domingo, 6 de maio de 2012
Escolhas e consequências!
As filosofias indianas – hinduísmo e, em especial, o budismo -, enfatizam a natureza cíclica da existência, a efemeridade das coisas, os efeitos tóxicos dos desejos e a importância do desapego. Nesse sentido, o apego a si mesmo, aos outros e às coisas é a principal causa do sofrimento humano.
Em geral, a filosofia indiana sustenta que devemos fazer tudo com o coração, como um serviço, não somente para colher os frutos que resultam do nosso trabalho, mas para contribuir, da melhor forma possível, ao desenvolvimento do equilíbrio e a busca da paz.
De acordo com o pensamento budista, tudo que fazemos tem consequências, inclusive o nosso comportamento moral, embora seja difícil dizer quanto tempo leva para uma consequência se manifestar. De uma maneira ou de outra, ela vai aparecer.
O ser humano não escolhe estar numa situação específica ou não, mas as escolhas determinam a situação em que se encontra. Ao escolher entre o bem e o mal, é provável que coisas boas aconteçam, se escolher o bem, é óbvio, caso contrário...
O poder da escolha transfere parte da responsabilidade e do controle às pessoas, o que provoca ansiedade. Fique quieto e tudo se resolverá. Manifeste-se e pagará o preço. Escolhas são assim, sempre haverá consequências. O que você não pode é transferir a responsabilidade para os outros.
Você já encontrou alguém que ao ganhar na loteria, ou receber qualquer outro tipo de prêmio, saiu reclamando de tamanha injustiça? Por que comigo? O que foi que eu fiz de errado para merecer este prêmio? Isso não é justo!
Por outro lado, para eventos de natureza negativa, a maioria das pessoas está sempre pronta para amaldiçoar. Uma doença, por exemplo, é motivo de revolta e questionamento: tanta gente ruim por aí e foi acontecer logo comigo.
Os eventos, em geral, ocorrem para todas as pessoas e são aleatórios, portanto, não temos controle absoluto sobre eles. Nesse caso, a filosofia budista faz muito sentido: o que importa não é o que lhe acontece, mas o que você faz com o que lhe acontece na vida.
Reclamar é um péssimo hábito, do qual poucas pessoas conseguem se livrar e, para muitos, é cômodo mantê-lo. É bem mais fácil devanear, transferir a culpa para o parceiro, o governo ou a sociedade.
Se os eventos são aleatórios, as escolhas não. Você pode escolher entre a dor e a rebeldia ou o bom humor e a alegria. As consequências podem ser visualizadas com antecedência, portanto, estará sempre em suas mãos.
Haja o que houver, eu já fiz a minha escolha. Quero viver bem, defender o bem, fazer o bem. Não tenho a mínima pretensão de me tornar mártir nem herói, nem rico nem pobre. Desejo apenas ser bom e ser lembrado.
Pense nisso e seja feliz!
Publicado em 26-Mar-2012, por Jerônimo Mendes, no site: www.gestopole.com.br
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