quinta-feira, 26 de março de 2009

A árvore

Ele estava a caminho
Tinha uma árvore no meio do caminho
A árvore não estava a caminho
Ela estava no meio do caminho
Ele não viu a árvore
A árvore não sei se o viu
Mas não saiu
Do meio do caminho
Ele não viu a árvore
Então se encontraram
A árvore parada
Não saiu do meio do caminho
Ele para trás, testa ralada
E o nariz também
Ainda bem que não fui eu
Porque eu olho as árvores
Ah! Eu também vejo as árvores
Elas não usam retas e ângulos como nós
Elas só usam curvas
Por serem sinuosas são graciosas
E são graciosas porque
Também se multiplicam em tonalidades
Por isso que eu gosto mais
Do produto das sementes
Do que do produto das máquinas...

Cláudio Natalício (26.03.09)

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