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Escolhas e consequências!
As filosofias indianas – hinduísmo e, em especial, o budismo -, enfatizam a natureza cíclica da existência, a efemeridade das coisas, os efeitos tóxicos dos desejos e a importância do desapego. Nesse sentido, o apego a si mesmo, aos outros e às coisas é a principal causa do sofrimento humano. Em geral, a filosofia indiana sustenta que devemos fazer tudo com o coração, como um serviço, não somente para colher os frutos que resultam do nosso trabalho, mas para contribuir, da melhor forma possível, ao desenvolvimento do equilíbrio e a busca da paz.De acordo com o pensamento budista, tudo que fazemos tem consequências, inclusive o nosso comportamento moral, embora seja difícil dizer quanto tempo leva para uma consequência se manifestar. De uma maneira ou de outra, ela vai aparecer.O ser humano não escolhe estar numa situação específica ou não, mas as escolhas determinam a situação em que se encontra. Ao escolher entre o bem e o mal, é provável que coisas boas aconteçam, se escolher o bem, é óbvio, caso contrário...O poder da escolha transfere parte da responsabilidade e do controle às pessoas, o que provoca ansiedade. Fique quieto e tudo se resolverá. Manifeste-se e pagará o preço. Escolhas são assim, sempre haverá consequências. O que você não pode é transferir a responsabilidade para os outros.Você já encontrou alguém que ao ganhar na loteria, ou receber qualquer outro tipo de prêmio, saiu reclamando de tamanha injustiça? Por que comigo? O que foi que eu fiz de errado para merecer este prêmio? Isso não é justo!
Por outro lado, para eventos de natureza negativa, a maioria das pessoas está sempre pronta para amaldiçoar. Uma doença, por exemplo, é motivo de revolta e questionamento: tanta gente ruim por aí e foi acontecer logo comigo.Os eventos, em geral, ocorrem para todas as pessoas e são aleatórios, portanto, não temos controle absoluto sobre eles. Nesse caso, a filosofia budista faz muito sentido: o que importa não é o que lhe acontece, mas o que você faz com o que lhe acontece na vida. Reclamar é um péssimo hábito, do qual poucas pessoas conseguem se livrar e, para muitos, é cômodo mantê-lo. É bem mais fácil devanear, transferir a culpa para o parceiro, o governo ou a sociedade. Se os eventos são aleatórios, as escolhas não. Você pode escolher entre a dor e a rebeldia ou o bom humor e a alegria. As consequências podem ser visualizadas com antecedência, portanto, estará sempre em suas mãos. Haja o que houver, eu já fiz a minha escolha. Quero viver bem, defender o bem, fazer o bem. Não tenho a mínima pretensão de me tornar mártir nem herói, nem rico nem pobre. Desejo apenas ser bom e ser lembrado.Pense nisso e seja feliz!
Publicado em 26-Mar-2012, por Jerônimo Mendes, no site: www.gestopole.com.br
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