sábado, 4 de fevereiro de 2012

A vida na encruzilhada

   
"Não espere por uma crise para descobrir

o que é importante em sua vida."
(Platão)

Invariavelmente você passará, e mais de uma vez no decorrer de sua vida, por
dilemas acerca dos caminhos a seguir em busca da tão almejada felicidade.

São situações únicas nas quais escolhas precisam ser feitas, decisões devem
ser tomadas e a protelação apenas alimenta e aumenta a angústia, a
ansiedade, a frustração e a insatisfação.

Nestas ocasiões, é comum declarar não saber o que se quer. Decerto, os
primeiros questionamentos são com relação ao sentido da própria vida,
levando ao entendimento de que se trata de uma "crise existencial", na qual
imperam o vazio e o caos.

O fato é que este é um momento singular para grande reflexão pessoal a fim
de identificar, reconhecer e enfrentar esta crise. É hora de questionar
valores, encontrar novas referências, compreender transformações, acolher
mudanças ou promover rupturas. Você controla seus pensamentos, amadurece
suas emoções e decide sair da zona de conforto, abandonando o comodismo e o
conformismo, buscando soluções para seus problemas em lugar de culpados.

Por se tratar de um processo, não é algo que será resolvido em um único
final de semana. Por isso, é importante ter paciência e dar tempo ao tempo.
Interprete esta fase como um período de aprendizado que poderá levar você ao
crescimento, à evolução e à superação.

Lembre-se de formular muitas perguntas - e buscar respostas para a maioria
delas. E embora as tais respostas devam vir de você mesmo, convém consultar
terceiros, porém com parcimônia, pois respostas desencontradas podem mais
desorientar do que ajudar.

Saber o que não quer, também é um grande progresso. Assim é o estudante
diante da escolha de qual carreira seguir, que embora frente a múltiplas
possibilidades, tem ao menos a convicção de que selecionar Administração
exclui Medicina, uma inclinação ao Direito enfraquece a opção por
Engenharia, e vice-versa.

O profissional em transição de carreira pode ter dúvidas entre pedir
demissão e procurar outra empresa, tornar-se consultor, abrir um
empreendimento próprio, fazer um concurso público ou mesmo tirar um período
sabático para reflexão. Mas será um grande avanço saber que não pretende
continuar em seu atual emprego, posto que desestimulado seja pela falta de
desafios, oportunidades, reconhecimento ou clima organizacional agradável.

Analogamente, um relacionamento conjugal desgastado, arrasta-se e sucumbe de
tal forma que a separação não decorre porque se deseja ficar só ou buscar a
companhia de outra pessoa, mas apenas porque não se deseja continuar ao lado
de quem está hoje.


Nossa vida, nos dias atuais, tornou-se alienante, diante de sua rapidez e
senso constante de urgência. Deixamos de valorizar o que temos para projetar
o que não temos, com base nas imposições da sociedade e no ideal de status.

O que realmente vale a pena é aquilo que nos traz serenidade, sossego e paz
de espírito. Que nos permite sorrir de forma autêntica e compartilhar da
convivência das pessoas que apreciamos. Que nos possibilita recostar a
cabeça no travesseiro no final do dia e dormir o sono leve, acolhedor e
reconfortante de quem fez o melhor e se prepara para um novo e edificante
amanhecer.


* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em
17 países. É autor de "Somos Maus Amantes - Reflexões sobre carreira,
liderança e comportamento" (Flor de Liz, 2011), "Sete Vidas - Lições para
construir seu equilíbrio pessoal e profissional" (Saraiva, 2008) e coautor
de outros cinco livros. Contatos através do e-mail
tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite:
www.tomcoelho.com.br e
www.setevidas.com.br.

Recebido do autor por e-mail

2 comentários:

  1. Hello Mr. Natalício,

    I just found my copyrighted image “Crossroads” on your blog page.

    You used it without my permission, without giving me author credits and without copyright information. You can see my original here: http://www.flickr.com/photos/liebermann/580181284/

    I'm sure you have done so without any intention to harm me - but through negligence you have infringed my rights as an author.

    Like texts, images have authors that deserve to be credited. You also need their permission if you use their work, and in many cases you also have to pay a license fee. This is not only regulated by copyright law, but also a matter of fairness.

    Images you "found of on the internet" are NOT for free use (unless you are told so by the author). Photographers and other artists spend a lot of work, time and money to create the works you use. If you just copy their work, you take part in a culture that exploits artists. You just take, without giving us anything in return - no money, no backlink to our websites, not even our name is mentioned.

    I am a professional photographer, and more of 99% of my work on the internet has been pirated. Still, I ask only commercial users to pay me.

    What I deserve and demand from you is to be credited properly. Please add a byline “(C) by www.martin-liebermann.de” (and a link to http://www.martin-liebermann.de) to my image. Also, please notify me after you have done so.

    If you like my art, you can also buy this image and others as prints or posters from zeitspuren.deviantart.com

    Kind regards

    Martin Liebermann
    license@martin-liebermann.de
    www.martin-liebermann.de

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    Respostas
    1. Mr. Martin,
      Meu único objetivo em adicionar imagens às postagens é, unicamente, ilustrar visualmente o assunto. Assunto esse que me foi remetido diretamente pelo autor. Dentre as várias imagens disponíveis na Internet, achei essa bastante representativa, mas não a única.
      Como meu blog não nenhum objetivo comercial, e consequentemente nenhum rendimento decorrente de sua publicação, exceto pelo fato de propriciar às pessoas assuntos que possam contribuir às suas reflexões e, eventualmente, auxiliar na busca que elas tem por novos caminhos.
      Não entendi tudo o que o Sr. escreveu porque não é a minha língua usual, e não estou muito interessado em aprofundar discussões poliglotas.
      Vou substituir, de imediato, a SUA fotografia, tomando os devidos cuidados para não incorrer no mesmo erro novamente.
      Fui ... para uma nova encruzilhada!!!
      Cláudio Natalício

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