segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Conflito de Gerações


Publicado em 14-Oct-2010, por Valéria Maneira


"A arte é pensada pela percepção complexa do mundo. É um dos intermediadores que se configura na estrutura do corpo social, como catalisadora de relações, experiências e conteúdos."



O conflito de gerações sempre existiu, essas diversidades fazem parte da nossa própria evolução cultural e social.

O fato é que cada geração traz suas mudanças e contribuições, precisamos estar abertos a isso, a aprender a compreender, aprender a aprender, como nos ensina Edgar Morin (Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro), a lidar com as diferenças. Um bom começo é aprender a perguntar, essas interrogações são fundamentais, nos ajudam a desenvolver a cultura aberta, que permite diálogos e troca de idéias, disseminando as discriminações, preconceitos e a intolerância, que são alguns dos efeitos causados pela cegueira em relação ao outro. As respostas virão da experiência particular de cada um, considerando a rica multiplicidade dos significados, civilizamos nossas teorias, ou seja, desenvolvemos uma nova geração de teorias abertas, racionais, críticas, reflexivas, auto-críticas, aptas a se auto-reformar.

A realidade, é que o jovem de hoje aprende a não reverenciar hierarquias, são questionadores, contestadores, inclusive com os próprios pais, além disso, convivem em ambiente interativo e são muito ágeis em desenvolver relações colaborativas, considerando ainda a facilidade do uso de tecnologias (internet, celulares, jogos eletrônicos...). Assim, ganharam auto-estima, não se sujeitam a atividades que não fazem sentido em longo prazo, pois são capazes de executar várias tarefas de modo simultâneo e muito rápido.
A geração Y é entusiasmo, energia, inovação, autenticidade, liberdade. São individualistas, considerando que são focados nos próprios interesses, fazem uma viagem para dentro de si em busca da sua identidade, autonomia. Mas, possuem consciência social suficiente para se preocuparem com o meio ambiente e com os direitos humanos, muitos possuem valores morais fortes e procuram viver por seus objetivos.

O importante é que as empresas percebam, conheçam e entendam, mais sobre o comportamento e características desses jovens trabalhadores, que querem trabalhar com prazer, conciliando trabalho e lazer, priorizando a qualidade de vida, estando feliz com sua carreira e vida pessoal. Porém, o que acontece, é que muitos gestores confundem essas características com falta de disciplina, comprometimento, estão ainda numa absoluta inflexibilidade para mudar paradigmas totalmente arraigados, com parâmetros de gestão ultrapassados, para a comunidade dessa nova geração.

A convivência pacífica entre gerações distintas necessita de uma nova ótica sobre a organização e uma nova forma de liderança. Existe espaço para todas as gerações nas organizações, combinar energia e vivências, sabedoria e atrevimento, sensatez e tecnologia é uma tarefa digna de líderes maduros que compreendem profundamente as vantagens e os benefícios da diversidade
Compreender e aceitar as diferenças de cada geração não significa abrir mão de suas crenças, princípios e valores, ouvir um ponto de vista diferente não significa que você deve concordar com ele, ao contrário, significa maturidade para lidar com idéias e comportamentos diferentes

Enfim, as empresas que estão flexibilizando as hierarquias, agindo em rede, priorizando a ética, a responsabilidade e o respeito, abrindo espaço para todas as gerações, conseguem contribuir para um ambiente satisfatório para ambos os lados, consequentemente mais motivador e produtivo.



"A arte cumpre um papel decisivo para estimular os indivíduos e grupos, inseridos em seus diversos contextos sociais, na percepção de diversas leituras e na ativação do pensamento, num universo cada vez mais diversificado."


Fonte: www.gestopole.com.br


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