terça-feira, 2 de novembro de 2010

Morte, o poder supremo da vida

Publicado em 29-Oct-2010, por Gustavo Rocha



Hoje peço uma licença poétic
a para escrever sobre um tema que tem enlaces espirituais, sentimentais e igualmente laborativos.

Hoje, quero que você leitor possa conhecer um pouco mais sobre a morte. No próximo dia 02 de Novembro comemoramos o dia dos fiéis defuntos, também conhecido como dia de finados. Leia uma definição da origem desta data aqui.

Não temos como falar de morte sem falar da vida. A vida que tanto amamos e queremos manter. A vida que tanto batalhamos pela felicidade, amor e sucesso.

Vida, ah! vida…

O que seria de ti vida sem a morte? Se nunca tivesse fim a nossa existência nesta terra como seríamos? Provavelmente mais conformados, parados e pouco evoluídos.

Pergunte ao jovem do seu tempo, ele dirá: Tenho todo tempo do mundo, assim como Renato Russo.

Pergunte a um adulto sobre o seu tempo, ele dirá: Preciso objetivar meu tempo, pois preciso de mais tempo.

Pergunte a uma pessoa de idade sobre o seu tempo, ele dirá: Estou apenas aguardando o fim do meu tempo.

Tempo é uma perspectiva, depende de onde você está inserido, já disse Albert Einstein.

Sem a morte, teríamos muito tempo, mas ao mesmo tempo, não teríamos o estímulo de saber que a vida tem sabor por ser finita.

Com a tecnologia, aprendemos que podemos fazer mais e mais rápido, ou seja, economizamos tempo.

A propósito: O que você faz com o tempo que economizou?

Aproveita para viver a sua vida ou esperar a morte?

Lembre-se: A gestão e tecnologia somente são úteis para ganhar tempo, produzir mais em menos tempo e de maneira mais eficiente. Quem determinará o que fazer com o seu tempo é você mesmo.

Esta é a reflexão que deixo nesta sexta-feira, véspera do feriado de finados: Você administra bem o seu tempo?

Não apenas no trabalho, mas na sua vida.

Você não vive somente para o trabalho. Você vive para sua família, amor, filhos, enfim, para aquilo que você dá importância.

Então pense a respeito. Não da morte. Da sua vida!

A morte realmente é o poder supremo da vida, por nos ensinar a ver a vida sob outra perspectiva.

E, aproveitando a licença poética que solicitei no início, deixo um belo texto para pensar neste feriado:

O NASCER PARA O ALÉM…

Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.

Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação…
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.

E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los. De retroceder no tempo e segurar a vida. Ausência: – porque não há formas para se tocar.
Presença: – porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez. Esse céu azul e misterioso.
Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos. Sentimos, quando mergulhados em oração, o
ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir. Essa vontade de rever novamente aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta…

E…
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir. Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!

Texto: Padre Juca
Adaptação: Sandra Zilio

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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
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Fonte: www.gestopole.com.br

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