Por Robert Epstein
Embora às vezes os especialistas de fato ofereçam conselhos conflitantes (talvez por não se atualizarem com as pesquisas), aqueles que participaram de nosso estudo em geral fizeram um bom trabalho ao identificar competências que favorecem resultados positivos. Houve, porém, duas exceções marcantes. Primeiro: para eles o controle do estresse figurava em oitavo lugar da nossa lista de dez competências, apesar de aparentemente ela ser uma das mais importantes. Segundo, nossos especialistas mostraram tendência contrária às competências visando o desenvolvimento da espiritualidade. Para eles, essa característica ocupou a posição mais baixa da lista e alguns até teceram comentários negativos espontanemente sobre essa área. Apesar disso, os estudos sugerem que a educação religiosa ou espiritual faz bem às crianças.
Historicamente, psicólogos clínicos e cientistas comportamentais têm se mantido afastados de temas relacionadas à religião, pelo menos na vida profissional; isso poderia explicar o desconforto com que nossos especialistas se manifestaram sobre a educação religiosa ou espiritual para os filhos. A razão pela que se mostram tão distantes do controle do estresse é um verdadeiro mistério, pois a psicologia sempre se interessou tanto pelo estudo como pelo tratamento do estresse. Só posso deduzir que o controle do estresse não é um assunto muito trabalhado nos cursos de graduação de áreas relacionadas à psicologia como um componente fundamental á boa educação dos filhos.
Da revista Mente & Cérebro n° 215, dez/2010
Da revista Mente & Cérebro n° 215, dez/2010
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