domingo, 17 de outubro de 2010

Facebook revela honestidade de seus usuários

© René Mansi/ Istockphoto




Redes sociais podem ser usadas para avaliar personalidade do dono do perfil


Na era da tecnologia, as redes sociais são usadas como ferramenta para saber mais sobre as pessoas que temos curiosidade de conhecer, por exemplo, um funcionário que pretendemos contratar. Mas, ao examinar o perfil de alguém, provavelmente esperamos encontrar alguma camuflagem: uma fotografia retocada, uma imagem excessivamente produzida ou algumas “frases feitas” na seção “sobre mim”. No entanto, um estudo publicado na Psychological Science sugere que usuários do Facebook não distorcem seus perfis para passar uma impressão diferente de si mesmos. No estudo, pesquisadores da Universidade do Texas, em Austin, e da Universidade de Mainz, na Alemanha, analisaram o perfil no Facebook de um voluntário e depois imaginaram como ele se autoavaliaria nos cinco itens mais comuns usados para medir a personalidade: extroversão, amabilidade, neurose, franqueza e consciência. Em seguida, compararam os resultados do Facebook com os testes reais de personalidade do dono do perfil e com as características do participante segundo opnião de quatro de seus amigos mais íntimos. Os cientistas foram bem-sucedidos em quatro dos cinco itens, menos no quesito neurose, que certamente é o mais difícil de mensurar. As avaliações da personalidade não foram precisas, mas estavam muito próximas do que as pessoas pensavam sobre si mesmas. De acordo com a pesquisa, essa correlação moderada mostra até que ponto é possível avaliar a personalidade de alguém depois da primeira impressão. Assim, se você investigar um potencial funcionário no Facebook antes de entrevistá-lo, poderá saber se no dia seguinte estará lhe apresentando as dependências do escritório ou indicando a porta de saída.
Da revista Mente & Cérebro n° 212, setembro/2010

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