quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mensagens para o inconsciente (3)


Como os estímulos
subliminares
influenciam nossas decisões



Para o cinquentenário de "Coma pipoca e beba Coca-Cola", em 2007, o psicoterapeuta Jim Brackin, especialista em publicidade e hipnose, realizou uma experiência similar em um congresso de marketing em Istambul. Usando imagens subliminares, divulgou o produto inexistente, Delta. Após a projeção, os 400 congressitas tinham de escolher entre o Delta e outro produto, Theta. Resultado: 81% escolheu a primeira opção. Mas nunca se procedeu a uma comprovação - normalmente usada nos estudos científicos - para estabelecer se a mesma experiência sem as mensagens subliminares poderia trazer um resultado diferente.

No final de 2007, suspeitou-se que o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos,
Mike Huckabee tivesse procurado manipular os eleitores durante a propaganda eleitoral. No
centro das suspeitas havia uma estante de livros branca, visível na propaganda atrás de
Huckabee. Com a ajuda do enquadramento e de um pouco de boa vontade, os eixos horizontais
e verticais da estante formavam uma cruz. A acusação feita ao ex-pregador batista era de que
ele pretendia associar, na mente do público, a própria imagem a um símbolo cristão. Aqui,
porém, o termo "subliminar" é insuficiente. Em latim, sub limen significa "sob o limite" e
se refere a estímulos tão fracos a ponto de não serem percebidos conscientemente; mas a
estante "em cruz" era bem reconhecível pelos espectadores.


Extraído da revista Mente & Cérebro n°214, novembro/2010

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