuro.


O impulso acelerativo da mudança no mundo de hoje, caraterizado pelo efémero, a novidade constante e a diversidade, gera diferentes reações nas pessoas:
- em algumas a negação das evidências (sua atitude defensiva habitual: negar que as coisas estão mesmo a mudar);
- em outras, a regressão (atitude defensiva habitual: saudosismo, lamentação pela mudança de valores, hábitos e estilos de vida antigos, tentar viver como se nada tivesse mudado);
- em outras pessoas, a recusa (atitude defensiva habitual: embora reconhecendo a mudança teimam em manter-se agarradas a formas de agir antigas e a que estão habituadas);
- finalmente, em outras, a resposta é a simplificação (atitude defensiva habitual: incapazes de lidar com a mudança escolhem uma via alternativa que as afaste dos problemas tais como entregar-se à bebida, à apatia, ao desleixo, às drogas, etc.).

Estas formas de reação são obviamente perigosas. Significam que nossos limites de adaptação à mudança foram ultrapassados. Estamos aqui a falar de reações de natureza psicológica e comportamental. E que acontece no nosso organismo?


VIVER EXIGE ESFORÇO DE ADAPTAÇÃO
Tal como a mente, nosso organismo reage a toda a mudança (sensorial, ambiental, cultural, política, social, etc.). A todo o instante nosso sistema nervoso cartografa o corpo para se informar de seu funcionamento e reagir para permitir que sobreviva, adaptando-o às mudanças. É assim que nos faz sentir frio quando a temperatura desce ou nos faz correr para uma bebida quando há uma diminuição de água no corpo.


O problema maior surge quando o organismo é exposto a situações para o qual não está preparado. A novidade pode ser um problema especialmente quando ocorre de forma brusca e inesperada (por exemplo, a perda de emprego). É uma péssima novidade e obriga a mudanças e adaptações.


Quando os problemas se tornam crónicos (excesso de estimulação e de mudança em nossa vida) o corpo pode ver suas defesas atacadas. Muitos estudos confirmam que muitas doenças resultam desse desafio constante. Não é apenas uma questão de estresse. É muito mais do que isso. Por exemplo, a perda de emprego pode conduzir à depressão e esta ao suicídio ou a outros atos desesperados. Os abalos psicológicos enfraquecem o sistema imunitário e podemos ficar doentes agora ou no futuro.


Na atualidade vivemos num estado elevado de vigilância sobre o que se passa no mundo e sobre tudo aquilo que possa pôr em perigo aquilo que temos tido como seguro e adquirido: trabalho, casamento, estilo de vida, etc. Esta hipervigilância pode gerar diferentes tipos de problemas por excesso de estresse.


Desde a ansiedade ao cancer há uma vasta lista de perturbações e doenças que são causadas pela sobrestimulação e a nossa dificuldade de adaptação a um mundo que continua em aceleração, tornando-se cada vez mais imprevisível e impedindo-nos de fazer previsões (acho ridículo as pessoas e as empresas fazerem previsões a 2, 5 e 10 anos de distância como se o futuro fosse uma rodovia sem desvios).


Por tudo isto a sociedade está ficando neurótica e isso explica muitos comportamentos alterados. Veja como a França está pegando fogo só porque a população não aceita que a idade de aposentadoria passe dos 60 para os 62 anos (quando em muitos outros países europeus essa idade é muito mais elevada e ninguém protesta nas ruas nem pega fogo a automóveis como está sucedendo em Paris e um pouco por todo o país). O que se passa em França é o exemplo perfeito de uma reação coletiva de negação, recusa da mudança.

Com o crescendo da tensão psíquica, nosso corpo reage através do lançamento de químicos na corrente sanguínea, especialmente corticosteróides que aumentam a pressão arterial indo sobrecarregar o sistema cardiovascular. Mas os problemas não ficam por aqui. Muitos outros sistemas de nosso organismo podem entrar em colapso com maior ou menor rapidez e expressão.


