Estudo mostra que a quantidade de livros que os pais oferecem aos filhos desde que são pequenos pode influenciar diretamente o desenvolvimento da capacidade cognitiva | ||||||
por Luciana Christante | ||||||
No artigo, os autores explicam que o nível cultural e educacional dos pais também influencia a escolaridade atingida pela prole, mas nesse caso a correlação é mais fraca do que com o tamanho físico do acervo familiar de livros. Os resultados mostram também como o gosto pela leitura tende a diminuir diferenças sociais. Nos lares mais modestos, o efeito de cada acréscimo ao acervo no futuro acadêmico da criança é mais acentuado do que a adição de um volume a uma biblioteca mais ampla. Apesar de a tendência ter sido observada em todos os países, houve diferenças importantes entre eles. Nos Estados Unidos, na França e na Alemanha, uma biblioteca com cerca de 500 volumes representou acréscimo de dois a três anos na escolaridade das crianças, comparando com uma casa sem livros. Na Espanha e na Noruega, o número saltou para até cinco anos e na China atingiu o máximo, entre seis e sete anos. | ||||||
Segundo os pesquisadores, o regime comunista poderia explicar o resultado chinês, pois em um país onde há mais restrições à liberdade individual os livros seriam bens culturais ainda mais valorizados pela família. O mesmo raciocínio poderia se aplicar aos números semelhantes verificados em países do Leste Europeu (que formavam o bloco comunista) e a África do Sul, que viveu décadas sob o apartheid. Os casos analisados foram de pessoas que cresceram em meio a esses regimes. “A leitura é uma ótima fonte para os oprimidos, seja qual for sua cor, seus opressores e as circunstâncias históricas”, escreveram. O estudo é uma prova irrefutável de que “uma casa onde os livros são valorizados fornece à criança ferramentas que são diretamente úteis no aprendizado escolar, como vocabulário, imaginação, amplo horizonte em história e geografia, a compreensão da importância da evidência no argumento, e muitas outras”. E confirma os famosos versos de Castro Alves, do século 19: “Oh! Bendito o que semeia/ Livros... livros a mão-cheia.../ E manda o povo pensar!/ O livro caindo n’alma/ É germe – que faz a palma./ É chuva - que faz o mar.” Luciana Christante é farmacêutica e jornalista científica. Do site: www.mentecerebro.com.br |
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Biblioteca em casa deixa crianças mais inteligentes
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Muito bom estimular a leitura, precisamos divulgar sempre o mais q pudermos, principalmente nas famílias jovens, onde geralmente os livros ficam em segundo plano, ou esquecidos. A internet tem atropelado esta questão e cabe a nós que sabemos o verdadeiro valor da leitura em estarmos alertando para esse mundo tão fascinante e ao mesmo tempo esquecido. Parabéns por resgatar estes valores.Gosto muito do seu blog.
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