terça-feira, 19 de janeiro de 2010

As lições da crise 2009


IM - Qual a composição ideal de uma carteira de investimentos?

Simão Silber - Hoje eu deixaria uma parte maior em renda fixa e uma menor em renda variável. Em termos percentuais, algo como 80%/20% e, em períodos muito favoráveis, chegaria a 60%/40%, no máximo, e já estaria sendo bastante agressivo. Acho que esta é sempre uma composição muito razoável.
A sugestão do Prof. de 40% em ações é notícia, porque a maioria dos comentaristas no Brasil acha que investir em empresas bem administradas é muito arriscado, e comprar títulos de um governo mal administrado e sem saber qual será a inflação futura, um investimento seguro. Tanto é que 99% dos brasileiros têm menos do que 3% de seu patrimônio aplicado em ações, o resto é Fundo DI.

IM - Como avalia a imagem do Brasil hoje no cenário internacional?

Simão Silber - A imagem do Brasil é uma das melhores possíveis. Hoje, quando um investidor estrangeiro pensa em diversificar suas aplicações, vai colocar altíssima prioridade: entre os primeiros, estará o Brasil. A visão do Brasil como um País responsável, sem truculência e nem mudanças das regras no jogo, é muito favorável. Não se tem uma visão tão positiva do Brasil há décadas.
Esta crise de 2009, mostra claramente que todo investimento é "renda variável", e ao contrário do que diz Silber, não existe mais "renda fixa". Os títulos de "renda fixa" caíram também 50% nesta crise. Só dinheiro em caixa, que não "rende", saiu incólume.
Portanto, variável por variável prefiro mil vezes ações de empresas bem administradas num país bem administrado.


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