domingo, 10 de fevereiro de 2013

Internet: novo meio de vigiar

A maior parte de brigas por motivos de ciúme entre casais que usam o facebook está relacionada ao site

Fernanda Ribeiro
Mehmet Dilsiz/Shutterstock

Em uma cena do filme A rede social (The social network, 2010), o jovem Mark Zuckerberg tem uma ideia para incrementar o site de perfis sociais que acabara de criar: colocar a opção “status de relacionamento” – isto é, o usuário tem opção de descrever-se como “solteiro”, “casado”, “em relacionamento sério” etc. em sua página. Em poucos dias, a rede cai no gosto de universitários e seu número de usuários aumenta em progressão geométrica. Romanceada ou não, a passagem da cinebiografia do jovem bilionário Zuckerberg, criador do Facebook, a rede social mais popular da atualidade, reflete um aspecto real da rede: estudos mostram que ela não se tornou apenas uma via comum de flertar, mas também um meio de acompanhar atuais e ex-parceiros.

Segundo uma pesquisa da Universidade de Guelph, no Canadá, baseada nas respostas anônimas de mais de 300 universitários “compromissados” que usam o site, a maioria das brigas por motivos de ciúme estão relacionadas ao site – fotos colocadas por ex-namorados(as) e comentários deixados por amigos do sexo oposto são as principais causas. De acordo com a autora, a psicóloga Amy Muyise, a pessoa ciumenta na “vida real” tende a atribuir significados a mensagens e imagens postadas na rede com facilidade. “A interação do amado com um contato que ela não conhece pode ser motivo de desconfiança. Além disso, fotos e informações antigas lembram-na constantemente que o namorado(a) teve um vida amorosa antes dela”, exemplifica Amy.

Outro estudo, da Universidade Western, também no Canadá, revela que quase metade dos quase 1 bilhão de usuários do Facebook têm o(a) ex entre seus amigos virtuais. Um terço deles volta e meia (ou constantemente) visita o perfil do antigo amor e até mesmo da pessoa com quem suspeita que ele esteja se relacionando. Leia mais na edição de fevereiro de Mente e Cérebro, "Como o ciúme distorce a realidade", já nas bancas.


Do site: www.mentecerebro.com.br

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