| Mariko Mori, Empty Dream (1995)/ Reprodução |
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Tente imaginar uma escultura de 6 toneladas, que muda a cada segundo, de acordo com as ondas cerebrais de seus observadores. A instalação interativa Wave Ufo é uma imensa nave espacial que ocupa grande parte da sala de exposições do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em São Paulo. Concebida pela artista plástica japonesa Mariko Mori, a obra convida os visitantes a viajar por suas próprias galáxias de sinapses: com a cabeça acomodada em um travesseiro com eletrodos, é possível ver emoções e pensamentos traduzidos em diversos formatos e cores, projetados no casco interno da nave, como a cúpula de um planetário. A estrutura é uma das dez obras da mostra Oneness, que reúne as principais produções da artista, em cartaz até 16 de outubro.
Ex-modelo fotográfico, Mariko inspirou-se em texturas e estética apreendidas em sua experiência no mundo da moda para criar cenas impossíveis. O imenso painel Empty dream (1995) é uma fotografia da praia artificial de Miyazaki Ocean Dome, no Japão. Em um ambiente no qual luz e ondas do mar são simulações do real possibilitadas pela tecnologia, nada mais natural que modernas sereias apareçam camufladas na imagem (são quatro ao todo), dividindo a areia ou a água com os banhistas. Os seres imaginários do “sonho vazio'', como Mariko chamou a obra, têm o rosto da própria artista, quando jovem. Sua imagem também aparece em outras produções. Ela se retrata convertida em alienígena, mulher cibernética e personagem de mangá, assumindo novas identidades femininas e expressando vários desejos performáticos, como nos vídeos Miko no inori e Kumano. |
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