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A descoberta de que o envelhecimento de uma célula específica é uma causa da doença e não uma resposta a danos neurais, como os especialistas pensavam, abre perspectivas para novos tratamentos da demência | ||||||
Novas pesquisas sugerem que a demência típica da doença de Alzheimer poderia ser consequência direta da perda da capacidade da glia de limpar os detritos. Alois Alzheimer foi o primeiro a observar que a microglia envolve as placas de amiloides, que são a marca registrada da doença. Normalmente a microglia digere as proteínas tóxicas que formam essas placas. No entanto, estudos recentes realizados pelo neurocientista Wolfgang J. Streit, da Faculdade de Medicina da Universidade da Flórida, sugerem que com o passar do tempo a microglia enfraquece e começa a se degenerar. A atrofia é visível ao microscópio. Microglias senescentes em cérebros envelhecidos se fragmentam, perdendo várias de suas ramificações celulares. A forma como a doença de Alzheimer incursiona pelo cérebro é mais um sinal do envolvimento microglial. Os danos do tecido se espalham de forma predeterminada, começando próximo do hipocampo e finalmente atingindo o córtex frontal. As observações de Streit mostram que a degeneração microglial segue o mesmo padrão – e ocorre antes da degeneração neural, sugerindo que o envelhecimento da microglia é uma causa da demência do Alzheimer, e não uma resposta a danos neurais, como o próprio Alzheimer e muitos especialistas pensavam. Essa descoberta pode levar a novos tratamentos para a demência, assim que os pesquisadores descobrirem por que a microglia se torna senescente com a idade em algumas pessoas, e em outras não. | ||||||
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segunda-feira, 18 de junho de 2012
Antigo mistério sobre a doença de Alzheimer
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