| Cortesia de Dra. Anne Boullerne, depto. de anestesiologia, Universidade de Illinois, Chicago; Mcknight Brain Institute/ Universidade de Flórida |
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Os astrócitos (assim chamados por seu formato parecer com o de uma estrela), o tipo mais comum de célula da glia, têm papel importante na consolidação de memórias, segundo estudo feito por cientistas do Instituto Max Planck de Neurobiologia, na Alemanha. O resultado ajuda a desfazer a tradicional ideia de que essas células tinham apenas função de suporte e nutrição para os neurônios. Nos resultados da pesquisa publicada na revista Nature Neuroscience, os autores demonstram que os astrócitos afetam a capacidade de as sinapses se fortalecerem – fenômeno essencial para a fixação das lembranças. Segundo o coordenador do estudo, Ruediger Klein, já se sabia que a consolidação de memórias está relacionada à eliminação do neurotransmissor glutamato da fenda sináptica. A novidade é que os astrócitos são os responsáveis por essa tarefa. “Eles sugam glutamato do espaço sináptico, o que facilita o fortalecimento da sinapse”, explica. O mecanismo foi descoberto enquanto os cientistas investigavam a molécula sinalizadora EphrinA3, presente na membrana dos astrócitos de camundongos. Na ausência dela, o transporte de glutamato para fora da sinapse diminuía significativamente. Aprofundar o conhecimento sobre esse mecanismo pode ser importante para entender o papel dos astrócitos em doenças neurológicas como a epilepsia e a esclerose lateral amiotrófica, acreditam os pesquisadores. |
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