terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tênues fronteiras (8)



Dos lapsos de memória à dificuldade de memorização



É comum os idosos terem dificuldades de lembrar determinados eventos. Se esses esquecimentos se mantém estáveis ou pioram lentamente, os médiocos os consideram sintomas normais do envelhecimento. Nesses casos, métodos de imageamento revelam pequena redução do volume cerebral e certa limitação das atividadss do lobo frontal.

Os distúrbios cognitivos leves se distinguem pela recorrência dos lapsos de memória. Além disso, os pacientes têm problemas para memorizar acontecimentos atuais. O cérebro deles sofre atrofia em certas regiões, especialmente no hipocampo e no lobo temporal. A atividade do córtex cingular prosterior e da região intermediária entre os lobos temporal e parietal (lobo temproparietal) também se reduz. A evolução desse tipo de distúrbio é variável e deve ser supervisionada por um médico em intervalos regulares de tempo.

Quando os problemas de memória e alteracões anatômicas do cérebro aumentam rapidamente, é quase certo que o diagnóstico seja a doença de Alzheimer. Além de não lembrarem os acontecimentos passados, os pacientes têm dificuldades de memorizar novas informações. Os primeiros indícios geralmente revelam mais de uma função cognitiva afetada, como fala e concentração. Nos estágios mais avançados, todas elas costumam ficar comprometidas. Os exames de imagens mostram nítida diminuição do tamanho do hipocampo desses pacientes, bem como do córtex cingular posterior e do lobo temporoparietal. Na fase final da doença, as lesões comprometem também todo o córtex frontal.


Da revista Mente & Cérebro, edição especial n°1, de maio/2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário