quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Somos quem podemos ser?


Estava em meu carro durante o trajeto do escritório para minha casa quando ouvi uma música que dizia: "Somos quem podemos ser, somos quem queremos ser". Logo pensei no tema deste texto. Será que somos mesmo o que queremos ser ou apenas somos quem podemos ser? Vejamos as duas formas.

Somos quem podemos ser: por este prisma, ficaremos limitados às nossas próprias limitações, ou seja, acreditaremos que seremos apenas aquilo que já somos. Sim, porque milhares de pessoas acreditam que fazem tudo o que podem pela própria vida e, se estão vivendo desta forma, é porque já fizeram o possível e agora vivem do jeito que podem.

Na minha opinião, pensar assim é perder tempo, ou melhor, se limitar a provar as belas coisas da vida, experimentar o novo e se arriscar. Alguma vez você já foi sacudido por algum fato ou acontecimento que mudou completamente sua vida? Sem mesmo você querer, tudo se modificou? Daí por diante as coisas deram um giro de 180 graus. Provavelmente, depois dessas intempéries você adquiriu mais experiência.

Somos que queremos ser: este é o X da questão. Todas as leis universais, sejam religiosas ou não, dizem: “Você escolhe, você decide, você é responsável pelos seus atos”. Agora a situação passa a ficar mais clara. Se decidimos nosso destino, podemos afirmar que somos que queremos ser. Somos ilimitados, somos livres, nossos pensamentos estão funcionando 24 horas por dia. Nossas vontades, nossos sentimentos, desejos fisiológicos ou mentais não cessam.

A questão da liberdade é tão maravilhosa que as duas alternativas e formas de pensar que citei estão corretas. Somos quem podemos ser e somos quem queremos ser. Pode parecer estranho, mas é isso mesmo. Se temos liberdade, quer dizer que escolhemos, e se escolhemos, podemos entender que podemos ou não avançar ou ficar parados.

O que quero dizer com isso é que devemos ter a consciência que somos ilimitados até para sermos limitados. Vamos tomar como exemplo um automóvel. Quando você está dirigindo, acelera e ele vai para frente; você freia, ele diminui a velocidade ou para por completo. Em nossa vida é a mesma coisa. A diferença é que o carro não tem vontade própria, precisa de comandos. A vida se resume à nossa mente, que é o comando, e nosso corpo, que é o comandado. Se pensarmos em levantar o braço, imediatamente a mente manda um aviso e o braço se levanta dando tchauzinho para um amigo, por exemplo. Para isso acontecer, tivemos que emitir um comando, mesmo que inconsciente.  Caso contrário, o amigo que ganhou o aceno poderia ficar desapontado, não é?

Nossas crenças também influenciam nossos comandos. Se temos a ideia fixa de que não podemos chegar lá, a mente não dará o comando para seguirmos em frente, então ficaremos parados. Mas se as mesmas crenças dessem o comando de acelerar, claro que avançaríamos e conquistaríamos o desejado.

Percebe como podemos decidir, escolher, provar e testar sem limitações? Vamos à história da abelha. Pela engenharia aeronáutica, se fosse construída uma aeronave baseada no corpo da abelha, essa máquina nunca sairia do chão. Isso porque a abelha tem um corpo muito grande para suas pequenas asas, tornando impossível o ato de voar. Entretanto, quem disse que a abelha não voa? Voa e ainda dá rasantes espetaculares em busca do néctar das flores para produção de mel.

A história da amiga abelha segue dizendo que ela voa pelo simples fato de não conhecer a engenharia, ou seja, ninguém nunca disse: "Dona abelha, a senhora tem asas muito pequenas, seu corpo é roliço e muito pesado, então não poderá voar”. Que nada, a dona abelha não está nem aí, voa e o faz com elegância.

Com os seres humanos a regra é a mesma. Somos racionais e também irracionais quanto às nossas crenças. Se ouvirmos por muito tempo que isso ou aquilo é impossível, tomamos como a mais pura verdade e nos tornamos reféns de uma crença inquebrável. A conclusão? Limitação. Outra frase que gosto se citar é: "Ele não sabia que era impossível; foi lá e fez".

Quero dizer, amigo(a) leitor(a), que sua vida não é limitada ao que você é ou faz agora. Você pode seguir sem limites, fazer, ser, prover, estabelecer, criar e destruir o que quiser e da maneira que quiser. Estamos aqui porque escolhemos e fomos criados à imagem e semelhança do Criador. Isso nos afirma mais uma vez: temos todos os "poderes criativos" da fonte criadora e provedora.

Se você leu esse texto e concordou, ótimo, está certo. Mas se não concordou com nada do que eu disse, está certo também. Afinal, é você que escolhe. Não é?

Autor: Alessandro Baitello

Publicado em: 28/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

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