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Dores de cabeça estão associadas a problemas de concentração | ||||||
A neurologista Thaís Villa e a psicóloga Andrea Moutran, do Setor de Investigação e Tratamento das Cefaleias (SITC), avaliaram as funções cognitivas, como capacidade de concentração e de memorização, de 60 crianças de 8 a 12 anos, metade delas diagnosticada com enxaqueca. Por meio de testes aplicados individualmente, ao longo de dois anos e a cada dois meses, as pesquisadoras constataram que as que tinham crises de cefaleia se revelaram mais dispersas e com dificuldade de processar e reter informações. Na infância, as crises de enxaqueca se manifestam em episódios curtos, de cerca de duas horas. Elas costumam aparecer por volta dos 5 anos e não raro são motivo de faltas à escola. “O que não significa que as dores persistirão ao longo da vida – elas desaparecem espontaneamente até o final da adolescência em mais de 40% dos casos”, diz Thaís. Os resultados mostram que o diagnóstico de transtornos de aprendizagem deve levar em conta se a criança sofre de enxaqueca ou de outro tipo de cefaleia, o que pode direcionar as intervenções. |
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