sexta-feira, 8 de outubro de 2010
A solidão do poder feminino
Publicado em 24-Sep-2010, por Julio Sergio Cardozo
Arrogância e frieza, em geral, são características da liderança masculina ou será que as mulheres no comando também se tornam duronas? Estava lendo outro dia, no O Estado de São Paulo, uma matéria que mostrava o quanto as conquistas femininas vêm tornando solitárias as mulheres que ocupam cargos de liderança. Segundo estudo feito por pesquisadores da Universidade de Harvard, em mais de 40 países, quanto maior for a escolaridade, menor é a probabilidade delas se casar. Outro dado relativo à América Latina aponta que 40% das mulheres têm maior tendência de se casar com homens de menor escolaridade que em outras regiões do mundo. Confesso que fiquei surpreso, mas minhas experiências no mundo corporativo me fizeram ver algumas delas imitarem os homens, esquecendo que os atributos femininos são apreciados, o que, como perversa consequência, faz os homens se afastarem. Nós homens, em geral, não toleramos mulheres com atitudes tipicamente masculinas. Se elas sempre reclamaram da arrogância e frieza masculina, quando na liderança, não deveriam impor seu poder com características que abominam. Acredito mesmo que as mulheres em posição de comando, na maioria das vezes são solitárias porque ficaram arrogantes, mandonas na forma de mostrar poder. Mulher tem que ser feminina, charmosa, delicada, perspicaz. Isso é o que as tornam líderes cativantes. Sabemos que a competição acirrada no ambiente de trabalho embrutece as pessoas. Quantos e quantos homens endureceram achando que o que se espera deles é que sejam durões no exercício da liderança? Se o caminho é ter profissionais mais humanos, as mulheres precisam reforçar a feminilidade. Esse lado duro afasta. E engana-se quem pensa que as mulheres preferem ficar solitárias. A realidade constatada pelo estudo comprova um fato que não vejo como positivo. Muito pelo contrário. Ficar sozinha deve ser uma questão de opção e não conseqüência.
Fonte: www.gestopole.com.br
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Falo como mulher e como profissional que já fui:casamento e conquistas profissionais não se encaixam pois a vida-família requer presença, dedicação e para v.subir profissionalmente também requer as mesmas coisas, com um agravente, no trabalho você passa de 8 a 10hs ou mais, acordada, agindo e em casa você, que quer a ascenção, fica 3 ou 4hs pois logo os filhos vão dormir. O marido quer atenção e o cachorro também. Veja nós no Banco, tínhamos que ir para outras agências, cidades e isto pesa na vida familiar. Quem está falando é experiente, um dia tive que optar minha vida de casada/família ou minha carreira e optei pela primeira. Abraços. Margaret
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