segunda-feira, 16 de março de 2009

Aprenda Economia

Extraído do Blog O Brasil que dá certo

http://brasil.melhores.com.br/


A Fórmula Que Destruiu O Mundo





Até 1980, crédito bancário era dado após rigorosa análise do gerente do banco, considerando resumidamente os 5 C's do Crédito. O caráter da pessoa e do empresário. As condições do seu negócio, seu business plan, sua estratégia, sua competência. As características do seu setor, se não havia uma euforia, se não havia ameaças, importações, etc.
O "cash flow"do negócio. E, por o último, o "c " de "colateral", que seriam as garantias possíveis
(o patrimônio da empresa etc).
Essas análises são caras, e acadêmicos começaram a substituir os 5 C's do crédito por um único modelo que analisava a variância e co-variância dos ativos, entre os quais o CAPM, o Value At Risk e este último analisado por O Estado, chamado Cópula Gaussiana. Já dava para desconfiar que daria no que deu...
Prêmios Nobel em Economia foram concedidos a essas fórmulas (Black-Scholes, por exemplo), que lhes deram ainda mais credibilidade. Como diz o Prof. Ricardo Rocha, da FIA, "não fizeram uma análise qualitativa". "A qualidade do tomador de crédito não era sequer contemplada no modelo", diz outro professor, Ernesto Lozardo, da FGV.
Os bancos demitiram seus melhores gerentes de banco, e o gerente de banco deixou de ter qualquer autonomia como responsável pelo crédito, que passou para departamento quantitativo do banco, cheio de engenheiros da Politécnica de São Paulo e alguns economistas quantitativos da PUC e IBMEC, habilitados em fazer esses complicados e necessários cálculos.
Agora vem a hora da verdade. Esses métodos quantitativos NÃO reduzem custos, NÃO são mais baratos, NÃO substituem bons gerentes de bancos, NÃO substituem bons analistas de crédito.
Os bancos brasileiros adotaram esse raciocínio iniciado pela Escola de Chicago e globalizado mundo afora e até VENDERAM A SERASA, nossa única empresa brasileira de análise de crédito, para uma multinacional.
Os quantitativos irão se defender com unhas e dentes, como esta interessante defesa da Cópula
Gaussiana chamada Que tal Estudar Antes.
O próprio Prof. da FIA defende a Cópula: "Não foi o modelo que errou, mas quem julgou os resultados" .
Do outro lado do debate, teremos gerentes de banco e analistas de crédito, que não têm mais voz política nem poder nos bancos. Quem será que vai ganhar o debate, como será o mundo daqui 20 anos?
Como irão lutar para a volta de critérios mais subjetivos, menos racionais, e mais "antiquados"?
Escrito por Stephen Kanitz

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