Do site: www.mentecerebro.com.br, em 16.08.2011 | |||||||
Os adultos desejam que ganhos afetivos compensem renúncias econômicas | |||||||
Psicólogos da Universidade de Waterloo, no Canadá, pediram a voluntários com filhos que lessem um texto. O documento descrevia estimativas do governo sobre custos de alimentação, vestuário e lazer até os 18 anos – cifra que chegava perto de US$ 200 mil. Em seguida, metade dos participantes foi convidada a ler mais um artigo, sobre o apoio econômico que os pais recebiam mais tarde dos filhos adultos. Aqueles que receberam apenas o primeiro texto para leitura se mostraram mais propensos, quando questionados pelos pesquisadores, a concordar com afirmações que enfatizavam os efeitos emocionais da paternidade, como “não há nada mais recompensador na vida que ter um filho”. Segundo o autor do estudo, o psicólogo Richard Eibach, essa racionalização é uma resposta comum para a dissonância cognitiva – quando há duas ideias conflitantes na mente. Ou seja, a decisão de ter um bebê envolve um balanço, mesmo que inconsciente, de encargos emocionais e materiais, a ponto de os pais concluírem que os ganhos afetivos precisam compensar as renúncias econômicas. Essa visão está fortemente vinculada a mudanças socioeconômicas. Há algumas décadas, as crianças significavam mais braços para ajudar na lavoura, por exemplo, incrementando a renda familiar. “À medida que a decisão de aumentar a família foi ficando mais cara, começamos a fantasiar sobre ser pais, convencendo-nos de que criar filhos é prazeroso”, diz Eibach. |
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Pais esperam mais de filhos que “custam caro”
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