Para alguns a consulta odontológica é um verdadeiro pesadelo, que vai além de um simples desconforto. O profissional também precisa controlar a ansiedade e o estresse despertados pela tensão do paciente | ||||||
por Massimo Barberi | ||||||
Na Antiguidade, para exorcizar o medo da dor de dente – e do tratamento – era comum atribuir ao “mal” conotações sobrenaturais. Em placas de argila recém-descobertas na Mesopotâmia, com data de 2500 a.C., estavam inscritas prescrições para o problema: infusões e compressas à base de ervas, fórmulas de exorcismo, além de indicação de instrumentos próprios para extrações. Nas mesmas placas apareceu pela primeira vez a hipótese de que a cárie fosse provocada pela ação de um verme que se instalava na boca. Essa crença permaneceu viva até o fim do século 19, em várias partes do mundo. Os ciganos da Bósnia estavam convencidos de que um demônio provocava a dor de dente: ele teria a forma de um inseto minúsculo com quatro cabeças. Os dentistas chineses, até poucas décadas atrás, costumavam mostrar um verme aos pacientes e diziam que o tinham retirado do dente com problemas. Em alguns manuais de medicina do século 19 davam-se conselhos de como combatê-lo: tomar remédios adstringentes ou queimar fístulas e bolsas de pus com instrumentos quentes, um equivalente da cauterização na prática atual. |
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Medo de Dentista (6/9)
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