Pesquisa indica que racismo pode estar ligado a sentimentos negativos, já as opiniões sobre gênero estão apoiadas, principalmente,em conteúdos aprendidos | ||||||
por Luciana Christante | ||||||
Com a ajuda de pequenas histórias sobre pessoas fictícias, o pesquisador Andreas Meyer Lindenberg, do Instituto para a Saúde Mental, em Mannheim, na Alemanha, analisou quais características os voluntários, entre 5 e 15 anos, associavam a imagens de pessoas, levando em consideração a cor da pele. A cada apresentação, os pequenos recebiam duas figuras e deveriam mostrar – de acordo com seu julgamento – com qual pessoa a descrição combinava. A cor da pele praticamente não desempenhou nenhum papel no julgamento quando associada a descrições como: “mentiroso”, “violento” ou “simpático”. Porém, típicos clichês relacionados aos gêneros (masculino e feminino), como um interesse especial por futebol ou por cozinha, foram claramente identificados nas avaliações. Estudos similares realizados com crianças saudáveis em idade pré escolar, em diversas partes do mundo, sugerem que pessoas com cor de pele mais escura sempre despertam reações mais negativas. Medições da atividade cerebral dos voluntários mostraram que eles apresentam fortes reações na amígdala (uma das áreas cerebrais responsáveis pela associação e elaboração de percepções e emoções) ao deparar com indivíduos negros. A síndrome de Williams-Beuren, porém, afeta conexões de algumas regiões do cérebro, incluindo a relacionada ao reconhecimento facial. Para Meyer- Lindenberg, os resultados encontrados indicam que o racismo têm, em geral, cunho sentimental negativo, enquanto opiniões sobre gêneros estão apoiadas, principalmente, em conteúdos aprendidos. Da revista Mente & Cérebro n° 210, de julho/2010 ou veja em: www.mentecerebro.com.br | ||||||
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quarta-feira, 21 de julho de 2010
Medo deflagra preconceitos
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