Se viver é um processo constante de aprendizagem e adaptação dentro de uma determinada flexibilidade biológica e psicobiológica devemos estar atentos a toda a mudança. Lembre-se que nosso organismo capta muita informação do exterior de que não nos apercebemos. Nosso limiar é baixo relativamente a outros animais (por exemplo, os cães conseguem captar odores que nos são completamente imperceptíveis) mas milhões de estímulos e informações chegam ao organismo sem que nossa consciência nos alerte. O mesmo se dá com o estado de sua saúde. Você pode estar doente e ainda não ter sintomas. Eles ainda estão imperceptíveis.


PÁRE PARA UMA AUTO-AVALIAÇÃO
Faça uma auto-análise ao seu estilo de vida e às mudanças (mesmo pequenas) que ocorreram nos últimos 5 anos (mudança de cidade, de trabalho, novos compromissos, compra de carro, filhos, amigos, viagens, etc.).

Faça uma lista e dê uma pontuação a cada uma delas conforme os efeitos em sua vida (especialmente os efeitos emocionais, os bons e os maus). Use o zero (0) como número neutro. Suba até +5 para efeitos emocionais positivos e desça até -5 para efeitos emocionais negativos. Dê atenção aos extremos (+4 e +5 ou -4 e -5). Os extremos é que contam pois até as emoções positivas (+4, +5) geram reações adaptativas que podem causar desgaste orgânico.

VIGIE (E ALTERE) SEU AMBIENTE
Sugiro:
- que você se informe sobre as mudanças em curso na sociedade que possam afetar sua vida nos próximos tempos (não se deixe apanhar pelas surpresas);
- atue como um meteorologista: observe o ambiente de trabalho e de negócios todos os dias e faça previsões de curtíssimo prazo, atualizando e anotando a informação constantemente;
- analise sua situação e seus recursos pessoais e profissionais para introduzir alterações onde verificar que se justificam;
- crie (ou sugira) em sua empresa um observatório do futuro para a manter atenta às megatendências e alterações do mercado e da sociedade (sugiro que consulte o blogue do Instituto da Inteligência www.academiadofuturo.com; este instituto faz workshops na América do Sul sobre o tema);
- proponha em sua empresa a existência de um Psicólogo de Trabalho para atuar em todos os momentos em que os trabalhadores necessitem ser preparados atempadamente para alterações que os afete a nível pessoal e profissional;
- altere seu estilo de vida de forma que você contrarie o sedentarismo e os maus hábitos alimentares (faça desporto, caminhe, relaxe, alimente-se de peixe, legumes e fruta), durma o sufiente;
- pratique neuróbica para manter seu sistema nervoso operacional e saudável (leia www.neurofitness.info).



Nelson Lima

neuropsicólogo clínico, doutorado em Investigação

Diretor da Divisão de Investigação em Psicologia na EURADEC (Alemanha)

Diretor Nacionall da EURADEC (Reino Unido)

www.euradec.eu

CEO do Instituto da Inteligência (Portugal)

www.infoinstitutodainteligencia.com

CONSULTOR DE EMPRESAS & PALESTRANTE

Contatos:

nelsonlima@europe.com

nelsonslima@yahoo.co.uk


Fonte: www.gestopole.com.br

A arte de Pierre-Auguste Renoir (6)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A arte de Pierre-Auguste Renoir (5)

Resiliência: a flexibilidade do autoconhecimento


Publicado em 18-Oct-2010, por Minoru Ueda


"Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo."
Platão




O ser humano pode ser considerado como a criatura mais elástica da face terrestre. O homem pode traçar os caminhos que desejar, pode refazer rotas e também pode construir ou desfazer objetos. A experiência do homem sobre a Terra sempre foi de duelos, sejam eles materiais ou emocionais. Luta-se contra o poder da natureza como também contra o poder dos pensamentos negativos. Em uma palavra: flexibilidade.

