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Os estímulos que recebemos são reconstruídos ativamente pelo nosso sistema nervoso; em palestra em São Paulo o neurofisiologista Marcus Vinicius Baldo analisa ilusões visuais e fala sobre como o cérebro organiza a realidade | ||||||||
[continuação] De acordo com o médico e físico alemão Hermann von Helmholtz (1821-1894), a percepção surge a partir de inferências que inconscientemente fazemos sobre o mundo à nossa volta. Elas são contrastadas com informações que o organismo colhe do ambiente. Toda vez que essas expectativas não são correspondidas, ajustamos nosso aparelho perceptivo, testando novas conjeturas. Ou seja, os estímulos que recebemos são reconstruídos ativamente pelo nosso sistema nervoso. A aparência distorcida que um lápis adquire quando colocado dentro de um copo d’água e o fenômeno do arco-íris são exemplos de ilusões visuais. Artistas vêm jogando com a percepção – há séculos ilusionistas nos induzem a criar expectativas em nossa mente, que fazem nossa imaginação precipitar-se e completar ciclos de eventos sem se dar conta do momento em que foi ludibriada. “Da Vinci dizia que a perspectiva nada mais é do que ver algo através de uma vidraça transparente. O que enxergamos depende estritamente de nossas expectativas. Ver não seria simplesmente tentar adivinhar o que existe lá fora, atrás da camada de vidro?”, questiona Baldo. A palestra é gratuita, parte do ciclo Neurociência, arte e filosofia – Um sábado por mês, entre junho e novembro, um especialista falará ao público. | ||||||||
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sexta-feira, 1 de julho de 2011
Imagens que desafiam os sentidos 2/2)
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