LIDERANÇA E COMPARAÇÃO
Há, porém, uma questão a ser considerada: o fenômeno da ameaça (ou alavanca) dos estereótipos significa que as pessoas estão sempre destinadas a reproduzir os modelos existentes e as estruturas sociais? Somos inevitavelmente condenados a agir de dorma a reforçar padrões de superioridade e inferioridade? De forma nenhuma. De fato, uma lição importante a ser aprendida é que, quando os indivíduos são confrontados com obstáculos à autopromoção associados à inferioridade aparente de seu grupo, eles podem lidar com os obstáculos de múltiplas maneiras.
A primeira consiste em adotar uma estratégia de "mobilidade social". É o tipo de estratégia que Beilock e seus colegas recomendam quando estimulam participantes a se esforçar para decorar soluções de
problemas a fim de que saiam da desvantagem da ameaça dos estereótipos. Trata-se de uma forma de auto-preservação. A limitação dessa solução é que ela protege o indivíduo ao traalhar o entorno do problema, mas deixa a questão em si sem solução. Como dois de nós (Haslam e Reicher) ressaltamos em um artigo de 2006 publicado no Journal of Applied Psycology, atividades como essa são uma tentativa de tentar lidar com o estresse das ameaças ao self por meio de uma estratégia de evitação pessoal. Essa abordagem pode ser sofisticada cognitivamente, mas é ingênua politicamente.
Da revista Mente & Cérebro nº 218, março/2011
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