O que há de extraordinário no homem?
Sua capacidade de criação que permitiu sobreviver no meio das feras no início dos tempos?
O deslumbramento que provoca ao desenvolver histórias nos livros, cinema e em peças de teatro?
O encantamento que gera ao construir instrumentos musicais explorando sons que nos hipnotizam?
Os mistérios que espalha com seus deuses, crenças e religiões?
Os conflitos que não consegue resolver apesar da irmandade e da mesma origem?
A inventividade que nos leva aos céus e profundezas dos oceanos para descobertas que não preserva?
Sua ambivalência com percepção ecológica e negligência com o meio ambiente?
Quem, e o que é o homem?
Por que entre os seres é o quem tem maior capacidade de raciocínio?
Estudar o homem não é conhecê-lo, mas se deslumbrar.
A cada geração temos maior conhecimento, principalmente com a aceleração do desenvolvimento tecnológico.
Não viramos e revirarmos páginas e mais páginas de uma enciclopédia desatualizada para nossas pesquisas, digitamos uma ou mais palavras e pronto, está lá: “Um mundo de informações”.
Informação leva ao conhecimento e este ao entendimento.
Entendimento à uma relação mais próxima das pessoas?
Deveria ser, mas temos hoje uma distante relação próxima!
Ops, um paradigma ou um paradoxo?
Paradigma porque como seres humanos apresentamos um modelo de comportamento, paradoxo porque ainda que verdadeiros somos contraditórios: Amamos ao próximo como a nós mesmos e o invejamos!
Quando digo uma distante relação próxima, meus amigos me chamam de louco! Ora, isso também é um paradoxo... amigos... loucura?
Em algum momento de sua vida você teve tanto contato como hoje, onde pessoas que mal conhece lhe abrem as almas nos chats e nas redes sociais?
Quem é João, que não é João e Maria que nunca foi?
Personagens que trocam informações com você Pedro, que Pedro não é!
O homem, complexo, que levava ao analista seu eu e seu ego, hoje luta para esconder seu Avatar.
Tomando emprestada a definição da Wikipédia:
A palavra Avatar se tornou popular nos meios de comunicação e redes sociais devido às figuras que são criadas à imagem e semelhança do usuário, permitindo sua "personalização" nos meios eletrônicos.
Tal criação assemelha-se a um Avatar por ser uma transcendência da imagem da pessoa, que ganha um corpo virtual. O nome foi usado pela primeira vez em um jogo de computador nos anos 80.
Éramos dois, hoje somos três?
Quem sou, aquele que acho que sou e quem digo que sou?
Estamos resgatando o herói que imaginávamos ser na infância, que mascarado corria e voava como Batman, Super-Homem, e tantos outros?
Uma extrapolação do menino He-man e garota Barbi para nosso inigualável Avatar?
Nosso transparente e sincero Avatar será mais honesto que nosso eu ou nosso ego?
Estamos nos reinventando ou nos descobrindo?
Nas nossas empresas teremos que incluir mais um item na avaliação profissional. Uma entrevista eletrônica com o Avatar.
Aquele que tem domínio de nossos maiores talentos e grandes segredos.
Esse será o próximo passo para melhor entender o homem e, nas redes, contatar seu nu Avatar?
Autor: Ivan Postigo
Publicado em: 15/07/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br
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