quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A elegância do comportamento



Desde a antiguidade, a humanidade se preocupa em entender o comportamento humano, filósofos, religiosos, educadores, políticos, enfim, os grandes líderes da humanidade, têm se preocupado em encontrar uma alternativa, que dê explicações, e nos ajude a vivermos com mais qualidade.

Comportamento é definido como o conjunto de reações de um sistema dinâmico em face às interações e realimentações propiciadas pelo meio onde está inserido. Dois exemplos clássicos de comportamento são instintivo e cultural, desenvolvidos ao extremo, são o dos insetos, por um lado, e dos mamíferos, por outro , lembre-se que somos mamíferos. Enquanto que os primeiros praticamente não têm aprendizado e nascem com quase toda a informação que precisam para sobreviver, os segundos são seres com comportamento social e que precisam da convivência em grupo (pelo menos na infância) para adquirir o acúmulo de sucessos das gerações anteriores, transmitido culturalmente e não somente no equipamento genético.

Diante da constatação de que somos seres sociais , e nosso comportamento é direcionado pelo convívio diário , podemos então afirmar que todos somos catalisadores de mudanças , isto é , influenciamos pessoas ao nosso redor com nossas opiniões , atitudes , humor e etc , do mesmo modo que somos influenciados por essas pessoas , tornando assim o nosso comportamento social limitado às pessoas com quem convivemos , por isso teoricamente quanto maior o numero de círculos sociais diferentes voce participa maior será o seu aprendizado , chamamos de círculos sociais , família , empresa , amigos , igreja , escola , enfim todo o grupo de pessoas com que você regularmente convive e se expressa.

Deste modo com quanto mais pessoas voce se relacionar mais conhecimento voce irá adquirir e passar , mas para que isso ocorra naturalmente temos que estar abertos a novas opiniões e posicionamentos alem de muito empáticos para que essa via de conhecimento flua adequadamente.

Para isso você deve adquirir uma certa elegância de comportamento.

"Não conseguimos segurar uma tocha para iluminar o caminho de outra pessoa, sem clarearmos o nosso próprio." Ben Sweetland

A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.

Nas pessoas que escutam mais do que falam.

E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no dia a dia.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores, porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se atende.

Oferecer flores é sempre elegante.

É elegante não ficar espaçoso demais.

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.

Educação enferruja por falta de uso.

E, detalhe: não é frescura.

É a elegância do comportamento. . .

Autor: Roberto Recinella

Publicado em: 01/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

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