Publicado em 17-Jan-2011, por Gustavo Rocha
Nas últimas semanas observamos dois exemplos de utilização da internet na área criminal. Um positivo, outro negativo.
O positivo veio da Inglaterra, onde a polícia usou o facebook para descobrir possíveis pistas de um assassino. Leia reportagem aqui. Sabemos que a atividade policial é baseada em informações, indícios e perícia. Que lugar melhor que a internet para nos trazer possíveis pistas, dicas e informações? Pessoas conectadas a outras pessoas, cada qual com sua singularidade, mas com objetivos comuns de coletividade. Uma força realmente poderosa.
Mas, será que as pessoas sabem desta força?
Creio que ainda não. As pessoas não aprenderam que unidas tem força e separadas estão a mercê das empresas. Iremos publicar daqui alguns dias alguns exemplos práticos de twitter, onde explicitamos o poder que esta ferramenta tem diante de fornecedores inadequados. Não apenas o twitter, mas facebook, orkut, entre outros podem representar um marketing muito forte.
Se como coletividade temos força, porque não canalizar para o bem social?
Conforme a notícia, a iniciativa de usar o facebook para informações já deu resultado prático. Esperamos que continue assim em todo o mundo e não apenas na Inglaterra.
Infelizmente o exemplo negativo vem do Brasil. Crackers anunciam abertamente no UOL que não temem terem derrubado o site da presidencia porque as leis no Brasil não existem em relação a internet. Leia a notícia aqui.
O pior é que eles tem razão.
Ainda utilizamos leis antigas, a exemplo do código penal de 1940, para tratar dos crimes existentes. Como aqui o crime tem que ser tipificado, ou seja, sem o tipo penal não existe crime, enquanto os legisladores se preocuparem em aumentar seus salários ao invés de trabalharem para o povo, teremos leis inócuas ou inexistentes.
Precisamos urgente tipificar os crimes na internet. Ao atrair uma pessoa pela internet e tentar lhe assassinar, no Brasil podemos ter uma tentativa de homicídio. Agora, já que a pessoa dissimulou um perfil, buscou da boa fé de outras pessoas para conquistar a vítima, não temos um concurso de crimes ou até mesmo crime continuado? Não sou especialista em penal, mas penso que os crimes na internet são muitas vezes mais graves que os cometidos nas ruas. Primeiro porque são premeditados e ardilosos. Segundo, porque podem mascarar situações que na vida prática perceberíamos o problema.
Então, o que fazer?
Cobrar dos ilustres deputados que façam o que foram contratados através do voto a fazer: Legislem sobre o assunto.
Mas, infelizmente, tenho até medo de fazer este pedido, pois temos visto veradadeiros absurdos quando aquelas “mentes privilegiadas” falam em tecnologia. Vejam um exemplo aqui.
Peço que reflitam sobre o voto e o poder dele sobre nossas vidas. A mudança passa pelo legislativo numa democracia.
A escolha é sua e minha. O poder de decisão está no voto.
Pense nisto.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
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