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Além de intrigar, algumas imagens revelam vários mecanismos neurais envolvidos na visão | ||||||||
Quando observamos uma ilustração ou mesmo uma obra de arte, inúmeros “eventos neurais” eclodem em nossa cabeça – e essa experiência subjetiva mediada pelos sentidos pode trazer equívocos sensoriais – e consequentemente cognitivos. Por isso vemos cores e imagens “inexistentes” (ou deixamos de ver o que está à nossa frente). Uma das ilusões mais frequentes é a do contorno ilusório: percebemos uma figura somente porque nosso cérebro atribui uma forma a um campo de dados muito esparso. O neurocientista Rüdiger von der Heydt, -pesquisador do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, mostrou que esses contornos são processados em neurônios dentro de uma área do cérebro chamada V2, dedicada à visão. O mais curioso é que boa parte de nossa experiência cotidiana é formada por efeitos análogos de preenchimento de espaços vazios, pois aproveitamos o que conhecemos do mundo para imaginar o que não conhecemos. Isso se dá porque o sistema nervoso busca construir objetos completos a partir de percepções visuais mal definidas, daí ser tão fácil vermos rostos e outras figuras em manchas de tinta e em paisagens, por exemplo. No Especial Mente e Cérebro – Ilusões, nº 28, é possível passear por essas imagens – e descobrir o que a ciência já comprovou a respeito de cada uma. Esses paradoxos, nos quais a mesma informação pode levar a conclusões diversas (às vezes contraditórias), nos oferecem uma pitada de tormento – como tudo o que nos confunde ou desafia nossas certezas. Para quem se interessa pelos mistérios do cérebro e da mente, porém, certamente o prazer falará mais alto. |
domingo, 28 de agosto de 2011
Ilusões para enganar o cérebro
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