domingo, 25 de julho de 2010

Em busca da causa das doenças mentais I


Em entrevista para a Mente&Cérebro, a pesquisadora Sabine Bahn, diretora do Centro de Pesquisas Neuropsiquiátricas em Cambridge, conta detalhes sobre sua linha de estudo que investiga as causas de doenças graves como a esquizofrenia ou o transtorno bipolar
por Steve Ayan
©JURGEN ZIEWE/SHUTTERSTOCK

Mesmo depois de muitos anos de pesquisas para descobrir a real causa de alguns distúrbios mentais, os cientistas ainda não têm certeza da origem de graves doenças como a esquizofrenia ou o transtorno bipolar. Em entrevista para a Mente&Cérebro, a pesquisadora Sabine Bahn, diretora do Centro de Pesquisas Neuropsiquiátricas em Cambridge, conta detalhes sobre sua linha de estudo que investiga as causas da patologia. Suas pesquisas se baseiam em análises de proteínas, entre outros métodos biomoleculares. Por meio deles ela espera descobrir alterações no cérebro de pessoas com doenças mentais graves.

À primeira vista, o ambiente de trabalho da neuropsiquiatra parece ser exatamente como se imagina um laboratório de biólogos moleculares: uma confusão de cabos e tubos espalhados por todos os lados; aparelhos com nomes impronunciáveis ligados e computadores de última geração zunindo constantemente. Somente em um segundo momento é possível enxergar um ponto de azul-celeste e outro cor-de-rosa brilhando entre os armários. “Quando nos mudamos para cá há cinco anos, mandamos colorir as paredes”, revela Sabine Bahn, diretora do Centro de Pesquisas Neuropsiquiátricas em Cambridge. Sabine nasceu em Freiburg, na Alemanha, mas durante o doutorado passou a trabalhar na “universidade da elite britânica”, como ela mesma diz. Hoje, aos 42 anos a cientista está entre os pesquisadores que trabalham para descobrir novas doenças psiquiátricas. Por meio da análise de proteínas e de outros métodos biomoleculares, Sabine procura biomarcas no cérebro que forneçam informações sobre o surgimento e o desenvolvimento dos transtornos psíquicos.

A dificuldade: nenhuma outra parte do corpo é tão complicada quanto o cérebro. A pesquisa de Sabine, portanto, se assemelha à busca de uma agulha no palheiro – sendo o palheiro, neste caso, composto por milhares de proteínas e metabólitos, mensageiros e cascatas de sinais que se influenciam mutuamente. Veja na entrevista exclusiva à Mente&Cérebro por que ela acredita que suas descobertas podem ser o futuro da neuropsiquiatria.

Do site: www.mentecerebro.com.br

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