terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sopão de plástico (4/5)

Já que o problema persiste...

Na última conferência Ocean Sciences Meeting, realizada em novembro de 2010, em Portland (EUA), foi apresentada outra “ilha” de lixo que cresce em pleno Atlântico Norte, numa extensa zona localizada entre a costa leste da Flórida e as Bermudas. Sua existência também já era conhecida desde a década de 1980, mas pesquisadores do Sea Education Association, do Woods Hole Oceanographic Institution e da Universidade do Havaí, em Honolulu, aproveitaram a ocasião para anunciar o montante da recolha, feita em redes puxadas e por meio da coleta de resíduos plásticos que flutuam à superfície do mar, junto a organismos marinhos. As amostras que foram colhidas entre 1986 e 2008, por mais de sete mil estudantes universitários, em 6.136 localidades no Mar do Caribe e Atlântico Norte, ao largo da costa leste norte-americana, evidenciam que a grande maioria dos restos de plástico, que não tem mais de um centímetro de dimensão, se origina de embalagens destinadas aos consumidores.

Embora sua densidade seja calculada em mais de 200 mil fragmentos de detritos por quilômetro quadrado, tal como a "ilha" de lixo do Pacifico Norte, o sopão plástico do Atlântico Norte não tem um tamanho determinado, principalmente, porque os resíduos que contém altas concentrações de POPs acompanham as correntes e mudam de fuso em até 1.600 quilômetros em direção norte e, de forma sazonal, em direção sul, durante o fenômeno do El Niño (nome dado a alterações significativas de curta duração - 12 a 18 meses - na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Atlântico que provoca profundos efeitos no clima), interferindo de maneira ainda desconhecida no ecossistema da região. No entanto, ao contrário da “ilha” de lixo do Pacifico Norte que sempre se destacou na mídia, o sopão plástico do Atlântico Norte, até então, vinha sido ignorado. Entretanto, segundo estudos do NOAA, que foram realizados entre janeiro e fevereiro de 2010, o giro do Atlântico Norte mantém uma concentração de lixo que é capaz de produz poluição marinha em padrão e quantidade similar a que foi encontrada na Grande Mancha de Lixo do Pacifico Norte.

Do site: http://portalcienciaevida.uol.com.br

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