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Pesquisa sugere que o uso de glicose e o contato pele a pele com a mãe podem atenuar sintomas de dor em recém-nascidos prematuros e bebês doentes | ||||||
Os bebês foram divididos em quatro grupos: o primeiro recebeu glicose, o segundo foi colocado em contato direto com a pele da mãe e o terceiro recebeu as duas abordagens. Havia também um grupo controle. A pesquisadora constatou que que a solução glicosada foi eficiente para a estabilização de parâmetros fisiológicos de dor e argumenta que o fenômeno ocorreu devido à liberação de opioides endógenos (substâncias “calmantes”, produzidas pelo próprio organismo), pela estimulação de receptores gustativos na cavidade oral. O contato pele a pele também conseguiu diminuir a duração da resposta à dor e atenuar a experiência dolorosa. Ainda não há consenso sobre a origem desse efeito analgésico, mas acredita-se que derive de uma estimulação sensorial múltipla, na qual o toque, o cheiro da mãe e o fato de o bebê escutar os batimentos cardíacos maternos talvez bloqueiem a chegada do estímulo ao sistema nervoso central, por ativação de vias inibitórias descendentes do córtex cerebral, por meio de interconexões sinápticas na própria medula espinal. A associação da glicose com o contato pele a pele foi mais eficaz na redução da dor do que cada uma das medidas analgésicas isoladas, de acordo com três escalas validadas de dor, demonstrando a presença de um efeito aditivo das duas abordagens não-farmacológicas para o alívio da dor aguda no período neonatal. Segundo a pesquisadora, os próximos passos de seu estudo devem avaliar a eficácia de soluções mais concentradas da glicose na redução da dor durante procedimentos dolorosos agudos rotineiros no atendimento neonatal. Outra linha de pesquisa deverá aprofundar a análise da associação da glicose com o contato pele a pele, a fim de formular diretrizes e indicações mais precisas para seu uso no atendimento dos recém-nascidos prematuros e criticamente doentes. |
domingo, 3 de junho de 2012
A doçura do afeto
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