segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Reflexão


Publicado em 21-Oct-2010,
por Fabricio Barreto



Oi Gestopolitanos.... Fiz um curso pela FGV e no decorrer deste, conheci este texto, gostaria de multiplicar este conhecimento com vocês.

O poder de um sonho


Um dos maiores problemas do mundo atual não é conseqüência da globalização, da inflação ou da diferença social, mas sim a dificuldade que as pessoas têm de sonhar. Talvez seja este o maior drama vivido pelos jovens quando olham para seus pais, para a vida e, por não terem perspectivas futuras, agarram-se ao passado e começam a encarar a vida de forma pessimista, concluindo que sonhar não leva a nada, que é melhor não sonhar, para mais tarde não sofrer decepções.


Outro grave problema das pessoas, é que elas não realizam seus sonhos e contentam-se apenas em sonhar. Têm sonhos, mas não se propõem em transformá-los em realidade.

Uma das soluções para esse pessimismo generalizado está em recuperar a capacidade de sonhar do ser humano e também realizar tudo o que sua mente pede.


Mais do que qualquer outra sensação, é essencial que cada pessoa sinta que sua vida vale a pena.


Se você tem olhado sua existência como um fardo pesado de carregar, chegou a hora de ter fé na vida, em você e, principalmente, na sua capacidade de realização.

Vivemos um momento especialmente conturbado, onde a visão das organizações é incorporar, comprar, encampar ou associar. É muito mais fácil que começar do zero. Hoje, a velocidade das transformações políticas, econômicas, sociais e culturais nos conduzem a um túnel desconhecido e escuro, onde valores, metas e diretrizes tornam-se cada vez mais comprometidos. As pessoas começam a perder a esperança em si mesmas, no trabalho, no futuro de suas vidas e no próprio planeta.


No mundo dos negócios, esse descompasso crescente revela-se ainda mais.

As empresas são como uma espécie de termômetro da sociedade, indicando que algo está errado. Basta abrir os jornais para constatar a dura realidade: empresas promissoras fecham suas portas, concordatas e falências generalizadas, funcionários descontentes, consumidores desrespeitados.


Esses e muitos outros episódios negativos são sintomas de que as empresas estão doentes. Na verdade, apesar de todos os avanços, a filosofia administrativa adotada pela maioria das empresas não mais funciona no mundo atual. Muito além de uma gestão que cuide dos recursos humanos, precisamos de uma administração que se preocupe com o crescimento e a evolução de seres humanos.


Existe, pois, neste final de milênio, uma necessidade urgente de reinspirar os espíritos humanos.

Quando eu falo em espírito, não me refiro a fundamentos religiosos nem a qualquer seita em especial. Refiro-me à alma humana, essa chama intensa que nos move diariamente, nos menores gestos e ações, uma força que acorda e se deita conosco e, mesmo quando o corpo humano dorme definitivamente, ela não se dissipa, mantém-se acesa de uma forma diferente, em outro lugar.

Você deve estar se perguntando: mas como manter nossa capacidade de sonhar e realizar alimentos essenciais ao espírito em um mundo que a todo instante dilacera a nossa integridade?


A resposta é simples: assumindo a liderança espiritual.


O caráter de uma família, escola ou empresa, está inexoravelmente ligado a seu líder. O verdadeiro líder espiritual é aquele que conhece e vive segundo seus valores, haja o que houver, e faz isso abertamente para que outros se inspirem. Mesmo que você não faça parte da diretoria da empresa, pode disseminar idéias e valores entre os colegas de trabalho que estão à sua volta e são diretamente influenciados pelo que você pensa, faz ou diz.


O líder espiritual também pode ser chamado de realizador, pois consegue, por meio de suas realizações, liberar o que há de melhor nas pessoas e devolver a autoconfiança a seus companheiros. Uma vez acionado esse processo, as conseqüências são: maior orçamento, mais lucros, maior produtividade, maior empenho e, conseqüentemente, mais felicidade.


Os verdadeiros líderes vêem as empresas nas quais trabalham, não apenas como mera fonte de lucros, mas como um organismo vivo, uno, na qual cada pessoa, cada alma, exerce um papel vital. Ao menor sinal de problema, a engrenagem maior se vê perigosamente comprometida.


Por isso, o líder assume a responsabilidade pela criação de um sentimento de união e igualdade. Ao mesmo tempo, valoriza cada indivíduo, pois sabe que quanto mais se aproximar das pessoas e conseguir tocá-las, mais elas se sentirão importantes e motivadas. Assim não perde a oportunidade de reconhecer novos líderes, abrindo espaço para que eles brilhem e transmitam seus valores para a comunidade empresarial.

A liderança espiritual é assim, uma fonte de energia inestimável para toda empresa, pois cria um estado mental que permite à organização deixar de ser mais uma ilha de produtividade em meio a milhares de outras e conectar-se à energia fundadora do universo. Muitos a visitarão, buscando ensinamentos para criar suas próprias empresas, mas ela se manterá firme em sua integridade inabalável perante as reviravoltas do mercado, como uma rocha em meio às águas revoltas do oceano.

As duas principais características e virtudes do líder realmente comprometido com o desenvolvimento das potencialidades organizacionais são atuar sonhando e realizando.



Fonte

ROMÃO, Cesar. O poder de um sonho.
Disponível em: .
Acesso em: 21 set. 2005
.


Extraído do site: www.gestopole.com.br





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