O ser humano tem o princípio fundamental da elasticidade. Certas experiências e forças sociais “esticam” nossa sensibilidade para lugares que nunca imaginaríamos.

Experiências dolorosas como a morte de parentes, a perda de um bom emprego ou a perda de amigos queridos podem fazer com que este princípio de elasticidade seja perdido, deformado ou esquecido.

Para reativar esta maleabilidade (que é um dom de nascimento) criaram o termo resiliência. Trata-se de um padrão de comportamento que, mais do que nunca, deve ser exercitado por todos nós, devido ao ambiente de desafios em que vivemos, seja na organização, seja na vida pessoal.

O termo é originado no latim e significa “voltar ao estado natural”. Sendo assim, por analogia, ela é a capacidade adquirida de recuperação que o ser humano pode exercer quando passa por um trauma ou por uma perda grave.

O tempo todo passamos por desafios: perdemos amigos, empregos, objetos e pertences que gostamos e que muitas vezes têm valor sentimental para nós. Mas o que é ainda pior é que perdemos, com essas coisas, nossa estabilidade no mundo. Logo, a resiliência é o salva-vidas de nossa estabilidade, pois ela, ao invés de nos fazer fugir dos desafios, convida-nos a encará-los com medidas planejadas e conscientes.

O leitor está familiarizado com a expressão popular: “dar a volta por cima”. Desta maneira fica mais fácil entender o termo. Uma pessoa resiliente é aquela que exerce, com uma proposta mais imperativa, a competência emocional do autoconhecimento.

Nada está mais próximo do ato de se conhecer bem do que arcar com um desafio e tirar dele um ensinamento para recomeçar

. Na verdade, dizem que o verdadeiro resiliente é aquele que não espera uma crise acontecer; ele se antecipa, porque está fundamentalmente conectado ao mundo, percebe os sinais do possível fracasso e usa todos os meios para controlar a situação. Assim, quando um problema grave vem bater à sua porta, já existe uma atitude sendo planejada.

Uma medida legítima de autoconhecimento é não deixar um desafio dominar a situação e criar a obscuridade da indecisão.

A coisa mais fácil do mundo é se desesperar. Por estranha que pareça esta afirmação, devemos considerá-la como o lado oposto da resiliência. O desespero é o extremo oposto do autoconhecimento e da automotivação.

Quem se desespera não se conhece e, por isso, o mundo parece sair dos trilhos, parece ficar maior do que é. Contra o desespero causado por uma perda ou uma situação desagradável, as pessoas precisam conquistar novas atitudes para lidar com a vida. Sendo assim, a resiliência, além de ser o antídoto que restaura a elasticidade dos homens, é também uma proposta de autoconhecimento.

O desespero acontece quando:

* não administramos emoções;
* não controlamos impulsos;
* não temos otimismo;
* não mapeamos nosso ambiente corretamente;
* não temos empatia e não ouvimos;
* não buscamos eficácia na ação.

Obviamente, a resiliência é uma proposta elaborada dentro de um contexto sócio-histórico, pois carrega valores e significados. Cada grupo social reconhece suas necessidades mais urgentes e as tarefas que precisam exercer para vencer o desespero.

Atualmente, com o ambiente de mudança, fusões, crises, competitividade, negociação e conflitos, esta competência é fator fundamental. Não é possível falar de liderança sem tocar neste conceito.

O líder é justamente a figura que se autocontrola e que se automotiva. Com estes comportamentos, ele cria, na organização, um clima de atitude e respeito aos outros, que move qualquer equipe.

Como podemos interpretar nas palavras de Platão, o segredo da sagacidade é saber ser sagaz com os próprios movimentos emocionais.

Apenas mudando o micro, poderemos mudar o macro, e a resiliência nada mais é do que um fenômeno positivo de um ser consciente de sua capacidade elástica de encontrar a felicidade e aprender com os desafios.



(meu artigo, publicado no blog Leme Consultoria)


Fonte: www.gestopole.com.br