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Interrupções prejudicam memória de curto prazo em idosos | |||||||||
Ignorar interferências irrelevantes e voltar à atividade inicial torna-se mais difícil com a idade | |||||||||
Para averiguar como esses processamentos se dão em idosos e qual o impacto das distrações, o neurocientista Adam Gazzaley, da Universidade da Califórnia comparou a memória de um grupo de jovens com idade média de 24,5 anos com a de idosos com idade média de 69,1 anos. Os voluntários tinham de observar uma cena e fixá-la por 14,4 segundos. Durante o período entrava a imagem de um rosto e os participantes deveriam determinar o sexo e a idade estimada da pessoa. Em seguida, era pedido que eles se lembrassem da cena inicial. Durante todo o experimento as atividades de circuitos e redes neurais foram analisadas por meio de ressonância magnética. Resultados: em geral os jovens conseguiram restabelecer a conexão com a rede da memória após a interferência, desligando-se da imagem que apareceu no meio do teste. Já os mais velhos, em média, tiveram dificuldade tanto para se desligar da interrupção como para restabelecer a rede associada à memória da cena original. Os exames de ressonância mostraram que quando os idosos eram interrompidos o processo de fixação da memória dava lugar ao processamento da nova tarefa. “Observamos que a capacidade do cérebro de ignorar informações irrelevantes cai com a idade. Esse é um fato importante a considerar, uma vez que vivemos em um meio em que há cada vez mais interferências e exigências”, disse Gazzaley. |
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